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Conhece o gigante bambu do mar?

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Já ouviu falar sobre o gigante bambu do mar? Ele vive em alguns locais com águas frias do sul do planeta como no litoral da África do Sul. Pode ser encontrado jogado na areia, geralmente, arrancado pela força das ondas do mar. Mas sua beleza se realça quando um bambu vive ao lado do outro formando uma misteriosa floresta aquática. E, assim, percebemos que a natureza é superlativa na África até debaixo da água.

Meu primeiro encontro com os guepardos

“Vocês duas esperam aqui, do lado de fora”, ordenou gentilmente um dos guias. A menina de dez anos olhou feio para ele, enquanto a que tinha cerca de cinco anos sentou conformada no banco de madeira, em frente ao ambiente cercado por grades com mais de dois metros de altura onde estavam as duas chitas (guepardos) também irmãs. Uma era fêmea e a outra, macho. Nós seis (os dois guias sul-africanos, o casal americano, o meu marido e eu) seguimos em frente.

O guia tratador das chitas tirou o cadeado do bolso e abriu a porta de metal. Entramos naquela espécie de ampla jaula e caminhamos atentos em busca dos animais. Eles são amarelos, mas imperceptíveis nas sombras nas plantas. O casal americano parou para ver como as filhas estavam do lado de fora. “Venham, temos que andar todos juntos! É perigoso nos afastarmos uns dos outros”, ordenou o guia que nos acompanhou por todo o passeio dentro do Tenikwa Wildlife Awareness Centre, localizado na capital africana do surf Plettenberg Bay. Os americanos, que já estavam um pouco assustados, seguiram mais atentos. Até que…

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Encontramos as duas maravilhosas chitas deitadas sob escassa sombra de uma árvore. Não podíamos tocá-las, apenas observar os elegantes felinos que tinham a feição de um gatinho. Enquanto o tratador contava particularidades desses animais como o fato de serem os mais rápidos mamíferos terrestres do mundo, atingindo até 120 km/h durante uma caçada, os bichos ronronavam. Sim! Ronronavam – chitas não rugem! E era porque estavam gostando de algo. As chitas são, com exceção dos gatos domésticos, os únicos felinos que ronronam na idade adulta.

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O macho deitado no chão girava o corpo para um lado, girava para o outro, enquanto passamos a observar essa engenhosidade – estrutura leve e calda comprida que atua como um leme e dá estabilidade durante a corrida – da natureza de perto. Que emoção! Eu quis chegar mais pertinho, mas fiquei receosa. Pensei: “Melhor não me aproximar muito e nem fazer movimentos bruscos para não assustar os animais”. As chitas não costumam caçar e comer humanos. Apesar dessas estarem bem alimentadas e tratadas (dá para perceber pelo pelo brilhante) e já acostumadas com a presença humana (elas foram apreendidas de forma que não podem mais serem soltas na natureza), são carnívoras. Portanto, melhor não arriscar. Os músculos pouco rasgados e uma leve saliência na barriga entregam que, apesar da amplitude do local, elas não praticam muita atividade física. Não correm atrás do alimento.

Completamente vidrada-apaixonada-encantada pela espécie, tentei tirar uma foto com as duas chitas. O guia tratador me orientou: “Pode ir atrás delas, elas não farão nada. E pode abaixar lá para a foto ficar bem bonita”. Soltei uma risada nervosa. “Será?” “Sim, elas não atacam quando o tratador delas está aqui”, informou o nosso simpático guia. Ah, olhei bem as garras delas, engoli e fui para trás. Meu marido e eu fomos os únicos que “se arriscaram”. Foi o tempo de tirar algumas fotos até a fêmea levantar e sair com o olhar fixo num ponto. Admiramos um pouco mais o irmão que acompanhava a fêmea pelo olhar (foto abaixo). “Quer apostar que ela foi observar de perto as crianças?”, disse o tratador. As chitas têm aquelas espécies de “riscos” no rosto para evitar que a luz do sol reflita nos olhos. Diferente dos leões e outros felinos que preferem caçar à noite, no início da manhã ou no finalzinho da tarde, as chitas caçam durante o dia.

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Ficamos mais uns minutos, que nunca parecerão eternos (pena!), no local ao lado do macho. No caminho de volta por dentro da jaula, encontramos a fêmea sentada com o pescoço levantado e os olhos fixos nas duas crianças do lado de fora. É a posição de atenção em que elas permanecem por horas antes de correrem atrás da comida. O tratador soltou um sorriso. Só faltou levantar a placa: “Eu avisei”. A fêmea mal piscava e as crianças lá, sentadas no banco sob o sol, balançando as pernas no ar. Neste caso, a fêmea é quem caça. E as chitas caçam crianças. Os pais voltaram rapidinho para perto das filhas. E a chita lá, impassível.

