Cientistas falam sobre “novo” Código Florestal

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) preparam uma reação – oficial – aos argumentos ruralistas para a aprovação das mudanças no Código Florestal propostas pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Para os pesquisadores, redução das áreas de preservação é ruim para a própria agricultura; ruralistas discordam.
As instituições divulgaram – leia mais no Jornal da Ciência – um resumo do estudo que deve provar cientificamente que as flexibilizações previstas no “novo Código Florestal” comprometem o futuro das florestas do país.
Os cientistas argumentarão que a área utilizada pela agropecuária no país pode ter a produtividade maximizada sem necessidade de novos desmatamentos, com investimentos em pesquisa e tecnologias. E que também é possível recuperar as áreas desmatadas de forma irregular.
Além disso, os pesquisadores discordam da redução da Área de Preservação Permanente (APPs) na margem de rios, da possibilidade de regularizar plantios em topos de morros e da recomposição de áreas de reserva legal com espécies exóticas.
“O contraponto do sucesso econômico da agricultura tropical se manifesta no aumento das pressões sobre o meio ambiente, com agravamento de processos erosivos, perda de biodiversidade, contaminação ambiental e desequilíbrios sociais. Fica evidente que há necessidade de medidas urgentes dos tomadores de decisão para se reverter o atual estágio de degradação ambiental provocada pela agropecuária brasileira”, diz o sumário executivo publicado pela Agência Brasil.
A votação do novo código deveria acontecer em março, mas como decidiu-se criar um grupo com representantes das bancadas ruralista e outro ambientalista para discutir o tema, a votação deve ser adiada. O texto foi aprovado em uma comissão especial em julho do ano passado e está pronto para ir a Plenário. Rola uma pressão dos ruralistas.

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