Ai, ai. Que lugar, não? A maioria das pessoas vai para a Ilha de Santa Catarina – nome da ilha que faz parte de Floripa – em busca de sol, praia e água fresca. Mas o local está repleto de pinturas rupestres.
A Praia do Santinho, por exemplo, recebeu esse nome devido a uma pintura que lembrava um santo. Porém… Como estamos no Brasil… Alguém roubou a pedra com a inscrição.
No Morro das Aranhas, ponta sul da praia, ainda existem algumas protegidas por uma estrutura patrocinada pelo resort Costão do Santinho. Aliás, uma delas é o símbolo do mega hotel.
Tirei fotos de duas. Uma os cientistas acreditam que representa uma máscara usada pelos habitantes antigos da região. A outra parece ondas do mar.
Existem vários tipos de pinturas – com diferentes materiais e técnicas. Essas foram feitas meio que cavocando a pedra – uma espécie de gravura – que recebeu tinta. Uma pena que a pedra está descascando, apagando a arte.
A data das pinturas em questão são uma incógnita. Podem ter desde quatro mil anos até terem sido feitas depois de Cristo – o que os pesquisadores consideram mais provável.
Próximo ao local, existem algumas pedras extremamente polidas. Elas eram usadas pelos antigos habitantes da ilha – quem sabe os mesmos que fizeram as pinturas rupestres? – para afiar instrumentos.
Fiquei apaixonada pela ilha. Ela é uma espécie de Telêmaco Borba – cidade onde nasci, no Paraná – com praias ainda preservadas. Poxa, na beirinha da água a vida marinha aflorava. Peixes e caranguejos passavam pelo meu pé. Um amor.
Por isso, faço um apelos. Não compre terrenos – ilegais – em áreas de preservação. Não jogue lixo na praia e nas ruas. Não saqueie as pinturas rupestres. Se é que existe um turismo “de preservação”, é esse que devemos fazer.
Vai para Floripa? Outras praias também têm pinturas rupestres como Campeche – leia aqui uma curiosidade francesa que escrevi sobre o lugar – e Barra da Lagoa. Estava super ansiosa para contar tudo isso aqui!
Obs.: Clique nas fotos para ampliar. A última acima é a vista que temos do lugar onde estão as pinturas. Só que a foto não captou exatamente a cor do mar. Ele estava completamente verde e transparente no raso. Mais ao fundo, totalmente azul. Lindo de morrer!
Você sabe quem tirou a pedra com a imagem do santinho da praia? Vou te dize! Foi padre Joao Alfredo Rhor. Este fato se deu em 1948. Advinhe o motivo?
Isto não posso contar ainda!
Fausto,
Acho que é mensagem errada, hein?
Abraços
Ainda não conheço mas quero conhecer as pinturas rupestres.. Só me incomodou o termo "como estamos no Brasil".. ter objetos artisticos históricos roubados infelizmente não é só coisa do Brasil, é comum lugares que foram colonizados por europeus terem suas riquezas históricas roubadas (quando não destruídas). Vira e mexe aparece um santo barroco mineiro roubado num museu Francês ou Inglês. Se eles devolvem? não não.. Já viu o quanto saquearam do Egito no Louvre??Nao bastasse invadir e expulsar o povo da terra, roubar todo o ouro e prata, ainda vivem do pagamento de entradas para ver obras roubadas de outras culturas, expostas totalmente descontextualizadas. Os descendentes de quem as fizeram mesmo não podem ver, restam apenas os buracos da extração e uma fotinha "aqui tinha um tótem que foi roubado e está sendo exposto lá no Louvre, pague ao ladrão se quiser ve-lo". Mas tem razão, no Brasil é assim, quem é roubado é que leva a fama.
bom
gostei