O Tenikwa, um centro de reabilitação de animais selvagens especializado em felinos, permite vermos de pertinho essas reações de cada felino enquanto o guia discorre sobre a natureza deles. Como no Brasil, na África do Sul é proibido manter animais silvestres em casa sem autorização. Mas muitas pessoas capturam os bichos, como os felinos de pequeno porte, e os tratam como se fossem animais de extimação. Devido a essa convivência e educação, esses quando resgatados não têm mais condições de sobreviverem sozinhos na natureza.

caracal

É o caso de um divino caracal (acima) que corria atrás de um tronco em forma de bola jogado pelo guia. Também pudemos ver de perto um serval (ele quase nos tocou), um gato selvagem africano que estava dormindo escondido entre as folhagens como é de costume, um leopardo, entre outros. No caso do leopardo, estávamos a menos de três metros do animal e não conseguimos vê-lo!  Não entramos na gaiola dele. É tão proibido quanto encostar na grade de proteção onde vive. Ele ataca humanos, embora na natureza foge de nós assim que sente o nosso cheiro a dezenas de metros de distância. Isso porque eles costumam comer animais criados por fazendeiros como bezerros e ovelhas.

leopardo

Durante mais de 100 anos (até hoje, apesar de proibido), os fazendeiros matam os leopardos com tiros. Aliás, existe uma história recente de que em Pretória, capital executiva do país, um leopardo atacou e matou cachorros e crianças que estavam fora de casa até ser descoberto ele o autor dos “crimes”, capturado e solto na natureza bem longe dali. Eles agem durante a noite e passam o dia poupando energia camuflados sob as sombras das árvores. Mesmo assim, bobear perto de um felino como leões e leopardos enquanto tiram aquela soneca preguiçosa da tarde é perigoso.

Se você ama “cats”, animais selvagens (eles têm outros bichos como pássaros), a natureza em geral e vai para a África do Sul, recomendo conhecer o trabalho realizado pelo Tenikwa. Seu pagamento da entrada e compras que faz na lojinha ajudarão a devolver para a natureza animais machucados ou que foram encontrados em cativeiro. Apenas chegue cedo, pois o local sempre lota e só é possível visitar os animais acompanhado de um guia. Um ótimo feriado felino para você!

Gato selvagem africano
Gato selvagem africano
Serval
Serval


Evite comprar souvenirs de origem animal em viagens

porcupineVocê vê como desconhecimento pode facilitar a extinção de uma espécie… No ano passado, durante minha viagem à África do Sul – vou continuar postando sobre ela aos poucos por aqui, são muitas informações e pouco tempo para escrever sobre tudo -, eu caminhava pelos corredores de um grande mercado de souvenirs de Cape Town localizado no V&A Waterfront. Ele parecia uma gigante feirinha hippie repleta de estandes. Em alguns estandes, vi uma espécie de palito de prender o cabelo preto e branco com cerca de 25 centímetros de comprimento. A textura era como a de um osso. Perguntei para a vendedora o que era: “Pelo de porco-espinho”. Uau.

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Naquele momento, um balão abriu ao lado da minha cabeça: “Como eles recolheram esses pelos?”. “Quando caem os pelos dos animais, as pessoas pegam esse material para vender.” Tá bom. Não comprei, preferi algumas faquinhas para passar patê feitas com osso de vaca e pintadas de preto e branco como se fossem zebrinhas. Mais seguro. Saindo de Cape Town vimos inúmeras criações de vaca holandesa.

thinktwicePassados cerca de dez dias de pé na estrada pela África do Sul, fomos visitar o centro de reabilitação de vida selvagem – especializado em felinos <3 – Tenikwa Wildlife Awareness Centre, no município de Plettenberg Bay. Parêntese: esse centro merece um post à parte, viu? Se você ama “cats”, deve conhecer o lugar (foi onde tirei a foto em que apareço ao lado de duas chitas/ guepardos). Lá, antes de visitarmos os felinos e outros animais, somos obrigados a ver uma palestra e um vídeo sobre preservação (as informações sobre recuperação animal são dadas durante a visita aos bichos). Em seguida, você pode recolher folhetos com informações sobre os animais do país. Foi quando descobrimos que porcos-espinhos (porcupine, em inglês) são mortos para terem seus pelos arrancados.

Segundo a organização International Fund for Animal Welfare (IFAW), muitos porcos-espinhos são perseguidos com cachorros e mortos com um golpe rápido na cabeça. Os pelos deles são limpos com desinfetante. Em áreas em que há grande concentração de porcos-espinhos, a IFAW afirma que é possível colher apenas cerca de 100 pelos naturalmente, pegando do chão os pelos que os animais perderam sem ser devido à ação do homem. Porém, essa quantidade, de acordo com a organização, não faz da colheita um exercício altamente lucrativo como acontece quando os animais são mortos. Veja aqui uma lista, em inglês, do que nunca comprar em suas férias. E boa viagem!

