Caso Isabela: reflita pela Semiótica

Super-homem, Pelé, Einstein, Che Guevara, etc. Já reparou que o herói – qualquer que seja – segue sempre o mesmo caminho? Ele vive de forma comum e estável. Até que, de repente… descobre quem tem ou adquire um “super poder”. Neste momento, é “chamado” para participar de um mundo estranho, diferente do que vivia. Aí, ele começa a enfrentar desafios. E os supera. Sempre é assim. Esse é o chamado “Mito do Herói”, descrito por Joseph Campbell, pesquisador da área de mitologia. E muito citado na Semiótica.
Mesmo depois de prenderem Alexandre Nardone e Ana Carolina Jatobá, o “Caso Isabela” – nome que, aliás, não sei se escreve com dois ou um “l”, pois em toda a mídia foi publicado das duas maneiras – continua sendo discutido. Teve até repercussão em veículos estrangeiros como jornais franceses e ingleses. Eles tentaram explicar o porquê de tamanho Ibope, literalmente. A violência familiar, a agressão contra crianças, a condição financeira e a classe média brasileira foram alguns dos temas analisados.
Não excluindo nenhuma das conclusões publicadas – todas possuem uma fatia de verdade para mim -, sugiro a observação pelo “ângulo” semiótico. O casal se encaixa perfeitamente como o “anti-herói” do que coloquei acima. Eles viviam como toda a classe média brasileira. Até que um crime inaceitável foi cometido. E o casal, culpado por ele. Assim, foi obrigado a viver em um mundo totalmente diferente do anterior. Os dois ficaram “famosos”. A rotina mudou. Estão passando por vários desafios como não poder sair de casa, convencer de que são inocentes e superar a prisão. Até que tudo isso vai culminar no fim. No fim do anti-herói – saberemos qual.
Isso tudo para expor a Semiótica. Ela é a ciência que estuda os sintomas (signos) dos fenômenos culturais. Ou, grosseiramente falando, a Semiótica pesquisa as representações das coisas do mundo que estão em nossa mente. Deriva da palavra grega “semeiotiké” – traduzindo, “arte dos sinais” – e tem origem na medicina. Para ler mais sobre o assunto, clique aqui. Este link da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) reúne sites interessantíssimos sobre o tema. Entre eles, o CISC possui biblioteca e artigos bacanas.
Anexo: De maneira simplista, existem as Ciências Biológicas, Exatas e… HUMANAS – onde está a Semiótica! Por que todos esquecem das humanas, minha área!?! Geralmente, porque as pesquisas não são muito divulgadas, nem consideradas de interesse da população e muitos cientistas acham subjetivos os trabalhos realizados nesse campo. O que abre espaço para a discussão do “se é verdade ou não”. Mas, é ciência sim. E vale a leitura!

2 comentários em “Caso Isabela: reflita pela Semiótica”

  1. ou talvez a menina se encaixe no perfil do herói, que morre tragicamente... sabe aquela história de rei bom é rei morto... talvez tenha algo por aí tb...

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