Depressão é uma doença difícil para quem tem ou convive com alguém nesse estado. Daqui alguns anos, mais que um terço da população mundial sofrerá do mal. Dores vagas e difusas, cefaléia, dor nas costas, problemas digestivos, alterações no apetite e fadiga podem estar relacionados a única doença.
Dados sobre a relação entre depressão e dor foram divulgados no último Encontro Mundial da Associação Americana de Psiquiatria, realizado entre 24 e 26 de maio, em Atlanta, nos United States of America. A pesquisa revela números importantes que indicam a falta de diagnóstico adequado da depressão, além da negligência por parte de médicos e pacientes em relação ao assunto. Algumas delas:
- 72% dos pacientes não sabiam que dores vagas ou difusas, de cabeça, nas costas ou mesmo distúrbios gastrintestinais também eram sintomas da doença;
- Somente 38% dos médicos acreditam que as dores físicas são sempre ou na maioria das vezes um sintoma deste mal;
- 30% dos pacientes apresentam os sintomas físicos dolorosos por mais de cinco anos antes de receberem diagnóstico apropriado. Além disso, chegam a procurar um médico cerca de cinco vezes até ser constatado o quadro depressivo.
Sobre a depressão
A depressão interfere na habilidade para trabalhar, estudar, comer, dormir e apreciar atividades antes agradáveis. Tem como uma de suas causas uma disfunção no sistema nervoso central – cujo resultado é um desequilíbrio nas concentrações de serotonina e noradrenalina – daí, fazer exercício físico é uma boa.
Os dois neurotransmissores têm um papel importante no aparecimento e equilíbrio das emoções assim como na percepção de estímulos dolorosos relacionados à depressão e, portanto, aos sintomas físicos e emocionais mencionados anteriormente.
No tratamento da depressão é fundamental que a resolução dos sintomas – físicos e psíquicos – seja total. Isso diminui o risco de recaídas do paciente. Afinal, a pessoa pode ter quadros críticos da doença em várias fases da vida. “Mente sã, corpo são”. E vice-versa.
Minha impressão é que "depressão" é um termo portmanteau onde se abrigam diversas doenças psicossomáticas de causas e origens diferentes. E que a ciência médica ainda está engatinhando em abrigar em uma única "Síndrome" coisas que podem ter origens desde genéticas, passando por situacionais e chegando até fortes distúrbios de personalidade.
(Palavra de um "especialista"... em se sentir "deprimido" 😉 )
Depressão é exatamente o oposto da chamada "doença" psicossomática.
A primeira tem causa BIOLÓGICA definida encontrada na disfunção dos neurotransmissores, e que se manifesta através de sintomas bastante claros. Trata-se de uma síndrome com sintomas definidos, diagnóstico preciso e história natural amplamente conhecida. A etiologia e fisiopatologia não estão completamente compreendidas, isso é verdade. Mas poucas doenças tem suas entranhas completamente desbravadas - vide diversos tipos de tumor, HIV, lupus, Dç de Chron, etc etc etc....
O oposto, são as "doenças" psicossomáticas onde pacientes NÃO portadores de nenhuma disfunção BIOLÓGICA apresentam queixas e sintomas geralmente inespecíficos - dores não localizadas, mal-estar, fadiga, aperto na garganta, etc. Evidente que alguns desses casos podem ser atribuídos a doenças psiquiatricas como depressão, ansiedade e outros dist. afetivos. Mas a maioria não consegue ser abordada como uma patologia tradicional, requerendo psicoterapia. Menos da metade desses paciente tem uma resposta considerada boa ao uso de antidepressivos, sendo q os melhores resultados estao associados aos triciclicos- drogas menos especificas e com maior numero de efeito colateral.
I stand corrected... Então eu usei o termo "psicossomático" de forma incorreta. Mas - continua me parecendo - que se trata de uma diferenciação um tanto "casuística". No caso onde as disfunções de produção de neurotransmissores já foi identificada, trata-se de uma "doença psicossomática".
Mas apenas duas outras hipóteses me ocorrem: ou todas as doenças mentais são "disfunções de neurotransmissores" e todos os processos mentais e cerebrais são processos físico-químicos; ou se está, implicitamente, admitindo que a mente tem uma "existência" imaterial (eu sou religioso e acredito nisso, mas acredito, também, que a primeira hipótese é válida).
Como sempre, eu concedo que posso estar errado...
"Tem como uma de suas causas uma disfunção no sistema nervoso central - cujo resultado é um desequilíbrio nas concentrações de serotonina e noradrenalina", daí, a TERAPIA é uma boa."
Tudo que a gente faz tem correlatos neuroquímicos, sempre, sempre e sempre. E a terapia é mil vezes mais eficaz que o exercício físico (que ajuda e a gente indica também).
O pior da depressão na minha opinião, é que muitas pessoas não a encaram como uma doença... pensam que se trata de uma tristeza que passará... aí se acomodam e acreditam que um dia ficarão boas de novo. Sem nem ao menos saber que suas vidas estão sendo devoradas por um mal muito pior.
Trato da depressão durante 12 anos e o que eu mais sofro são com dores na nuca, como se algo repuchasse e eu preciso estar constantemente com a mão segurandoinha cabeça.
Tomo lexapro 10m e rivotril mas acho que não está mais fazendo o efeito necessário. Vou ao médico periodicamente mas estou perdendo a esperança.
Por favor, me ajudem!
Eu poderia ter feito algo melhor no meu passado que melhorasse o meu presente, em consequencia, o meu futuro vai ser pior do que poderia ser, se é que eu ainda tenha futuro.
Para mi, depressão nada mais é do que uma resposta às dificuldades da vida, aos chacoalhões que levamos em nosso narcisismo. Análise, quando a pessoa suporta, é o que realmente funciona, quando não suporta, os remédios ajudam o tempo passar, mas não curam e todos sabem bem disso!
A maioria dos médicos afirmam que depressão é uma doença... Que, inclusive, pode estar ligada a problemas químicos no nosso corpo. Mas pode ter mais coisa inclusa aí...