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Crédito da foto do porco-espinho: Bohemianism. As outras são minhas e do maridón.

Você gosta de ficção científica?

*Este post é uma participação especial do meu irmão Gabriel Nóbile Diniz, que também é engenheiro químico e nerd – veja o canal dele no YouTube.

Naves espaciais, armas a laser, robôs quase humanos, equipamentos estranhos, Pads…

Eu acho fantástico. Adoro! E é muito interessante ver como os filmes de ficção científica
antigos têm coisas… atuais!

Quando nós assistimos a um filme de ficção científica antigo, nós vemos que alguma parte da “ficção” se tornou real. Por exemplo, os Pads que apareciam antigamente, se tornaram reais. Robôs com comportamento humano estão sendo criados, com mais e mais inovações. Carros e outros veículos com recurso de camuflagem, invisíveis à primeira vista, estão sendo desenvolvidos a partir de câmeras fotográficas e LED. A evolução da ciência segue seu curso.

Mas e o mais legal? E as naves espaciais com velocidade mais rápida que a luz? A exploração de outros sistemas solares?

Crédito: http://www.flickr.com/photos/andresrueda/
Crédito: http://www.flickr.com/photos/andresrueda/

A estrela mais próxima do planeta Terra, tirando o Sol, é a Proxima Centauri, a mais de 4 anos-luz de distância (ou seja, a luz da Proxima Centauri demora 4 anos para atingir a Terra). Para você ter uma ideia do que isso significa, o Sol está 8 minutos-luz longe da Terra. E já é uma distância difícil de percorrer.

A velocidade da luz é a maior velocidade que um objeto pode atingir. Qualquer objeto. E atingir a velocidade da luz, simplesmente, não é possível. A luz chega a essa velocidade por que não tem massa. Só assim. Qualquer objeto com massa requer uma energia infinita para atingir a velocidade da luz. Então, é impossível.

Outra detalhe sobre a velocidade da luz é que o tempo é distorcido quando algum objeto chega a uma velocidade próxima. Enquanto no planeta Terra o tempo passa sempre na mesma velocidade, um objeto em uma velocidade próxima a luz está quase que parado no tempo. Complicado não? Tudo previsto por Einstein utilizando apenas um quadro negro.

Só que isso não ocorre nos filmes de ficção científica! Eles viajam a velocidades SUPERIORES à da luz usando propulsores especiais. Não são os mesmos propulsores que um foguete. São propulsores que empregam uma técnica especial de viagem espacial. E cada filme diferente tem uma técnica também diferente de viagem no espaço. São três técnicas conhecidas: Hiperespaço, Buraco de Verme e Dobra Dimensional.

Agora, um cientista resolveu provar que é possível utilizar a Dobra Dimensional na vida real. E está tentando colocar uma nave para voar a uma velocidade superior à da luz.

Mas, antes de falar desse cientista extremamente maluco desenvolvendo sua máquina, vou abordar as três teorias de viagem acima da velocidade da luz. Hiperespaço, Buraco de Verme e Dobra Dimensional. E tudo aquilo que é “real” sobre a ficção científica.

Hiperespaço

Crédito: NASA, ESA, and the Hubble Heritage Team (STScI/AURA)
Crédito: NASA, ESA, and the Hubble Heritage Team (STScI/AURA)

Hiperespaço é a forma de viagem mais comum em filmes. Funciona teletransportando a nave para um espaço alternativo onde as regras da física são diferentes do nosso espaço e, posteriormente, trazendo a nave para o espaço normal. Como é um espaço diferente do que vivemos, é chamado de Hiperespaço.

Nos filmes de ficção científica, a viagem por Hiperespaço requer grandes e precisos cálculos matemáticos para obter rotas. Em Star Wars, por exemplo, é necessário que a nave percorra caminhos já conhecidos pelo espaço para não colidir com nenhum astro ou objeto. Será fatal se ocorrer tal colisão. Quando o espaço não é “mapeado”, é necessário fazer diversos “pequenos saltos” para o Hiperespaço sempre visualizando os eventuais perigos e a viagem demora muito mais tempo que o normal.

Na trilogia de livros de Douglas Adams, “Guia dos Mochileiros da Galáxia”, um salto no Hiperespaço distorce a sensação de espaço ao redor de uma pessoa e depois o constrói novamente. A velocidade é tanta que até achata os objetos. Por isso, a viagem foi substituída pelo “Gerador de Improbabilidade Infinita”. Este faz o cálculo de “Qual a probabilidade de se fazer um Gerador de Improbabilidade Infinita” com a ajuda de chá pelando. É muito mais eficiente. Por alguma razão que ninguém sabe qual é…

Apesar de ser a forma mais comum de viagem mais rápida do que a luz citada por filmes, não existe qualquer referência a experimento ou teoria física que torne possível tal coisa. Não existe qualquer prova de uma dimensão, espaço ou local alternativo. Muito menos que seja possível viajar por ela.

