Por que o amor é cego?

Esses dias twitei – para quem não sabe o que é Twitter, clique aqui – uma matéria interessante sobre o amor. “A ciência pode ajudar as pessoas a encontrar a alma gêmea”, veja ali. Eu não acredito em “alma gêmea”. Seja lá como isso for interpretado. Mas o amor existe. Inegavelmente!
Agora, será que há uma explicação científica para aquele antigo ditado, “o amor é cego”? Segundo o neurologista André Palmini, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS),  palestrante do V Congresso Brasileiro Cérebro, Comportamento e Emoções que aconteceu em Gramado (RS), sim. Pesquisas recentes mostram que, quando uma pessoa está apaixonada por alguém, seu cérebro desativa estruturas responsáveis pelo julgamento crítico e por manter alerta contra ameaças do ambiente.
Por isso o “falling in love” dificilmente consegue ver defeitos e desconfiar do amado. “Estudos com imagens mostram que os mecanismos cerebrais que nos fazem ter uma visão crítica sobre as atitudes dos outros são desativados quanto estamos com a pessoa amada”, diz. Com o passar do tempo, a situação vai mudando. “Com a consolidação do sentimento, o cérebro começa a reagir ao ver a pessoa amada de forma parecida como age com outras pessoas”, afirma o médico.
Como é sabido, Palmini afirma que o amor é um dos responsáveis pela evolução e preservação da espécie. “Temos no nosso cérebro um sistema de recompensa que é o que nos faz buscar alimentos, água e outros itens de sobrevivência”, conta. Pesquisas demonstraram que o amor também ativa de forma intensa esse sistema, nos proporcionando prazer e bem-estar. “Na busca de bem-estar, amamos, reproduzimos e evoluímos”, explica Palmini.
O que a neurociência ainda não consegue entender é o porque das pessoas continuarem juntas, mesmo vendo os defeitos do outro. A Isis explica: isso sim é o amor, pessoal! Ah, e a continuidade da espécie. Vamos mudar o ditado: “A paixão é cega, mas o vizinho não!” Love is in the air…
Obs.: Esse final de semana fui a uma festa junina – adoro. Na frente de uma barraquinha, um cartaz gigante dizia, “nosso algodão doce é feito com açúcar orgânico”. É, São João e Santo Antônio, os tempos são outros… Mas, na época dos senhores todos eram orgânicos, não é mesmo?

9 comentários em “Por que o amor é cego?”

  1. muito bom, Isis! discordo só um pedacinho. Sim, MUITAS VEZES o amorrrrr que faz as pessoas ficarem juntas. Mas nem sempre, né? Há gente que fica por vários motivos: comodismo é um deles.
    E olha que coincidência, esses dias perguntei ao meu namorado (há vários anos estamos juntos e é amor!): vc é capaz de dizer que iguaria junina eu gosto mais? E ele disse ALGODÃO DOCE...! Hahaha.. Ora, veja, desde quando algodão doce é comida junina..rs. EU prefiro canjica de milho branco!! adoro.

  2. Interessante.
    Mas me pergunto se é causa, circunstância ou efeito?
    As pessoas amam porque não conseguem enxergar os defeitos, não enxergam o defeito porque amam, ou estão com uma tendência a se apaixonar e por isso passam a ver menos defeitos nos possíveis candidatos?
    Ainda acho difícil e um pouco contraditório racionalizar emoções.
    Bom post!

  3. Olha, vou fugir da ciência. Acho que é exatamente o contrário: a gente passa a amar quando consegue enxergar quão especial aquela pessoa é. Acho que todo ser humano tem alguma coisa de especial, mas que não é visível para todos. Quando alguém consegue enxergar isso no outro, pá: fica apaixonado. É o que acontece, por exemplo, com pessoas que antes de se apaixonar ficam muito amigas. Elas vão se revelando, se revelando, até que uma hora um vê no outro essa parte especial.

  4. O amor não é cego. Ele apenas nos mostra o nosso "par perfeito", que ás vezes , para nós não é tão perfeito assim... Porém ao longo do tempo você acaba se entregando e se deixando levar pelo AMOR. Amor é bom mesmo sendo de criança e infantil. Mas é melhor quando é maduro e verdadeiro! E quando você se apaixona você mesmo sabe se é serio ou não.
    Bem, essa é a minha opnião...
    by: Lola

  5. cego? obvio que não...se faz de, para que possa unir pessoas tão diferentes. para que as chances de convivência se ampliem e passarmos a dar maior importância ao outro... a quem precisamos tanto para preeenchermos o grande vazio que ainda carregamos... cego? o amor enxergar melhor que nós próprios as nossas necessidades, melhor que nós mesmos.

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