Sangue de São João

Eu gosto muito desta época do ano em que estamos agora (não vou chamar de “melhor época do ano” porque essa é qualquer uma que inclua “férias”, que não posso tirar agora).
Adoro milho e seus milhares de subprodutos, gosto do cheiro de fogueira e de dançar quadrilha, mas reservo um lugar em meu coração para o mês de junho principalmente por causa das bombas (nada como o cheiro de pólvora logo cedo).
Quando eu era criança e não era época junina (o que dificultava a obtenção de explosivos por menores), eu fabricava minhas próprias bombas em casa (o que não significa que eu não mais o faça, mas agora eu tenho “responsabilidade civil” e nenhum diploma universitário que me garanta uma TV na cela).
Talvez pela experiência adquirida (a conclusão perdeu a premissa de vista) eu nunca tenha me machucado com estilhaços ou me queimado com pólvora incandescente.
Porém muitas pessoas (descuidadas ou vítimas inocentes) se machucam. Gravemente, inclusive.
Não tenho dados estatísticos aqui comIgor, mas creio que boa parte da população pelo menos se queime superficialmente ou no mínimo perca um olho (você sabe que a festa foi boa pelos pedaços que lhe faltam no outro dia).
Mas outros se ferem de escorrer sangue. Muito sangue.
Seja por membros amputados (minoria), seja por brigas alimentadas por excesso de quentão, pessoas (com suas carnes frágeis) sangram facilmente.
Eu sei disso porque todo ano, no começo de junho, meu banco de sangue favorito me liga para me lembrar de ir doar para o “estoque junino”.
Creio eu que eles mantenham estatísticas confiáveis do número de pessoas que chegam aos hospitais da cidade precisando “encher o tanque”.
Neste caso, essa informação é o suficiente para me levar até a agulha e dizer “sigam-me os bons”.

Sim, esse é o meu braço.
A agulha pode ser grossa o que for, mas a injeção não dói.
Obviamente você sente a bicha entrando, mas doer não dói.
A não ser que você tenha medo de agulhas e injeções. Nesse caso dói. Mas não dói porque está doendo, dói porque você está achando que vai doer quando na verdade não dói.
Relaxe, e aproveite o lanche depois.
Mais sobre sangue vocês encontram lá nos primórdios da minha vida blogueira.
Procure o hemocentro da sua região, reserve uma hora do seu dia e vá lá.
Você ainda ganha atestado para o passar o resto do dia em casa!
Doe sangue. Você tem muito dele.

Discussão - 3 comentários

  1. Chloe disse:

    Parabéns! ; )
    Apesar de não ser seu aniver.
    Não gosto das bombas (só as de creme com cobertura de chocolate), mas a conclusão do post foi excelente!
    ( )'s.
    C.

  2. Sibele disse:

    Quando vi bombas logo que comecei a ler, pensei num post beligerante, mas o desdobramento levou, na verdade, a um sincero apelo humanitário. Parabéns, Igor!

Deixe um comentário para Sibele Cancelar resposta

Seu e-mail não será divulgado. (*) Campos obrigatórios.

Categorias