Buraco de Verme (Wormhole ou Ponte Einstein-Rosen)

Crédito: http://www.flickr.com/photos/ge_photo/
Crédito: http://www.flickr.com/photos/ge_photo/

A teoria de Buraco de Verme é possível em conceitos matemáticos, mas nunca foi feito na prática. Einstein falava que entre dois pontos no espaço é possível ter uma ponte, com distância menor do que percorrer o mesmo espaço em si. Em um exemplo visual, é como se você tivesse duas opções para atravessar um rio. Nadando por ele ou com uma ponte acima de você, entre os dois pontos. É mais rápido passar pela ponte desde que você consiga visualizá-la e percorrê-la.

O mesmo ocorre na teoria Buraco de Verme. Existe um caminho extra para ir de um ponto a outro do universo. A nave percorre o caminho a uma velocidade abaixo da luz. Porém, como o caminho percorrido é menor, a nave chega ao destino antes da luz que seguiu pelo caminho normal.

Buracos de Vermes não estão apenas limitados a viagem espacial. Através de Buracos de Vermes, teoricamente, é possível se viajar no tempo já que é considerado uma dimensão a ser calculada, de acordo com Einstein.

É claro que, mesmo em obras de ficção, a teoria se torna difícil de explicar. Podem existir Buracos de Verme naturais, criados aleatoriamente, sem um destino controlado pelas pessoas. Como um fenômeno natural. Só que eles são limitados a conectar os mesmos locais sempre. Também existem Buracos de Verme criados artificialmente, em que há um portal para ser atravessado e seguir de um ponto a outro. As máquinas que fazem isso nem sempre são explicadas.

Os mais famosos Buracos de Verme estão no seriado/filme “Stargate” e “Babylon 5”. “Stargate” tem um portal elegante e bonito e todo um efeito especial para jogar pessoas de um espaço para outro. Outro Buraco de Verme muito interessante está no jogo eletrônico “Portal” (com versões 1 e 2). Uma arma dispara portais faz o jogador percorrer um ponto ao outro, disparando o portal em uma parede lisa.

Como dito anteriormente, a teoria do Buraco de Verme, mesmo sendo a menos utilizada em filmes, é a mais provável. Afinal, o próprio Einstein foi quem começou a falar sobre ela.

Dobra Dimensional

Crédito: http://www.sxc.hu/photo/828752
Crédito: http://www.sxc.hu/photo/828752

A Dobra dimensional é conhecida nos filmes “Star Trek”. O conceito é muito simples. Pegue uma folha de papel. Qual é a distância mais curta que uma formiguinha num ponto pode ir até outro ponto do papel? Uma linha reta. Porém, se você pegar a folha de papel e dobrá-la, os dois pontos podem ficar encostados um ao outro. E a formiguinha não mais precisa andar o caminho. Isso é dobra dimensional. Pegar o espaço, o dobrar totalmente até que os dois pontos, onde está e o destino, estejam extremamente próximos. Difícil imaginar em três dimensões, não é?

Fazendo dessa forma, não é necessário percorrer o espaço na velocidade mais rápida que a luz, pois o espaço é que se dobrou para se percorrer os dois pontos. Isso sem quebrar a continuidade do espaço-tempo. Apenas distorcer o espaço e o tempo ao redor da nave. A nave é empurrada da mesma forma que um barquinho de papel em uma onda do mar. Na onda do mar, a água à frente do barco diminui e atrás do barco aumenta. É o que acontece com a nave espacial. O espaço atrás dela aumenta de tamanho e o espaço à frente diminui de tamanho.

A Dobra Dimensional é um fenômeno muito comum no espaço. Uma forma de dobra dimensional é vista ao redor de buracos negros. Buracos negros são grandes concentrações de massa em um único ponto do espaço. Um buraco negro de tamanho “intermediário” tem mil vezes a massa do Sol e o tamanho do planeta Terra.

Como a massa de um astro define sua gravidade, então esta se torna diferente do normal. A gravidade nestes locais é tão forte que o espaço e o tempo distorcem. E a luz ou qualquer onda eletromagnética que percorre a direção do buraco negro sofre uma alteração de seu caminho, como se no caminho da luz tivesse uma lente de vidro que force a luz percorrer um caminho mais árduo e diferente do que estava previsto. Este efeito chama-se Lente Gravitacional, muito fácil de se observada no espaço.

Muitas pessoas acreditam que a luz é atraída por buracos negros, por atração da gravidade. Isso não é verdade. A luz é um corpo sem massa, então ela não sofre atração pela gravidade. O que ocorre em buracos negros que impedem a luz de saírem dele, ou que faz com que a luz externa, olhando de fora, apresenta um “retardo” para sair do buraco negro é a Lente Gravitacional. O espaço-tempo é distorcido completamente. Não é culpa da atração gravitacional. A luz, no ponto de vista dela, está sempre percorrendo o caminho reto mais curto possível.

