Para falar a verdade, nem curto muitas luzes – deve ser porque minha luz interior já é suficiente, brincadeirinha! Tem gente que mal acorda de manhã e já vai acendendo as lâmpadas da casa. Detesto. Primeiro, porque já há luz natural mais que suficiente. Segundo, porque meus olhos ainda estão se acostumando com o novo dia.
À noite, também não gosto de muitas lâmpadas acesas – estou me referindo às internas da casa. Lá vai a chata de novo: primeiro, porque não creio necessário viver em um estádio. Segundo, porque morar em um dia de jogo é ecologicamente incorreto. Além disso, tenho uma teoria com alguma base científica.
Ao menos no meu caso, muita iluminação artificial, principalmente à noite, atrapalha o sono. Sério, quanto mais claro, mais demoro mais para dormir. Para falar a verdade, são famosas as pesquisas que apontam os problemas de saúde que podem surgir em quem dorme com muitas luzes acesas no local do soninho. Certeza que você já leu ou ouviu falar em alguma.
Fim das incandescentes
Tudo isso para quê? Quero contar que estou na fase iluminação do novo apê. Apesar que, pela falta de tempo, só compramos três luminárias, o resto está com uma incandescente pendurada nos fios à mostra ou sem nada mesmo. Ótimo, com o suficiente para morar.
Na hora de escolher as luminárias, além da belezura delas e da sensação de que é de melhor qualidade, pensamos na economia. Poucas luzes, apenas onde é necessário. Vou colocar abajures e luminárias de chão com lâmpadas que utilizam menos energia, para proporcionar um ambiente mais breu/ aconchegante – do jeito que gostamos – e mais eco.
Além disso, um fator fundamental na hora da escolha das luminárias: as lâmpadas incandescentes pararão de serem comercializadas até 2016. Uma conhecida protestou: “Vou fazer um estoque delas, ninguém pode me impedir de usar as lâmpadas que mais gosto.” A portaria foi publicada no Diário Oficial da União, este ano.
De acordo com a portaria, fazem parte da regulamentação as incandescentes de uso geral, exceto: com potência igual ou inferior a 40 Watts; aquelas específicas para estufas – de secagem e de pintura; para equipamentos hospitalares; incandescentes refletoras/defletoras ou espelhadas.
Deixo a dica: antes de adquirir aquela liiinda luminária nova, veja que tipo de lâmpada utiliza.
Segundo o governo, a medida trará economia – escalonada – de aproximadamente 10 terawatts-hora/ano. O que equivale a mais que o dobro alcançado com o Selo Procel. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, no Brasil existem 147 modelos de lâmpadas incandescentes que respondem por 80% da iluminação residencial. Uau.
Quais as alternativas
Práticas? Três: Led, incandescente e vela. Adorei a ideia da lâmpada Led. Acompanhei a evolução da tecnologia – quando foi lançado no exterior o primeiro Led que poderia ser utilizado no lugar da incandescente – desde 2004, quando trabalhei em publicações da área de arquitetura e de iluminação.
Poxa, vi pela primeira vez ao vivo, com soquete igual ao de incandescente, quando um americano diretor dessas grandes empresas da área trouxe exemplares ao Brasil. Naquela época, lá por 2005, nem existiam ainda para uso doméstico. Rapidinho desenvolveram.
Esses dias, vi no mercado para vender por R$70 prometendo uma vida útil – sem queda na luminosidade – de 30 anos. É o que as pesquisas indicavam. Acredito que com a proibição das incandescentes, o preço dessas lâmpadas Leds tende a cair, mas não muito. Olhe, pretendo comprar uminha para testar. Veremos.
Esquecendo a vela – perigoso – e sem entrar na questão das halógenas – que consomem muita energia e emitem calor, apesar da maravilhosa reprodução de cor -, existem as fluorescentes. Algumas são mais amareladas – e carinhas – se aproximando mais da cor das incandescentes – vou colocar desse tipo na cozinha, nos banheiros e em alguns outros pontos. Porém…
As lâmpadas fluorescentes possuem mercúrio em seu interior. Um metal perigoso para a saúde – muito cuidado para nenhuma quebrar na sua mão – e que pode contaminar o solo, a água… É, o tiro pode sair pela culatra. A economia pode gerar a poluição séria do meio ambiente.
Alguns municípios possuem lei sobre o fim para esse tipo de lâmpada. Por exemplo, no estado do Rio de Janeiro, os fabricantes, distribuidores, importadores, revendedores e comerciantes são obrigados a disponibilizar recipientes adequados para o produto e providenciar o descarte em local apropriado ou enviá-los para reciclagem. Sabia? Algo parecido consta na Lei dos Resíduos Sólidos, aprovada no ano passado. Leia inteira aqui – bonita de ser ver.
Porém, para mim, o descarte é ainda nebuloso. Eu não vi muita campanha de conscientização. Então, se você optou ou optará pela lâmpada fluorescente, dê um destino para ela respeitando a saúde de todos. Entre nesse site – oficial da presidência – e veja lá no final da página uma lista de locais para deixar sua fluorescente.
Bom, o que era para ser um post virou um tratado. O último a sair, por favor, apague a luz. Noite!
Lá em casa todas as lâmpadas são fluorescentes, qdo aluguei o apê eram todas incandescentes. No entanto, estou insatisfeito pq acho tudo "muito claro" também. Faz tempo que estou adiando uma troca geral por lá e esse post me deu umas ideias boas! 🙂
Felipe, vou palpitar mais, pode? Acho que você nem precisa trocar tudo... Conforme vai queimando, compre as fluorescentes na cor amarela - são um pouco mais caras, mas trazem um conforto maior. E coloque uns abajures com aquelas incandescentes bem fraquinhas - que, no futuro, poderão receber fluorescentes amareladas. Faz toda a diferença! Agora, se puder abusar dos Leds... Sucesso!
Atualmente, só uso fluorescente mas as leds estão arrebentando. Já tenho lanternas que duram 3 dias com duas pilhas pequenas e mesmo no final da vida a luminosidade é praticamente a mesma.
Observação lateral sem maior importância: "Três: Led, incandescente e vela."
Discordo de algumas informações...
Primeiro, algo que todo mundo fala, mas li um estudo na revista "Eletricidade Moderna" sobre isto: lâmpadas incandescentes na verdade são mais econômicas do que as fluorescentes.
Tá, deixa eu explicar. As lâmpadas fluorescentes precisam de um reator para funcionarem. O problema é que esses reatores criam ondas harmônicas na rede, e puxam mais potência do que realmente consomem.
Outra coisa, o espectro de emissão das fluorescentes só apresenta 3 ou no máximo 4 faixas, enquanto as incandescentes são contínuas. A diferença pode não ser tão aparente, mas para estudo e leitura, que tu fica bastante tempo ali, fazem bastante diferença.
Pretendo fazer um estoque de incandescentes também. Como um professor meu diz: são mini-sóis dentro de casa!
Acho que não se precisa fazer estoque de incandescente! A tecnologia está aí, e as novas lâmpadas estão adquirindo as qualidades das da aconchegante incandescente!
Fica uma dica, use as fluorscentes como ponto de iluminação geral - já existem umas mais amareladas, e na sua luminária da mesa de estudos, uma incandescente com 'watts' mais baixos !!!
Este é um assunto interessantíssimo que todos deveriam discutir! Parabéns pela iniciativa! Devo dizer que as leds são sensacionais! 🙂