Biocombustível x petróleo. Qual degrada menos?

Recentemente, o Brasil se destacou com tecnologia própria para fazer carros funcionarem com biocombustíveis como o álcool. Em seguida, alguns meios de comunicação, veja a revista Times, afirmaram que os biocombustíveis são os culpados pelo desmatamento dos últimos anos no país. Ao mesmo tempo, de acordo com “fontes”, a Petrobras ainda vai revelar que a nova descoberta de petróleo na Bacia de Santos é maior do que se diz.
Bom, nessa hora, uma questão apareceu. O que polui menos? Usar o biocombustível ou o petróleo? Complexo… Para tentar solucionar minha dúvida, conversei com alguns pesquisadores. A idéia era deixar de fora dessa discussão a importância econômica de cada um.
Para produzir quantidade suficiente de biocombustíveis para toda a frota de veículos do país – só a cidade de São Paulo possui por volta de 6 milhões – e para exportar é necessária uma área vasta de terra. Nela é cultivada a cana-de-açúcar – de onde se extrai o biocombustível etanol. É importante lembrar que não basta plantar, deve-se considerar o ciclo de crescimento da planta e o tratamento que o solo vai receber. Um processo “natural”, porém que exige desmatamento.
Por outro lado, o petróleo também é natural. “Admite-se que esta origem esteja ligada à decomposição dos seres que compõem o plâncton – organismos em suspensão nas águas doces ou salgadas tais como protozoários, celenterados e outros (…). Estes seres decompostos foram, ao longo de milhões de anos, se acumulando no fundo dos mares e dos lagos (…)” – leia mais aqui.
O problema dele é ser feito de carbono. Este carbono estava quieto lá em baixo do solo. Quando utilizado, vem para o ciclo das substâncias aqui de cima. Aumentando, assim, sua concentração nesta “camada” do planeta – onde nós vivemos com outros seres. De acordo com alguns cientistas, um dia esse carbono será reabsorvido. Mas isso demorará mais de mil anos.
Cientificamente falando, não obtive uma resposta para minha questão. Debati, perguntei, matutei… E nada! Apenas concluiu-se que o uso de ambos devasta o meio ambiente. Ponto. Dada a situação, eu prego o equilíbrio. Nem desmatar demais, nem usar muito petróleo. Volto a apostar nos transportes públicos, nas bicicletas – mesmo que o pneu seja feito de petróleo -, no caminhar, em comprar quando for necessário…
O gasto e o uso de energia é sério. Vou acabar com outro problema. Afinal, quem precisa e pode gastar energia somos nós que estamos virando uma população de obesos. Em 2004, segundo o IBGE, 40% do povo brasileiro estava fora do peso. Que tal comermos melhor, também? Com certeza, parte do que é plantado para fazer comidas não tão nutritivas poderia virar floresta… Sexta, vi um desses eco programas de “reality show”. O cara pedalava para fazer funcionar a torradeira. Que idéia! Ih… outra discussão!

2 comentários em “Biocombustível x petróleo. Qual degrada menos?”

  1. Você ficou na mesma, né? Como todo mundo que enxerga um pouco além do que a vista alcança. Este planeta está seriamente comprometido, pelo próprio homem que o habita, e sem muitas chances de solução.
    Existem muitas alternativas para solucionar problemas e pouquíssima vontade política para resolve-los – nós estamos pregando no deserto.

  2. Engraçado os americanos falarem que os biocombustíveis do Brasil é que acabam com a amazônia. Não há plantação de cana-de-açúcar na amazônia. O que acaba com ela é o desmatamento para soja e pasto para o boi.
    E o biocombustível de milho é que usa o cereal importante para a alimentação (milho) para fazer cobustível que ainda gera metade do que gera o feito com cana de açúcar.
    O petróleo é importante também e creio que ele será mais usado no futuro em indústrias e menos em automóveis.
    Outros combustíveis como Hidrogênio e tudo mais, creio que ainda vão demorar a ter uma potência que se iguale à estes novos combustíveis, mas chegarão a hora deles sim, mas eles precisam ter capacidade para substituir seus irmãos.
    Cuidar do mundo e da natureza é importante, mas eu vejo muito ecologistas que põe isso àcima de tudo e não pensam em um meio-termo (os chamados ecopatas). Energia é muito importante em todos os meios e há cientistas que estão criando outras formas de energias, mas demora mesmo. Se bem que essas pesquisas não tem nem um século e muitas já são realidade.

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