Peço ajuda aos colegas biólogos. Desde que começou o outono, reparei que o número dos meus amigos caranguejos da espécie Maria-farinha (Ocypode spp.) – mais conhecido como siri, sirizinho, siri-fantasma (!) – diminuiu no litoral norte de São Paulo. Para mim, antes de qualquer coisa praia é lugar de meditação. De pasmar, mesmo. É uma viagem observar esses bichinhos cavocando ao lado da minha canga ou fugindo enquanto caminhamos a beira mar. Ai, cheiro bom de maresia.
Só que os amiguinhos sumiram… Fuçando sobre o assunto, li em algum lugar que praia com Maria-farinha significa praia limpa. Concordo que a poluição no estado de São Paulo continua aumentando. Mas sumir de uma hora para outra? Chuto que a diminuição dos bichinhos deve estar relacionada com reprodução ou época do ano. Não gostariam do “frio”?
Para piorar, não foram apenas os caranguejos que zarparam. Neste final de semana à noite, fomos curtir um luau na areia fria. A essa hora, como de praxe, o holofote não se volta apenas aos violonistas e afinados – ou desafinados – cantores de ocasião. Justiça seja feita. Quem também brilha no breu da praia se chama plâncton. Já contei aqui que esses seres causam catarse.
Agora, vou te falar. Neste final de semana ficamos a ver navios. Aliás, bem lá no fundão, mesmo. Cargueiros. Os plânctons desapareceram. Mais uma especulação desta curiosa nata. Era noite de lua cheiona. Sua luz refletida do sol também era refletida pelas ondas. Podíamos enxergar nitidamente nossas sombras na areia. É claro que os seres bioluminescentes não apareceriam.
E o mar? Se eu fosse surfista, pegaria tubos. Muito agitado. Como não sou, preferi as noites brindadas ao lado dos meus amigos! Para você, também desejo paz e amor.
Também notei que sumiram na praia que frequentava desde criança no Guarujá haviam muitos agora não tem mais síris e tb notei que diminuíram peixes pequenos e tatuis
Sim, uma pena! 🙁