Supermercados lutam contra as sacolas plásticas

Na guerra contra as sacolas plásticas, os supermercados foram um dos mais criticados. Afinal, eles são os maiores provedores da sacolinha para o lar. No exterior, algumas redes cobram por cada sacola plástica. O que ajuda a poupar o meio ambiente e o investimento da empresa.
Em terras tupiniquins, o Walmart Brasil anunciou que estenderá para as lojas das regiões Sudeste e Centro-Oeste o programa “Cliente Consciente Merece Desconto”. O projeto-piloto começa no Walmart Osasco, Tamboré e Morumbi. Em dois meses, quer atingir todas as 436 lojas do país.
O programa devolve ao consumidor o valor de custo da sacola não utilizada na compra. O desconto de R$ 0,03 por cada sacolinha será calculado diretamente no caixa. O valor corresponde ao custo unitário da sacola ou a cinco itens adquiridos – quantidade média de produtos embalados em uma sacola, segundo estudo do Instituto Akatu. Em uma compra de 200 itens, o cliente “ganhará” R$ 1,20. E caso leve para casa menos de cinco itens, também recebe o desconto referente a uma sacola.
O “Cliente Consciente Merece Desconto” já funciona nas lojas do Nordeste e Sul do País. De acordo com a empresa, o programa tirou do meio ambiente 16,6 milhões de sacolas plásticas e concedeu R$ 498.000 em descontos. Além do programa, também em 60 dias todas as lojas terão um caixa preferencial para quem não usa os sacos plásticos.
Já o Grupo Carrefour Brasil disse que eliminou o uso das sacolas plásticas na sua unidade de Piracicaba, interior de São Paulo. Para estimular os clientes, a loja em questão distribuirá, gratuitamente, sacolas retornáveis até 31 de março e oferecerá opções para compra – entre R$ 1,90 a R$ 15, sendo que uma delas, vendida a R$ 2,90, tem capacidade para 35 quilos. O cliente também terá à disposição caixas de papelão gratuitas para poder acondicionar as compras.
As lojas da rede na França, China e Polônia já não oferecem a sacola plástica tradicional. Segundo a empresa, o lixo da loja de Piracicaba passará a ser jogado em sacos plásticos reciclados de garrafas PET. Até 2014, a rede quer dizer adeus às sacolas plásticas tradicionais.
Quantas sacolas plásticas usamos?
A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) estima que o Brasil consome a cada ano cerca de 12 bilhões de sacolas plásticas tradicionais. Em outras palavras, cada brasileiro utiliza em torno de 66 unidades por mês. Essa embalagem demora cerca de 400 anos para se decompor.

8 comentários em “Supermercados lutam contra as sacolas plásticas”

  1. Ouvi dizer que quando o supermercado dia entrou em sampa eles queriam cobrar pelas sacolinhas mas que a justiça proibiu isso... espero que eles voltem atrás tirando as sacolinhas grátis.
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    Para o josué digo que poderia ser como algumas décadas atrás, quando não se tinha sacolinhas plásticas: v. descarta o lixo na lata de lixo e o lixeiro vira isso dentro do caminhão... simples assim... do mesmo jeito só que sem saquinho.

  2. Josué, você consegue gerar tanto lixo diariamente para usar todas as sacolinhas plásticas provenientes das compras no supermercado? E elas vão se acumulando... Melhor mesmo levar uma sacola retornável às compras, e descartar seu lixo em sacos próprios... para lixo.

  3. Eu gostaria de saber se, no caso da proibição das sacolinhas, já há estudos para orientar os novos métodos de coleta de lixo que precisarão ser implantados. Os custos com que as empresas, e por conseguinte os cidadãos, precisarão arcar. Isso implicará aumento nas taxas de coleta? Quanto o indivíduo precisará investir para a compra de novas lixeiras, que certamente durarão pouco se manuseadas diariamente pelos coletores? Quanto será o consumo de água e sabão para lavar as lixeiras que ficarão expostas na rua e sujas pelo próprio conteúdo que será descartado? Quanto será a ampliação da limpeza pública, já que lixeiras com lixo "solto" acabarão sendo colocadas na calçada, e os animais soltos pelas ruas acabarão por revolvê-las. Parece fácil falar em acabar com as sacolinhas, mas só essa medida exigirá muita mudança e, conseqüentemente, mais gastos e, quem sabe, maior consumo. Eu sei que é preciso fazer, mas falar é fácil demais, e a propaganda fácil acaba sendo nociva. Antes de inventar facilmente novas formas de pressionar o indivíduo para ser responsável e fazer parecer que se é eco-ético-responsável, é preciso que os formadores de opinião pensem e repensem. Nossos ouvidos merecem mais respeito.

  4. É parece mesmo que todo mundo vai precisar fazer musculação pra carregar as sacolas retornáveis. E precisaremos ir mais vezes ao supermercado, também. A menos que se construam novas unidades de distribuição, aos montes, pra se ter um supermercado bem perto de casa. E, enquanto não se inventam novos métodos de coleta pública do lixo, é bem provável que se comprem sacos descartáveis de lixo para descartar os dejetos. E eles são mais caros que sacolinhas.

  5. musculação pra carregar sacolas retornáveis?
    as sacolinhas atuais por acaso vão voando pra casa? se sim ainda não descobri essa função! hahaha.
    para evitar a fadiga dos braços, já inventaram mochilas e carrinhos de feira pra essas coisas...
    além disso as sacolinhas não serão proibidas! apenas não haveriam sacolinhas GRÁTIS, é uma forma simples e legítima de se reduzir o uso compulsivo deste material, afetando diretamente a demanda dele no mercado.
    obviamente devido a gratuidade das sacolinhas de mercado, as descartáveis são mais caras...
    ademais, o lixo orgânico também deveria ser reciclado, afinal pode-se reaproveitar esse tipo de resíduo incorporado-o ao solo - (em países ditos desenvolvidos boa parte desse tipo de resíduo é reaproveitado pra esse fim).
    é claro que mudanças estruturais graves teriam de ocorrer para a coleta apropriada dos resíduos, mas esperar que a administração pública se encarregue disso é comodismo demais. aliás é por falta de inovação em políticas públicas de manejo de resíduos que estamos nessa.
    acho que a educação é o caminho mais apropriado para mudanças definitivas a longo prazo na sociedade. enquanto os governos continuarem negligenciando isso, vamos ficar sapateando na tentativa de avançar.
    como mudanças estruturais graves entende-se, dentre outras coisas, mudanças na forma como o serviço de coleta e destinação de dejetos é feita, assim como mudanças de hábitos da população, inclusive uma visão mais crítica do sistema produtivo vigente.
    em sampa por exemplo a produção diária de lixo excede as 15 toneladas, com uma média per capita de 1kg/habiantante/dia. a média para o país é de 600g.
    a pergunta que se deve fazer é se todo esse lixo gerado é inevitável. muito provavelmente não é.
    a redução e reutilização são hábitos que todos deveriam incorporar, evitando o uso desnecessário e exagerado (i.e. desperdício) de recursos naturais.
    só a partir desse simples exercício do senso de coletividade que poderemos começar alguma mudança relevante de comportamentos.

  6. Eu gostaria de saber quanto em média um supermercado gasta, comprando sacolas plásticas, e quanto ele economizará ao adquirir as sacolas ecológicas, para dar a seus clientes uma maneira de trasnportar seus produtos adquiridos no mesracdo?

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