*****

A Dobra Dimensional que está sendo criada é chamada de Propulsão de Alcubierre. Sendo Alcubierre o físico mexicano que descobriu essa técnica a partir da fórmula da relatividade. Ele pegou as fórmulas de Einstein e as manipulou até ver, em números, uma maneira de distorcer o espaço mantendo o tempo parado sendo possível utilizar uma quantidade de energia para pular de um ponto a outro no universo.

Porém, a fórmula é difícil de aplicar. Para ser possível, é necessário usar algo chamado matéria exótica. A matéria exótica, como o próprio nome diz, é um tipo de matéria que não tem as mesmas propriedades físicas da matéria convencional. Por exemplo, a propriedade física mais comum é: matéria atrai matéria. Grandes corpos celestiais atraem objetos para si. Um grande corpo feito de Matéria Exótica repele corpos. Na ponta do lápis, uma matéria exótica desse tipo tem “massa negativa”, já que está fazendo o inverso.

Outra propriedade de qualquer matéria é que matéria pode ser transformada em energia. Muita energia. Trata-se da velha fórmula muito conhecida e pouco explicada E = mc² de Einstein. Ela significa que a Energia contida em uma massa é determinada multiplicando a massa pelo quadrado da velocidade da luz. Isso tem uma proporção catastrófica. Por exemplo, uma grama transformada em pura energia contém 25 milhões de kilowatt-hora. O que permite iluminar uma cidade. Ou, com essa energia, é possível fazer uma bomba de 21,5 kilotons, quase duas vezes mais forte que a bomba de Hiroshima.

Na teoria, a matéria exótica, dona de massa negativa, quando é transformada em energia faz na verdade energia negativa. É esta energia a necessária para fazer a Dobra Dimensional, de acordo com as contas de Alcubierre. Fazer uma viagem curta (daqui para a Proxima Centauri) vai requerer cerca de 700 kg (negativos, claro) de matéria exótica. É muita matéria exótica.

Se os cientistas não descobrirem como fazer matéria exótica de uma forma artificial ou não descobrirem como “minerar” em algum lugar, ficará difícil continuar os experimentos. Vamos ver o que a ciência terá a dizer sobre isso. Aguardaremos ansiosos!

Como são os safáris na África do Sul

Eu tenho tanta informação para escrever por aqui coletada durante os 20 dias da minha viagem pela África do Sul e tanto vídeo para editar e subir que precisaria de um clone para fazer tudo isso por mim. Além das incríveis histórias da população que hoje vive por lá – muitas delas para se discutir em uma mesa de bar -, as paisagens e os animais também são envolventes. De tirar o fôlego. Portanto, faço aqui uma revelação (ao menos para mim): em cinco dias no mato você consegue ver os bichos caçando, comendo sem parar (no caso dos herbívoros), amamentando, copulando, fazendo barulhos, distraídos, lutando, curiosos, sem se importar com a sua presença ou te ameaçando por estar no ambiente deles.

Sério, eu me senti dentro de um dos programas do Discovery Channel. Era como se fosse uma espectadora in loco. Por exemplo, em apenas cinco dias conseguimos perceber os sinais que a maioria dos grandes animais – como elefantes, antílopes, leões, girafas – transmitem de acordo com o que estão sentindo. Fizemos safári em uma reserva pública chamada Addo Elephant e em uma particular. Na pública, nós mesmos podíamos dirigir pelas trilhas com o nosso carro alugado ou contratar os guias locais para fazer safáris como os noturnos.
O Addo Elephant, como diz o nome, é uma reserva repleta de elefantes. Em cerca de dois dias inteiros por lá, observamos bebês elefantes mamando. Elefanta guiando a manada, algumas com mais de 15 indivíduos. Sim, é a fêmea quem manda no grupo, sabe onde está a água para beber, para tomar banho, onde há a melhor comida. Pudemos ver jovens machos acompanhando, de longe, um grupo (foto abaixo). Isso porque ao completar determinada idade, creio que dois anos – me corrija se estiver errada -, a fêmea guiadora expulsa o macho jovem do grupo. Ele tem que se virar sozinho. Traumatizado e sem saber o que fazer, muitos jovens seguem o antigo grupo por um tempo. Em seguida, como também pudemos observar, dois machos às vezes andam juntos para se defenderem de outros animais.

Vimos que até os elefantes conseguem se camuflar – sua bundinha parece um montinho de terra no meio do mato. Que eles se alimentam cerca de oito horas por dia praticamente sem parar. Que geralmente não há leão e nem chita (guepardo) onde estão os elefantes. O leão é quem escolhe o melhor território primeiro – que pode mudar com o tempo. Os elefantes expulsam as chitas de parte do território que sobrou e eleito o deles.

