A luz que nos alumia
O que sabemos do mundo é limitado.
Como um bagre-cego de caverna que evoluiu sem necessitar de olhos, inocentemente esbarrando ns paredes pedregosas da nossa clausura nós evoluímos apenas com uma habilidade primitiva de sentir nossos arredores.
O espectro total do nosso ambiente continuaria escondido de nós como o sol acima da piscina cavernosa do peixe cego não fosse nossa habilidade única de conduzir o ato revolucionário da Ciência.
Com a Ciência nós podemos ver bem mais além dos limites da nossa bolha evolucionária.
Do giro de elétrons às aglomerações de galáxias do jovem universo, a Ciência nos dá um método de tocar, ouvir, ver, sentir e degustar que a natureza sozinha não seria capaz.
E mesmo sendo controverso se nossa mente científica é separada da natureza ou simplesmente uma extensão de como a Natureza faz modificações em ferramentas genéticas usadas para observar as coisas, potencialmente trazendo à tona o argumento sobre se a vida é realmente natural quando comparada com a letalidade do resto do Universo, resultando, em princípio, em algo totalmente não-natural qualquer coisa que uma forma de vida faça.
Preparem-se para deixar a segurança evolucionária de suas bolhas protetoras e, como um cego porém curioso bagre de caverna, sair da água, indo audaciosamente até onde nenhum peixe jamais esteve.
Não use, porém, a Ciência como bengala. Use-a como olhos, mãos, ouvidos, narizes e línguas adicionais.
Mas, se mesmo assim você se perder, não entre em pânico!
Estamos aqui para ajudar.
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Texto original por Justin Jackson, traduzido e adaptado por Igor Santos, com permissão presumida.
Discussão - 1 comentário
A ciência é como uma vela na escuridão. A menos que você viesse de uma longa linhagem de pessoas bioluminiscentes.
Não é todo mundo que sabe construir algo tão simples como uma vela, caso a eletricidade acabe ou a lâmpada queime.