Idéias perigosas


Pouco depois de escrever sobre o que gostei ou não no TEDxSP, topo com este vídeo do filósofo evolucionista Dan Dennett que mais do que ilustra o que são idéias que devem ser compartilhadas, ou não.

Notem que o vídeo é de 2002, bem anter de Deus um Delírio do Dawkins e de uma série de discussões que começaram a aparecer, como a idéia ridícula de que vacinas causam autismo que está diminuindo muito o número de pessoas dispostas a tomar a vacina contra a gripe suína nos Estados Unidos.

Quão perigosa uma idéia pode ser, e mesmo assim ser propagada? Qual a nossa responsabilidade sobre isso? (legendas em PT no View subtitles)

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3 responses to “Idéias perigosas”

  1. Muito bom. Ele retoma muito dessas ideias em “Quebrando o encanto”. Mas parece que alguns detalhes ainda não estão muito claros a Dennett – e talvez ninguém.
    6’22”: Agora aqui estou eu falando sobre a ideia dele. Bem, vejam vocês, agora, não é mais dele. Sim – ele deu início a ela. Mas agora a ideia é de todos. E ele *não* é responsável pelo que digo a respeito dos memes. Eu sou responsável pelo que digo a respeito dos memes. Realmente, penso que todos somos responsáveis não só pelos efeitos intencionais de nossas ideais, mas também pelos prováveis maus usos delas.
    11’53: Ontem, um número de pessoas – Nicholas Negroponte e outros – falaram de todas as coisas maravilhosas que estão acontecendo quando nossas ideias se difundem, graças a todas as novas tecnologias por todo o mundo. E eu concordo. E geralmente maravilhoso. Geralmente maravilhoso. Mas entre todas essas ideias que inevitavelmente se dispersam pelo mundo todo graças a nossa tecnologia, há um bocado de ideias tóxicas. Pois bem, isso já foi percebido há algum tempo. Sayyid Quib é um dos patriarcas fundadores do islamismo fanático, uma das ideologias que inspiraram Osam bin Laden. “Basta que dê uma olhada em sua imprensa, filmes, desfilesde moda, concursos de beleza, salões de dança, bares de vinho e estações de rádio”. Memes. Esses memes estão se espalhando ao redor do mundo e estão exterminando culturas inteiras. Eles estão exterminando línguas. Eles estão exterminando tradições e práticas. E isso *não* é nossa culpa, não mais do que é culpa nossa quando nossos germes causam a devastação para povos que não desenvolveram a imunidade.
    A ideia de culpa, de responsabilidade pelos atos é meio oscilante. Depois ele diz que a memética é moralmente neutra, como deve ser a pesquisa sobre o HIV e a Aids… Digamos que a chamar as religiões de vírus, a neutralidade seja rompida.
    Mas não aponto o dedo contra Dennett nesse aspecto. Seria o roto – eu – falando do rasgado.
    []s,
    Roberto Takata

  2. Roberto Takata, cara, eu não sei porque vc se deu ao trabalho de transcrever todo o vídeo. Pois, como está escrito lá em cima, o vídeo é legendado.

  3. O homem realmente não pode controlar o que pensa, ficando assim sujeito a qualquer ideia advinda de algum canal exterior.Basta observar os dizeres da massa: ” Ronaldo! ” ou “Pedala, Robinho!” ou ainda os nomes “Fred Mercury Prateado” e “Amaury Dumbo” (frases e nomes que qualquer um conheçe).Os memes fazem parte disso, sendo nessa parte improdutivos. O programa “pânico na tv” é um gerador desses memes que de nada valem.Além de outros, é claro.
    O que realmente falta as pessoas é um senso critico, já que a vacina contra um meme viral é o conhecimento.
    O Ministério da Saúde Mental adverte:
    ” Meme viral pode causar alienação, queda de personalidade, falta de singularidade e perca de moral”

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