Já éramos água para elefante. Os animais do Addo estão acostumados com tanto carro passando. Mesmo assim, meu marido foi encarado por um jovem macho que veio em direção ao nosso carrinho, desviou praticamente em cima do capô, passou pelo lado do motorista e virou a cabeça para encarar olho no olho. Entortou o pescoço até não conseguir mais e seguiu seu caminho. Ficamos bem quietinhos – e meu marido gélido. Mas foi só isso e algumas olhadelas de mamães amamentando. Até que…

Seguimos para a reserva particular com o carrinho prateado alugado, um Nissan Micra. Passamos por tantos elefantes, tantos passaram por nós, que já estávamos acostumados em ver eles tão perto, cerca de um metro de distância do carro. Entramos na reserva, vimos as primeiras girafas da viagem – lindinhas e calmas. Seguimos pela estrada de terra até encontrarmos dois elefantes no meio da pista. Um deles, o macho, parou e nos olhou. Essa encarada do elefante é um sinal de que o bicho está incomodado. Pensei: “Vou dar uma aceleradinha e andar um pouco para avisar que queremos passar”.

Dei mais uma acelerada – estávamos com receio de nos perdemos dentro da reserva e queríamos chegar logo à sede para fazer os safáris. Afinal, nas reservas particulares os safáris são feitos com os veículos delas, geralmente Land Rover abertas. O elefante se virou para nós e abriu a orelha. Péssimo sinal que interpretamos bem. Sabíamos o que isso significava: ele queria mostrar que era grande, mais firmemente que não estava gostando. Às vezes, os elefantes abrem as orelhas para se refrescarem. Elas têm veias que ajudam a trocar o calor quente pelo mais frio do ar. Não era o caso. Falei para meu marido: “Vou acelerar e correr”. “Não faça isso, ele está na parte de cima do morro, se der um passo para cima de nós acaba com a gente”, sábias palavras. Andei mais um metro com o carro. O elefante começou a balançar a cabeça do lado direito para o esquerdo e vice-versa. Sua tromba, que encostava no chão, chacoalhava no ar. Ferrou. Recuei rapidamente mais de dez metros com o carro! O bicho entendeu, arregamos – não que quiséssemos brigar, apenas estávamos aflitos.

Falei: “Temos todo o tempo do mundo, qualquer coisa alguém da sede busca por nós”. E esperamos uns cinco minutos, ou seja, muito menos do que imaginávamos. Até que o elefante subiu morro acima, parou de nos olhar e passamos devagar – mas espertos – menos de dez metros ao lado dele seguindo pela estrada de terra esburacada.

Nos dias que se seguiram, um leão rugiu para o carro em que estávamos – desta vez, com o guia ao volante – enquanto seguíamos o grupo de felinos em uma caçada. Vimos leões e chitas correrem, literalmente, atrás do almoço. Três machos chitas, um dos animais mais velozes do mundo que pode alcançar cerca de 110 km/h, atacaram um bando de guinus. Uma delas pegou um guinu, mas o bando voltou e começou a tentar dar chifrada na chita, até que ela o soltou. Também tivermos a sorte de observar um leão comendo ao lado de nós (foto acima), antílopes brigando, búfalos lutando, copulando, zebra e elefante tentando copular.

No total, calculamos ter avistado mais de 70 espécies animais, sem contar as inúmeras aves. A nossa revelação e emoção foi vê-los “em ação”, como dizem os guias. Não imaginávamos que era tão fácil, tão comum, tão encantador observar as amamentações, caçadas, lutas. Apesar dessas brigas diárias entre predadores e presas, o ambiente parecia calmo. Os animais sabiam que estavam sendo observados por seus caçadores, mas permaneciam por perto com exceção de quando era visível que o predador iria atacar. Nem os safáris se comparam à vida que levamos nas florestas de concreto. Isto, sim, é vida selvagem.

Sua comida pode estar em extinção

Devido à pesca predatória, inúmeras espécies de peixes usadas como alimentos por nós, humanos, estão em extinção na África do Sul – o mesmo ocorre aqui no Brasil. Para alertar os moradores e os turistas sobre esse problema, organizações públicas, não governamentais e privadas se uniram na divulgação colando cartazes de alerta em diversos pontos públicos como no Two Oceans Aquarium, em Cape Town (Cidade do Cabo).

Os cartazes são simples. Neles, espécies peixes com nomes e ilustrações foram separadas em três categorias dentro das respectivas cores: green (verde), orange (laranja) e red (vermelho). Os peixes da categoria verde, como é o caso da anchova e do dourado, podem ser consumidos. O cartaz alerta para o consumo moderado das espécies colocadas na categoria laranja, como o bagre. Essas espécies correm risco de extinção, mas menos do que as inseridas na categoria vermelha como, por exemplo, o incomum peixe-serra. Veja aqui, no site da WWF, a lista completa.

Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), 85% dos estoques de peixes do mundo são superexplorados ou já foram explorados ao máximo. Para piorar a situação, estima-se que um quarto dos animais marinhos pescados são muitas vezes mortos ou desperdiçados por terem sido capturados acidentalmente.

Parece que os restaurantes de modo geral da África do Sul, graças a esse extenso alerta, têm evitado comercializar as espécies em risco de extinção – me corrija se eu estiver enganada. Mesmo assim, os peixes e alguns frutos do mar estão entre os principais alimentos consumidos por lá. Eu, por exemplo, vivi a base de lula e peixe – mais saborosos do que os daqui!

A África do Sul tem uma extensa área costeira (3.798 quilômetros). Lá, peixe e frutos do mar custa cerca de três vezes menos do que os consumidos no Sudeste do Brasil, sendo que a costa brasileira é de cerca de 8 mil quilômetros – mais que o dobro maior do que a sul-africana. Alguns estudos apontam maior quantidade de animais marinhos em águas frias como as da África do Sul. Essa explicação seria suficiente para justificar os preços mais altos dos frutos do mar por aqui, já que o litoral do Brasil é relativamente quente? Ou os peixes do Brasil correm mais risco por diversos motivos?

Enfim, os recursos marinhos são finitos. O que está sendo feito no Brasil para cuidar dessas espécies e desse ambiente tão especial?

Zebras e girafas são vistas da estrada

Enquanto dirigimos nas rodovias do Brasil vemos vacas pastando e, eventualmente, sentimos o cheiro de criação de porco. Na África do Sul, dependendo da região também observamos vacas (holandesas) e criações de carneiros. Meigo. Agora, já imaginou ver zebras, girafas, antílopes, elefantes e até leões separados da rodovia por uma mera cerca elétrica? Essa é a visão do céu – e sinal de que estamos na África. Á-FRI-CA. Ai, é emocionante!

“Não entre, LEÕES”, dizem algumas placas presas às cercas elétricas na região de Port Elizabeth. A regra é clara: se a cerca tem eletricidade, provavelmente, a reserva possui animais que podem se alimentar da carne humana. Nós dirigíamos com atenção redobrada sempre que passávamos de carro pelas estradas de terra ou rodovias que tinham cercas elétricas dividindo a reserva do asfalto ou da terra. A chance de ver um animal silvestre era gigante!

Em uma breve pesquisa que fiz, parece que a economia da África do Sul está baseada na exploração de minérios e na exportação agrícola. Mas, graças ao turismo (reforçado ainda mais com a Copa do Mundo cediada por eles, os animais endêmicos da região que correm risco de extinção conseguiram certa proteção. As reservas garantem seu habitat, sua alimentação, sua exploração econômica com o turismo e, assim, sua existência. É o caso desta espécie de zebra – existem três, uma outra parente já foi extinta.

Além de garantir a sobrevivência dos animais, criar reservas particulares e governamentais é uma maneira de proteger os habitantes locais das espécies que oferecem riscos à população como leões e elefantes – estes são fofos, mas podem ser violentos. Não seria uma inspiração para o Brasil? Existem reservas semelhantes no Pantanal, mas soube de muitos problemas relacionados a ataques de onças-pintadas – leia, no link, matéria da jornalista Juliana Arini.

Bom, tenho muitas histórias para postar aqui sobre a minha viagem para a Mama África. Esperto ter tempo para escrver os causos e compartilhá-los com você.

África do Sul: como preservar a natureza usando o turismo

Saudades, leitor! Fiquei o mês de agosto fora, de férias na África do Sul. Foi uma viagem de tirar o fôlego! Estou cheia de novidades. Tentei focar a viagem em passar mais tempo próxima à natureza e em conhecer um pouco a história local. Apesar de o país passar por alguns visíveis problemas, podemos aprender com algumas ações que parecem terem dado certo por lá.

Há menos de 20 anos a África do Sul quase entrava em guerra civil… Segundo o que me contaram, boa parte das vegetações originais tinham sido desmatadas até então. Hoje, existem incontáveis reservas públicas e privadas espalhadas pelo país. E, claro, eles usam o turismo para mantê-las de pé. Como?

Quem não quer fazer um safári? Ou ver baleias de perto? Então… Boa parte das reservas resgataram as vegetações endêmicas para receberem os animais – parece que as reservas públicas foram mais cuidadosas em inserir (com alguns rigores científicos) espécies de bichos que originalmente viviam naquele ecossistema.

É possível dormir dentro das reservas – tanto nas públicas quanto nas privadas. Por exemplo, existe um parque marinho chamado Tsitsikamma. Ele preserva a vegetação e animais costeiros e, claro, espécies marinhas. Lá não há leões, girafas ou elefantes, mas você pode fazer trilhas para ver paisagens de tirar o fôlego, remar e até nadar com as focas.

