O que li de melhor em 2014


Sei que estou um pouco atrasado, mas se você ainda não trocou aquele vale presente e quiser alguma recomendação de livro para aproveitar o fim de férias, aqui vai o que li de mais marcante nesse ano passado:
“The evolution of the human body”, por Daniel Lieberman 
Capa_humanbodyExcelente apanhado de como a evolução moldou o corpo humano e como nosso ambiente está entrando em conflito com isso. Vale tanto pela recapitulação da evolução, com as últimas descobertas, quanto pela interação com os ambientes pelos quais passamos. Gostei muito da discussão sobre problemas modernos e como nossos hábitos podem reforçá-los ao invés de corrigir – usar uma cadeira mais confortável por conta de dor nas costas (ao invés de exercício) e com isso os músculos das costas se enfraquecerem mais ainda.
 
 
“Proof”, por Adam Rogers 
Capa_proofLeitura leve, muito boa. Vai bem acompanhada de uma cerveja. Adam Rogers reconta desde de onde vêm as bebidas ao que acontece durante a destilação, fermentação, envelhecimento e degustação. Ótimo mesmo para quem não curte tanto livros com uma veia científica.
 
 
 
 
“Perdido em Marte”, por Andy Weir 
Capa_perdido_MarteE para incluir um livro de ficção em tempos de tantas conquistas espaciais, o excelente livro de Weir. Além de dar uma ótima perspectiva em como será nossa missão para Marte, ele consegue construir uma história cativante, com boas sacadas de humor e bastante ciência.
 
 
 
 
“Acredite, Estou Mentindo”, por Ryan Holiday 
Capa_acrediteLi por indicação do Rafael e não me arrependi. Escrito por um dos idealizadores de movimentos virais e campanhas polêmicas de marcas como a American Apparel, o livro conta como blogs e outras novas mídias são facilmente manipuláveis. E como redes como Gawker e Huffington Post não estão nem um pouco preocupadas com isso, mas sim com o número de cliques. Qualquer lista do Buzzfeed de 20 gatos que se parecem com você nas férias não é mera coincidência.
 
 
“Who Owns the Future?”, por Jaron Lanier
Capa_Lanier[este livro ainda não tem tradução em português, não confundir com o Bem-vindo ao Futuro de 2012] Jaron Lanier é um dos “visionários excêntricos” do Vale do Silício. Não li nenhum de seus outros títulos, nem sei o quanto concordo com todos argumentos do livro, mas ele vale por uma ideia: estamos caminhando para uma fortuna de poucos com os grandes servidores. Lanier descreve no livro como poucos grandes servidores como Amazon, Über, Airbnb e outros estão concentrando serviços antes feitos por muitos, e no processo falindo várias empresas menores e concentrando bilhões e muito poder na mão de poucos. Viva o livro acessível (este mesmo comprei pela Amazon) e o serviço de hospedagem barato. Mas isso tudo tem um custo, que ele deixa muito claro. Muitos destes serviços estão lucrando também por pegar as externalidades (consequências negativas) e repassá-las para a comunidade e para os consumidores – em tempos passados, a empresa de táxi também responderia pelo estupro cometido por um motorista da Über na Índia, em tempos atuais a Über se isenta da responsabilidade.
 
 
Ainda tem mais coisa que li, mas por um motivo ou por outro (não gostei tanto, não foi marcante, não é de interesse geral) acabei não incluindo na lista acima. Alguns gostei até mais do que outros listados, mas estes são os que transmitiram as ideias que vou levar para 2015.


One response to “O que li de melhor em 2014”

  1. Comprei o “Acredite, Estou Mentindo” por acaso na Saraiva em 2013 pq achei a capa bonita e me encantei. O livro é máximo, e o Ryan é sujo, manipulador e mto, mto verdadeiro. Como estudante de Com. Social, essa leitura me deixou bastante chocada, mas abriu meus olhos pra mta coisa.
    ótima lista 😀
    bjos,

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