Por que está chovendo tanto?

Não é culpa do aquecimento global. Ao menos foi o que três meteorologistas me disseram em pré-entrevistas – para a televisão a gente entrevista a pessoa por telefone antes de falar, pessoalmente, com microfone. Eles disseram que não dá para afirmar que as chuvas de hoje já são consequência do aquecimento global. Mas eles têm certeza de que a “culpa” é do danado “El Niño”.
De acordo com o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), o El Niño é um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado por um aquecimento anormal das águas superficiais no oceano Pacífico Tropical – na altura da Linha do Equador. Esse aquecimento pode afetar o clima global mudando os padrões de vento. O que, por sua vez, atinge os regimes de chuva das regiões tropicais.
Resumindo de maneira bem simplista, a água do mar aquece lá no Equador. Forma nuvens. O vento empurra elas para cá. E, aqui no Sudeste, elas nos molham. Mas… nem sempre foi assim. O El Niño já deixou o clima do Sudeste equilibrado.
Segundo alguns pesquisadores, talvez por ter chovido muito lá no Norte do Brasil no início do ano passado – lembram-se das inundações? – há mais águas para evaporar. E vir parar aqui no Sudeste. Assim, cada vez que aparece, sua intensidade pode ser diferente.
O El Niño pode ocorrer entre 3 e 7 anos. E, ter duração de um ano. Por isso muitas águas ainda irão rolar. Para entender melhor o fenômeno, apesar da linguagem técnica, encontrei uma animação no site do CPTEC. Veja aqui.
Bom, o fenômeno foi batizado como El Niño pelos pescadores do Peru e do Equador em referência ao Niño Jesus – ou Menino Jesus. Isso porque as águas ficam mais quentes nesses países perto da época de Natal. Agora, sabendo disso, deixemos o aquecimento global para outra conversar de bar. Fui tomar chuva!

3 comentários em “Por que está chovendo tanto?”

  1. Concordo plenamente! Mas deve-se lembrar também que devido ao aumento do acumulo de poluição tanto em águas (lixo doméstico...) e atmosfera (gás metano...)pode agravar os efeitos do El Niño, assim não podemos descartar então a possibilidade desta ''destruição ambiental'' estar contribuindo para o aumento dos efeitos deste fenômeno atmosférico-oceânico!

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