Mais uma pimentinha na discussão entre gêneros. A marca de desodorantes Axe, em parceria com o instituto QualiBest – especializado em pesquisa de mercado -, fez um estudo com mulheres. Tchan, tchan, tchan… A pesquisa revelou que elas – nós – mudam cerca de 44 vezes de opinião sobre assuntos polêmicos – como política, sexo e religião -, 52 vezes sobre o estilo de roupa e 21 vezes sobre produtos de uso pessoal ao ano.
A pesquisa foi feita com 882 mulheres de dez locais: Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Distrito Federal. As entrevistadas creem que a “mudança” define a mulher brasileira moderna. E, essas mulheres, se veem como agentes de inovação. Maria Arminda do Nascimento Arruda, Professora Titular de Sociologia da Universidade de São Paulo (USP) e consultora da pesquisa, explica: “Com tantas quebras de paradigmas, necessidade de mudança e busca pelo novo, para as mulheres, as coisas podem perder o frescor, o caráter de novidade”.
Segundo o instituto, as mulheres relatam que algumas das influências para elas mudarem de opinião rapidamente são: “maior facilidade de se adaptarem às mudanças do ambiente onde vivem” (49%), “observar que a opinião anterior estava errada” (46%), “ser convencida pelos argumentos de outra pessoa” (42%), “ser uma característica da própria pessoa” (38%), “as mudanças repentinas de humor” (36%), entre outros.
Quando questionadas sobre os aspectos visuais que elas mudariam naquele momento, a maioria, 28%, disse que seria o “corte de cabelo”, seguido por “tipo de roupa” (20%), “cor de cabelo” (19%), “algum tipo de acessório” (13%) e “cor do esmalte das unhas” (7%). Apenas 6% não mudariam nada.
Sobre os momentos que mais mudam de ideia: “na escolha de roupas para sair” (49%), “durante a compra de roupas, acessórios e sapatos” (48%) e “durante a compra no supermercado” (39%).
Mulheres x homens
A pesquisa também procurou entender as mulheres em seus relacionamentos. Elas dizem que para cada situação relacional, os homens precisam apresentar determinadas características – ok, coitados de vocês. Por exemplo, para casar, os homens precisam: fazê-las se sentirem únicas e especiais, ser um bom ouvinte, ter um emprego estável, entre outros. Para namorar: serem bem-humorados, perfumados, surpreenderem com pequenos presentes e “ter pegada”. Para simplesmente ficar: precisa ser bonzinho, bonito, fazer o tipo cafajeste, malandro e vestir-se bem, na moda. Anotado?
Iris, o título do seu blog está evolucionariamente obsoleto! 🙂 Confira:
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,cromossomo-masculino-esta-evoluindo-depressa-diz-estudo,495133,0.htm
Esses números estão tão pertos de múltiplos de 12: 21(24) e 44,52(48) - que dá uma coceira danada de relacionar à variações hormonais periódicas.
[]s,
Roberto Takata
Hahaha. O Takata não perde um detalhe! 🙂
O último parágrafo é assustador... hehe
É, como dizia Vinícius de Moraes, "As mulheres são muito estranhas, muito estranhas"...
Colocou na marca do penalte e o Takata chutou! Hahahaha
Quero ver quem vai fazer o mesmo com o último parágrafo... heheh
é coisa da minha incapacidade mental ou há mesmo uma contradição entre "ser bonzinho" e "fazer o tipo cafajeste"? E quando eu penso no gosto das mulheres eu me lembro de um livro de Ítalo Calvino, "O cavaleiro inexistente".
Ué, só homens comentaram esse post? Cadê a mulherada?
Dédalus, não há contradição alguma: como toda pesquisa, as respostas foram diversas, e então tabuladas em categorias. Há as que preferem os da categoria "bonzinhos" e há as que preferem os "cafajestes". Mas veja bem: só "para ficar"...
Agora, me digam: os homens também não são céleres em mudar em relação a certas preferências? E quanto às características requeridas em se tratando de mulher?
"Ué, só homens comentaram esse post? Cadê a mulherada?"
Sibele, não comentam porque antes de terminarem o que escreveram, já mudaram de opinião...
Cara Sibele,
Obrigado pela explicação. No entanto, me permita discordar: eu ACHO que o que aconteceu é que muitas das mulheres entrevistadas na pesquisa deveriam dizer uma coisa, mas por vergonha ou dissimulação ou recato disseram outra. Assim, apareceu na lista o "ser bonzinho": homem bonzinho conquistando mulheres? Me conta outra!
A meu ver, o problema de pesquisas de opinião é justamente esse: se você sair perguntando por aí quem é racista, pouquíssima gente vai dizer que é, já que o racismo é algo, hoje, socialmente pouco aceito. Mesmo assim o racismo continua existindo...
O que eu quero dizer é que muita gente (talvez a maioria das pessoas) declara fazer uma coisa e na verdade faz outra. Em média, acho que somos todos muito hipócritas.
Um abraço!
Essa parada de ser bonzinho não existe pra ficar concordo plenamente com o Dedalus!
Sendo bonzinho no intuito de ficar acaba virando amiguinho ou no entanto um futuro namorado e olhe lá!