Parece que “nomear” datas – como Ano Internacional da Astronomia (2009), Ano Internacional de Darwin (2009), Ano Internacional da Biodiversidade (2010) – tem surtido efeito positivo. São inegáveis as inúmeras discussões que rolaram em torno dos temas e as atenções dadas para eles.
Assim, Organização das Nações Unidas (ONU) declara que este ano, 2011, é o Ano Internacional das Florestas.
Pelo que andei xeretando por aí, desta vez, o objetivo da ONU vai além de chamar a atenção para o meio ambiente em si. A ideia é discutir a relação do homem com as florestas, principalmente, a questão da pobreza. Afinal, boa parte das matas mais preservadas do mundo estão localizadas em regiões com populações miseráveis – olha “nóis” aí, gente.
Segundo o site oficial – clique aqui –, o Brasil participará da discussão – com tudo certo, mas nada resolvido. Nossa terra prevê organizar un congresso internacional sobre as cidades e as florestas adivinhe onde? Em Manaus, claro. Só que não foram divulgadas mais informações sobre.
Ah, e por hoje não é só, pessoal, 2011 também foi declarado o Ano Internacional da Química e a ONU estabeleceu a data como o início da Década da Biodiversidade. E viva meu bioma preferido: a Mata Atlântica! Vamos comemorar.
ooppsss... estou aqui no que resta de mata atlântica de Pernambuco... Vim da Amazônia, do meu bioma preferido, e as diferenças são enoooormeeees. Aqui, Imbaúba (Cecropia hololeuca) é considerada árvore de mata nativa, acredita? Na Amazônia, avistar uma "imbaubeira" significa mata recente, floresta absolutamente secundária, lugar certamente degradado ou em recuperação.
Nos dois casos, no entanto, é símbolo de resistência das florestas. Afinal o início da degradação da Mata Atlãntica em PE remonta ao famoso ciclo econômico do açucar... e põe século nisso...
Apesar de reconhecer a importância de se preservar o que resta de Mata Atlântica, acho saudável que este congresso seja em Manaus, pois urge que tomemos pé para que a floresta amazônica não desapareca da mesma forma, concorda?
Um viva a todas as florestas (em pé e resistentes) do Brasil!
Há uma coisa que poucos notam. Jà viu quanto de 'terra', espaço, deixam pras árvores nas cidades? Aliás, até em qualquer bairro? Agora as árvores não têm direito nem a um espaço de terra livre com pelo menos metade de sua copa; estão deixando só e apenas nem um metro ou sequer cinquenta centímetros; sem falar que os parques se tornaram banheiros públicos para cachorros.
E vai um trolho de problemas ligados a isso ...