Todos os posts de Isis Nóbile Diniz

Quem gosta de passado é…

Museu! Ao menos alguém tem que cuidar do “de onde viemos” para sugerirmos o “para onde vamos”. Os museus são importantíssimos para as sociedades – não vou enumerar todas as relevâncias. Principalmente, em um país como o nosso, onde muitos não estão nem aí para o passado.
Digo isso porque, entre os dias 12 a 18 de maio, no Rio de Janeiro (RJ) acontecerá a 6ª Semana Nacional de Museus. O tema abordado será Museus: Agentes de Mudança Social e Desenvolvimento“. No período, o Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast/MCT) fará uma programação especial. O que inclui lançamento de livros, palestras, cursos, oficinas e a observação do céu pelos telescópios. Uma das principais atividades ocorre no dia 14, quando o Museu estará aberto para que os visitantes conheçam suas instalações e conversem com os funcionários.
A Semana Nacional de Museus é feita sempre no mês de maio desde 2003 – ano em que foi inserida a “Política Nacional de Museus”. Na programação estão projetos educativos e culturais, visitas monitoradas gratuitas, palestras, seminários, filmes, oficinas, espetáculos teatrais, shows, gincanas e outras ações que intensificam as relações dos museus com a sociedade.
Na edição deste ano serão realizadas 1.420 atividades em 447 museus de todas as regiões do país, com destaque para a região Sudeste, com 569 eventos em 169 instituições.

Você é o que sua voz fala

A qualidade da sua voz interfere na sua qualidade de vida. Foi o que constatou Iára Bittante de Oliveira, professora e pesquisadora da Faculdade de Fonoaudiologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Campinas), em pesquisa realizada na Clínica de Fonoaudiologia da Universidade. Ela explicou que problemas na voz criam dificuldades para muitas pessoas na área profissional e pessoal. “Algumas não conseguem emprego, outras não conseguem exercer suas profissões, como professores e teleoperadores”, disse. “O resultado é que elas ficam irritadas, entristecidas e com cansaço vocal, o que atrapalha significativamente no relacionamento delas com outras pessoas”.
Ela entrevistou 44 pessoas com queixa vocal, de ambos os sexos, com idades entre 19 e 80 anos, em espera para atendimento fonoaudiológico. Os sintomas citados pela maioria das pessoas foram os de fadiga vocal (90%), rouquidão (86,3%), garganta seca (79,5%), sensação de garganta raspando ou ardendo (77,2%), voz que enfraquece à medida do uso (77,2%) e pigarro constante. Os entrevistados foram divididos em quatro grupos: idosos, trabalhadores profissionais da voz, trabalhadores não-usuários da voz profissional e pessoas que não desempenham trabalho fora do lar.
Dicas simples para cuidar da voz: tomar bastante água e evitar alimentação rica em gordura. Mais incertezas? Procure um especialista na sua cidade.

Barriguinha nada sexy

Está confirmado. Barriga grande aumenta em até três vezes o risco de impotência sexual. Estudos apresentados no recente 23º Congresso Europeu de Urologia, em Milão (Itália), mostraram que o acúmulo de gordura abdominal é um dos sinais da síndrome metabólica – um transtorno caracterizado por um conjunto de fatores de risco cardiovasculares -, e está associado à redução das taxas de testosterona.
Prepare a fita métrica. A barriga começa a se tornar um risco para a saúde do homem quando a medida da cintura ultrapassa os 94 cm. “A partir daí, os níveis de testosterona no organismo podem cair, enquanto aumenta o risco de obstrução das artérias pela gordura”, diz o urologista Helder Machado, chefe do Serviço de Urologia de Niterói. Esse entupimento arterial dificulta a irrigação peniana, impedindo que o homem alcance a ereção satisfatória.
Como tratar? Ou toma-se medicamentos inibidores da enzima PDE-5 como o Levitra® (vardenafila, da Bayer Schering Pharma). Ou, vá para a academia, meu bem!

Está com insônia?

Aqui pode existir a solução! O Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em conjunto com o Instituto do Sono, procura voluntários com um tipo específico de insônia. Aquela quando a pessoa consegue dormir sem problemas, mas apresenta dificuldade para continuar dormindo durante a noite. O estudo testará um novo medicamento. Para participar, é preciso ter mais de 18 anos e ser alfabetizado. Interessou? Ligue para (11) 2108-7090 e procure por Rosa, a partir das 7:30h até 16h.

