Coisas que não sei – Homo sapiens sapiens
Sendo nós, seres criadores e usuários de calçados com fecho de velcro, os únicos membros não-extintos do gênero Homo e já havendo a espécie sapiens, qual o motivo de existir uma subespécie classificatória?
Se hoje em dia só existe um “homo” e “sapiens” servindo perfeitamente para nos diferenciar dos nossos “primos” não mais existentes, existe uma necessidade real de sermos Homo sapiens sapiens?
Pergunta Bônus: exatamente em que ponto da nossa contínua evolução poderíamos afirmar existir uma nova subespécie, um Homo sapiens superioris, digamos?
E o quanto de mudança seria preciso para um Homo novis, uma completamente nova espécie?
A diferença entre um lobo e um cachorro é um familiaris.
Nota: eu sei que a classificação de Lineu está um tanto ultrapassada, com cladística e tal, mas a pergunta continua: quanto de mudança genética é necessária para abrir uma nova vaga?
Como complemento para a pergunta, consultem esse artigo do Blogueiro X (me recuso a chamá-lo de “cretinas”)
Discussão - 5 comentários
Durante o estágio que fiz em um laboratório de Biologia Molecular, tivemos várias discussões de artigo sobre exatamente este tema: quanto de distância genética é preciso pra considerar que é um espécie diferente. Infelizmente não há um respota só.
A questão do porquê "sapiens sapiens" é bem relevante. Também nunca vi uma razão nisso, uma vez que somos os únicos da espécie.
Agora sua pergunta bônus é impossível de ser respondida com exatidão, como quase tudo na Biologia, hehe.
Só uma reflexão: se duas plantas tiverem um genoma com 98% de similaridade entre uma e outra, provavelmente seriam duas espécies de um mesmo gênero. Humanos e chimpanzés tem 98% de similaridade na parte codificante do genoma... no entanto, são classificados em gêneros distintos.
[cultura inútil mode on]O Sheldon do The Big Bang Theory já se considera um Homo Novis[cultura inútil mode off]
Coisas da cladistica! Suas perguntas são muito relevantes, se um dia encontrar resposta com certeza terá capa de Nature!
Seriedade a parte, li em algum lugar que já somos um nova espécie, com um novo epiteto especifico: somos agora Homo sentadus, um ser sedentário, que durante grande parte do seu dia têm o rabo (no melhor sentido: órgão vestigial) numa cadeira e adotam uma posição que lhes permita ter os olhos no mesmo plano do monitor do computador.
=D
É legal viajar na maionese e pensar o quanto somos avidos por conhecimento! Lemos muito e de tudo na internet, com certeza muitas coisas inúteis, mas pelo menos lemos!
Abraços
O que diferencia um inglês com doutorado em etologia e um aborígene australiano é essencialmente a oportunidade que ambos tiveram em sua infância?