Há mais de 15 anos os cientistas discutem os efeitos da música clássica para a inteligência. Agora, pesquisadores da Universidade de Viena, na Áustria, comprovaram que ouvir esse tipo de música não melhora a habilidade cognitiva específica.
Tudo começou, há um tempo atrás. Quando, em 1993, a revista Nature publicou um artigo da psicóloga Frances H. Rauscher, da Universidade da Califórnia. O texto relatava melhor desempenho de universitários após a exposição à música do gênio aquariano Wolfgang Amadeus Mozart.
Depois disso, nos Estados Unidos, vários governadores estimularam esse tipo de música. Em 1998, o estado da Flórida chegou a aprovar uma lei que obriga as creches a colocarem ao menos uma hora de música popularmente chamada “clássica” por dia para os bebês.
Como uma amante dessas lindas composições, eu agradeceria. Sempre brinquei dizendo que, durante a gravidez, vou ouvir esse tipo de música para o bebê nascer gostando de coisa boa… E samba também, claro.
Os psicólogos Jakob Pietschnig, Martin Voracek and Anton K. Formann analisaram 40 estudos independentes e outros trabalhos acadêmicos inéditos, totalizando mais três mil participantes.
O estudo, publicado na revista científica Intelligence, concluiu, com base nessas evidências acumuladas, que ainda não é possível afirmar que as pessoas melhoram sua capacidade específica espacial apenas ouvindo música “clássica”.
“Eu recomendo a todos ouvir Mozart, mas sem a expectativa de aumentar suas capacidades cognitivas”, diz Jakob Pietschnig, o autor principal do estudo. Para saber mais sobre os estudos, clique aqui – em inglês.
Olha só, Isis... Pode não "tornar mais inteligente", inclusive porque Mozart tem algumas obras perfeitamente medíocres. Mas habituar os ouvidos infantís a melodias harmônicas certamente resulta em uma maior capacidade em detectar futuras "desarmonias" em músicas e até em ideias e linhas de raciocínio.
Evitarei comentar o "algumas obras perfeitamente medíocres" porque não vale a pena falar sobre tal besteira escrita...
Isis, as obras de Mozart (qualquer uma!) exige certo grau de concentração e mesmo que essas "pesquisas" duvidem eu creio que escutar esse tipo de música com atenção melhora sim o raciocínio, não porque desenvolve a mente, mas porque acalma e exige concentração 🙂
Oi Ísis,
Quando esta notícia saiu há vários anos atrás, fiquei intrigado. Se fosse, assim, tão "facil" ficar mais inteligente, talvez esta receita já tivesse sido descoberta antes. Ou não?
Infelizmente, até os compositores mais geniais, como Mozart, podem ter seus momentos de mediocridade. E Mozart é considerado por vários entendidos no assunto como sendo o compositor erudito que mais quis agradar ao público, muitas vezes até mesmo por razões financeiras. E por isso mesmo deve ter feito várias concessões quanto à complexidade e dificuldade de suas obras. Nota-se que suas obras tardias são mais elaboradas e intimistas, como o concerto para clarinete e orquestra em lá maior, K. 622. Ao contrário da serenata noturna, K. 525, que qualquer um reconhece quando é tocada, e foi composta justamente com este propósito. Algum pecado nisso? Nenhum. É talvez uma virtude a mais poder ser, ao mesmo tempo, um grande compositor e compor música para agradar o público em geral.
Se ouvir Mozart tornasse as pessoas mais inteligentes, o mundo estaria talvez um pouco melhor. Mas estaríamos deixando de lado J.S. Bach (e seus filhos W.F., J.C. e C.P.E.), Vivaldi, Schumann, Schubert, Haendel, Beethoven, Brahms, Mahler, Stravisnky, Ravel, e todos os outros, inúmeros, compositores eruditos (e não-eruditos também, pq. não? Nada como o bom samba de raíz, do morro, e toda a rica MPB brasileira, além do rock, jazz, blues, e toda a música em geral).
Qualquer "receita" para se tornar mais inteligente parece, no fundo, ser apenas uma promessa, e nada mais.
Independente de qualquer associação ao desenvolvimento da inteligência, ouvir Mozart - e também Tchaikovsky, Wagner e outros compositores clássicos - faz bem ao corpo e à alma.
Se a humanidade ouvisse música clássica diariamente, acredito que este seria um mundo melhor.
Eu toco música clássica para minhas samambaias a mais de 5 anos e elas não parecem mais inteligentes.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
adorei os comentarios 2 e 5, especialmente o 5. um bom humor desses é coisa rara hj em dia.
Acho que ouvir música erudita (esse é o termo correto) todo dia não deixa ninguém mais inteligente. Agora, faz um bem danado. Porque, como já disse alguém muito sábio, "música é vida interior. E quem tem vida interior jamais padecerá de solidão". Sou meio "lobo da estepe" (em termos de solidão), vivo sozinho, ouço música erudita frequentemente e me sinto sempre bem, nunca me sinto só. Ouvir um concerto prá clarineta, de Mozart, ou um Canon de Pachebel, logo ao acordar, faz um bem danado prá alma. Que dirá então das músicas do gênio dos gênios, J. S. Bach, como: aria em sol maior para cordas, cantata 140, concerto prá dois violinos, brandemburgo no. 4. Ou então ouvir as perfeitas músicas corais (bem baixinhas) de Bach, Mozart, Haendel, e que tais. Agora, o que deixa minha mente de aposentado mais rápida (não diria mais inteligente) é estudar teclado com teoria musical, minha atividade atual, e fazer o interessante jogo de números japonês "sudoku". Viva a boa música!