Luminária, também de “plástico”

Essayage. A designer bacanérrima Baba Vacaro criou um pendente para a Dominici – todas as luminárias dessa loja ficariam perfeitas em qualquer ambiente da minha casa. A peça, que remete a uma roupa ainda em “construção”, é composta por um tecido reciclado derivado do plástico. Por isso, sua cúpula é resistente e leve. Ela pode ser moldada – ou “amassada” – de acordo com o gosto do freguês chique, claro. Está vendo esses fios na foto? Então, com eles é possível “puxar” para cima ou descer a cúpula. Cada posição muda o formato dela. Donairoso e ecológico.

 

Camisetas feitas de PET

Uma camiseta feita de PET!?! Dá para imaginar? Sim… A empresa Stenville, com sede em Jundiaí (SP), fabrica camisetas – aquelas básicas que conhecemos – feitas com 50 % de algodão e outros 50 % de PET. Cada uma “possui”, aproximadamente, duas garrafas. Eles usam um processo em que a garrafa é “desmanchada” em forma de fios bem finos. Estes são misturados aos de algodão e… tchan tchan tchan tchan… Esta pronta a roupa. Olhando a camiseta nem dá para perceber. A textura também é igualzinha. Ela é apenas um pouco mais quente – para nosso friozinho, ideal. Clique aqui para entrar em contato.
Porém, ela não foi a única a criar. Veja outras instituições que produzem ou vendem a tal: Ecotece (lindas e poéticas), WWF (temas ambientais), Nicaltex (promocionais), SOS Mata Atlântica (mais conhecidas), Fujiro Camisas (promocionais) e Instituto Nina Rosa (com animais).
Aliás, a Stenville fez as camisetas do 2º Congresso Global Greens, que acontecerá este feriado, em São Paulo. No encontro, movimentos socioambientais e partidos verdes do mundo todo se encontram para discutir problemáticas e soluções. O primeiro foi em 2001, na Austrália. Vou dar um pulinho lá para conferir as palestras. Para saber mais, clique aqui.

I: Cube Live at Planetarium

A-ca-bei de voltar. Essa foi uma sessão de cinema, artes visuais, arte digital, instalação ao vivo, ou, melhor que tudo isso, arte + ciência para lá de especial. O DJ frânces Nicolas Chaix, conhecido por I:Cube, tocou ao vivo hoje à noite no Planetário Aristóteles Orsini, no Ibira (SP). As imagens foram criadas e projetadas pelo simpático videomaker Toby Cornish da Jutojo, empresa alemã de design gráfico e visual.
No início, uma música mais lenta acompanhava uma “mancha” branca dançarina como um pêndulo. O nada. Em seguida, um objeto redondo no estilo Homem Vitruviano crescia em três dimensões como se fosse nos alcançar. O estranho. Depois, diversas formas familiares se misturavam no céu. O caos. De repente, a música ganhou uma batida mais marcada e uma tímida influência de música brasílica. Números invadiam os céus. Setas. Piscadas. Graus. Marcas de compasso. Rotações. O planetário começou a girar. Girar. Transe. Era como o nascimento do universo. Se viam estrelas. A partir daquele momento, tudo fazia sentido. Manchas brancas apareciam, como cometas. E as restantes cinco estrelas subiram ao ponto mais alto… Para brilhar eternamente.
A sensação é tal… Várias vezes olhei às portas para conferir se o planetário não estava girando de verdade. Foi uma loucura. Ou melhor, é o começo de nova maneira de manifestar artísticamente + cientificamente. Para variar, esse movimento teve início na Europa. Por lá, fizeram sessões em outros planetários. O produtor e cineasta Fábio Almeida, a médica Simone e eu conversamos com os artistas gringos. Eles contaram que a música e as imagens foram pensadas juntas. Os desenhos projetados eram objetos como fitas cassetes filmadas. Depois, as imagens foram trabalhadas no computador. Toby misturou as cores e inseriu outros elementos. O DJ adaptou a música eletrônica para acompanhar a idéia de tocar dentro de um lugar que não é para dançar. Onde ele não está em um palco, em evidência. E sim, para viajar dentro daquele espaço científico. Em uma cúpula crescente.

Cuidado, buraco negro!

