Charles Darwin: evoluir ou morrer

Definitivamente, 2009 é um ano para comemorar a ciência. Na área de “biológicas”, cerca de 40 países realizarão eventos para festejar os 200 anos do nascimento de Charles Robert Darwin e os 150 anos da publicação do seu revolucionário livro “A Origem das Espécies”.
 
Aquariano – como eu! – o inglês visionário nasceu no dia 12 de fevereiro de 1809. Certa vez, em 1835, resolveu visitar um arquipélago chamado Galápagos, pertencente ao atual Equador. Por cerca de um mês, coletou plantas e observou a vida animal. De volta ao frio londrino, utilizou suas observações e anotações para, em 1859, publicar o tão famoso livro que teve sua primeira edição esgotada em um dia.
 
Atualmente, falar que os seres evoluem de ancestrais comuns não é novidade – graças ao Darwin. Mas imagine na época. Na Europa, Igreja Católica ainda era forte, ditava as regras e até pensamentos da sociedade.
 
Aliás, ainda hoje existem pessoas que acreditam no criacionismo, ou seja, que Deus criou num toque de mágica todas as espécies. Recentemente, a então candidata americana Sarah Palin afirmou o criacionismo publicamente. O que revoltou cientistas do mundo todo.
 
Enfim, 150 anos se passaram de bafafá. De fósseis e mais fósseis provando que o inglês estava certo. De DNA confirmando a mesma história. De possíveis mutações em mosquinhas dizendo que nos adaptamos ou morremos.
 
Até que, no ano passado… A mesma Igreja Católica voltou atrás. Disse em alto e bom tom: a Teoria da Evolução é compatível com a Bíblia! Juro! Leia mais aqui. Ué, a Bíblia é interpretada. Agora, os católicos podem observar Adão e Eva como uma evolução de outros primatas. Taí a importância de Charles Darwin que faleceu doente, em meio a tanto estresse em torno da sua obra, aos 73 anos.
 
Darwin está para a biologia como Galileu Galilei para a física. Este, sim, teve que negar sua teoria para não morrer nos mãos da igreja. Mas, antes do último suspiro, soltou: “Eppur si muove”. Para saber mais, clique aqui.
 
Curiosidades:
 
Robert Darwin, pai do Darwin, queria que o filho tivesse uma carreira eclesiástica;
A viagem a bordo do HMS Beagle durou cerca de três anos e passou por toda a América do Sul;
O capitão do navio, FitzRoy, quase não aceitou Darwin devido à forma do seu nariz;
O naturalista era chamado pelos colegas marinheiros de “Philos”;
Em 1832, Darwin esteve no Brasil e considerou a escravidão ofensiva;
No final da vida, todo dia intercalava caminhadas com longas horas de estudo;
Darwin está enterrado na Abadia de Westminster perto de Isaac Newton;
Em 2006, morreu aos 175 a tartaruga Harriet que, dizem, foi adotada por Darwin como animal de estimação.
Obs.: Este post também foi publicado no Amálgama, um blog sobre cultura que abriu um espaço para a ciência. Eba! E clique na imagem para ir à página do Ano de Darwin no Brasil e aqui para conferir a página da web que disponibiliza boa parte de sua obra, em inglês.

9 comentários em “Charles Darwin: evoluir ou morrer”

  1. oláá, Ísis!
    Blogueiras mais gatas, hã?
    Vi no seu perfil que é jornalista, então .. deve ter altas ideias,
    Eu quero mas é ... trocar ideias/informações/paquera/experiência/conhecimento/interatividade (epa, retira o paquera dali, ok?)
    Então .. se usar mensageiro instantâneo, uso o Messenger:
    Contato: (Tanto por email quanto para mensageiro)
    cineboteco@gmail.com
    ou se preferir socialmarks, veja meu perfil e escolha um das dezenas disponíveis!
    Saudações,
    Rafael P.

  2. Oi Isis... acompanho seu blog há algum tempo (sempre em silêncio...)
    Ultimamente ando lendo Dawkins (Deus, um delírio) e ali há uma rivalidade incisiva entre criacionismo e teoria da evolução. Acho incrível que a Igreja tenha aceitado a teoria de Darwin após tantos anos.
    Gostaria de saber se você tem algumas fontes (links) onde eu possa ver as decorrências deste posicionamento da Igreja.
    Abraços

  3. Eu acho que a igreja católica não pegou tanto assim no pé de Charles Darwin. A igreja anglicana foi bem mais radical. Até hoje as igrejas protestantes demonstram um nível maoir de intolerância em relação a teoria da evolução.

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