Se preferir, pode dormir no Addo Elephant. Como o nome sinaliza, é um parque que possui um grande número de… elefantes. Nesse lugar, é possível fazer safári com o próprio carro. Lá há mais de 30 espécies de animais – entre eles os temidos leões e leopardos.

Ou, se quiser, pode pousar no maravilhoso De Hoop (sinônimo de dunas, baleias, florestas e mar transparente) perto das zebras e dos antílopes. Como não há animais que atacam os homens, pode fazer trilhas a pé e de bicicleta. Detalhe: sua reserva marinha é famosa pelas baleias. Eu contei 15 juntas – incluindo bebês. <3

Nesses locais há restaurantes, cozinhas, passeios guiados e acomodações para diversos bolsos. São super seguros – tanto com relação ao ataque de bichos como à violência “humana”. Enquanto esse tipo de uso das reservas e dos parques gera dinheiro para a manutenção dos próprios, os visitantes também acabam sendo mais olhos para ajudar na preservação do lugar. Vi raras ações depredatórias.

Portanto, a natureza, lá, não é apenas para ser admirada e intocada. Ela pode ser respirada, sentida, vivida. Não seria um bom exemplo a se seguir?

Obs.: Para conhecer todos os parques e as reservas públicas da África, clique aqui.

Onde é possível encostar em um glaciar

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Conheça o Parque Nacional El Morado, que fica no coração da Cordilheira dos Andes, no Chile. Um lugar lindo ainda pouco conhecido pelos brasileiros. Além de ter encontrado um vulcão enquanto seguia para o parque e de ter caminhado entre as imponentes montanhas com mais de 5 mil metros de altura durante o dia inteiro, o mais incrível estava por vir: pude encostar em um glaciar de 20 mil anos. Quer mais?

Veja um vídeo sobre as flores dos Andes aqui. E saiba mais sobre a ciência e o meio ambiente relacionados ao país vizinho.

Conheça o único fiorde brasileiro

Ando meio sumida por aqui, né? Por enquanto, farei posts mais espaçados devido ao tempo dedicado ao trabalho (http://revistapesquisa.fapesp.br/) e a outros projetos tomara rentáveis – preciso pagar o financiamento no fim do mês! Mas saiba que assuntos para compartilhar não faltam. Por exemplo, você já ouviu falar sobre o único “fiorde” brasileiro?

Em junho, viajei com amigos para o Saco do Mamanguá, em Paraty, no litoral do Rio de Janeiro. O local é conhecido por ser o único “fiorde” brasileiro – fiorde é uma formação geológica em que o mar passa entre altas montanhas. A paisagem é comum em países próximos à Antártida ou ao Ártico como a Noruega e a Nova Zelândia.

Segundo uma matéria na revista Mundo Estranho, essas formações foram criadas pela ação do degelo. Há milhares de anos, quando a temperatura do planeta esquentava, a água derretida avançava pelo vale “cavando” ainda mais a terra. Resultado: nesses locais, as montanhas são altíssimas e a água pode ter mais de um quilômetro de profundidade.

Logo… não existe fiorde no Brasil. De acordo com um “informativo sobre o Saco do Mamanguá” que recebi dos donos da casa que alugamos – fino, não? -, o local é uma formação conhecida como “ria”, ou seja, um leito de rio que foi invadido pelo mar. Mesmo assim, o Mamanguá é incrível.

Imagine um braço de mar com água transparente, calma e com tons que variam do verde-esmeralda ao azul-calcinha. Esse braço de mar avança entre duas cadeias de montanha de 11 quilômetros de comprimento e recobertas pela Mata Atlântica bem preservada. Ao fim do braço de mar, uma cachoeira desagua no mangue. Ah, detalhe, a areia das praias é dourada.

Em frente à casa alugada, entre o íngreme morro e o mar, duas tartarugas-marinhas todo dia colocavam o rosto para fora da água – lá a profundidade máxima é de 9 metros no centro do braço de mar. Para atravessar de uma margem à outra, bastavam alguns minutos remando em uma canoa – a distância entre as margens opostas deve ser de um quilômetro ou mais.

Bom, cerca de 100 famílias caiçaras vivem no Mamanguá – entre as salpicadas mansões. Os habitantes prestam serviços para os turistas e aos donos das casas – como fazer o transporte das pessoas para o local usando barcos, já que é inacessível de carro -, pescam e praticam a agricultura de subsistência, o extrativismo e o artesanato.

Duas unidades de conservação se sobrepõem na região: Área de Preservação Ambiental de Cairuçu (em âmbito federal) e a Reserva Ecológica da Juatinga (estadual). Detalhe: os barulhentos jet-skis não são bem-vindos no lugar onde a Bella e Edward, protagonistas do hit adolescente Crepúsculo, passaram a lua de mel.