Nossa, esta semana estou apocalíptica. Nostradamus ficaria assustado comigo! Bem, vamos ao que interessa. O funcionamento do LHC, que seria em maio, foi adiado para junho por questões técnicas e de segurança. Aliás, tem gente com medo de que os minúsculos buracos negros – que possivelmente serão formados dentro dele – engulam toda a Terra. Acabando com a nossa ínfima vida. Os cientistas Walter Wagner e Luis Sancho entraram com um processo na corte federal do Havaí contra o Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN), responsável pelo LHC.

O Large Hadron Collider (LHC) ou, em português, Grande Colisor de Hádrons é um monstruoso acelerador de partículas. Com ele, será possível ter uma noção mais palpável de como o universo foi formado, obter informações sobre o Big Bang, unificar – ou não – leis da física que não se encaixavam, entender que raios é a matéria escura e do que ela é feita, criar pequenos buracos negros… Alguns cientistas brasileiros, com os quais conversei, falaram que é impossível sermos devorados por eles. Acredito nos tupiniquins.

Algumas informações assombrosas sobre o LHC:
É a maior obra de engenharia civil;
Tem 27 km e está construído a 100 m abaixo do solo;
A França e a Suíça gastaram 10 bilhões de francos suíços na construção;
Sem contar o investimento feito por outros países;
Os cientistas estão em busca do Higgs, uma partícula jamais vista;
Podem descobrir se existem as 11 dimensões extras da “Teoria de Cordas”;
O tubo é revestido com 96 toneladas de hélio líquido resfriado a -271 ºC;
Que vantagem Maria leva? Em cinco anos, nossa internet ficará mais rápida. Poderão ser empregadas novas terapias contra o câncer, menos invasivas e mais eficientes. Os lasers tenderão a melhorar… Entre outras coisas boas que, no futuro, nos aguarda…
Agradecimento: Prof. Dra. Maria Cristina Batoni Abdalla . Ela é super competente.

Site do fim do mundo

Terremoto, tsunami, vulcões ativos… O site da americana The United States Geological Survey (USGS – Geological Survey) possui dados do mundo inteiro, principalmente dos Estados Unidos, sobre os fenômenos naturais. Como desgraça pouca é bobagem, o USGS também mostra informações e fotos sobre gripe avária, mudança climática, espécies invasoras, etc. O mais bacana é que é possível obter dados em tempo real sobre as revoltas da natureza que assolam o mundo. Ele está em inglês e é um pouco confuso. Para navegar de forma mais amena, oriente-se pelo “Science Topics”, do lado direito.


Congressos de cardiologia

EM SÃO PAULO…
O XXIX Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP) começa quinta-feira, dia 1º de maio. Durará três dias. No primeiro, Adib Jatene, ex-ministro da saúde, faz palestra sobre a saúde pública no país, no Palácio das Convenções do Anhembi, às 19 horas. Para saber mais, clique aqui.

EM BRASÍLIA…
Médicos e outros interessados em participar do XV Congresso de Cardiologia de Brasília, que acontecerá de 12 a 14 de junho, têm até o próximo dia 30 para aproveitar o valor promocional das inscrições. Promovido pela Sociedade Brasileira de Cardiologia do Distrito Federal, o evento contará com programação científica e social. Até a próxima quarta-feira, os preços são de R$ 200 para médicos e R$ 100 para não-médicos. Em maio, o valor será 40% maior. Mais informações aqui. Obs.: As doenças do coração matam 300 mil brasileiros por ano.

VEJA QUE INTERESSANTE OS ASSUNTOS DISCUTIDOS PELA SOCESP:
Bebidas e coração: Pesquisas revelam que risco de doenças cardíacas cai em até 70% para quem consume 22g/dia de álcool, o que corresponde a dois copos de vinho.
Células-tronco: Os resultados dos estudos com células-tronco para o coração podem evitar a morte de 50 mil pessoas por ano que possuem a doença de Chagas.
Cirurgia do estômago: Estudo revela que a cirurgia para a redução do estômago diminui em quase 30% as mortes por problemas cardiovasculares.
Poluição: Pesquisa constata que a poluição, em São Paulo, corresponde ao consumo de dois cigarros por dia.
Ressuscitação: Metade das vítimas por parada cardíaca sobrevive se for atendida nos primeiros 5 minutos.