O que você precisa saber sobre a gripe suína


Se você quer saber sobre o vírus H1N1 resistente ao Tamiflu clique aqui.

Se você quiser saber de onde veio o vírus H1N1 clique aqui.

Para acompanhar a história do H1N1 da gripe espanhola em 1918 até a gripe suína de hoje, clique aqui.

Para saber porque um vírus da gripe é mais perigoso do que outro, veja este outro texto.


Para saber sobre a vacina, se é perigosa e por que só alguns serão vacinados, clique aqui.
  E Aqui

O que é a gripe suína, e porque ela pode ser muito perigosa? Resposta em 8 etapas:

1 – O que é o vírus da gripe e o que quer dizer H1N1:
2 – Qual o perigo de um vírus diferente?
3 – E como é o vírus suíno?
4 – Por que a gripe suína é perigosa?
5 – Como está a situação atual?
6 – Qual o risco de uma pandemia?
7 – Quais defesas nós temos contra o vírus?
8 – Atitudes individuais que podem ajudar.

porquinha.jpg 

1 – O que é o vírus da gripe e o que quer dizer H1N1:

Existem 3 tipos de influenza, o vírus que causa a gripe, o A, B e C. O
influenza A é o mais variável e que causa mais estragos todos anos
. Ele
tem 8 pedaços de RNA (RNA mesmo, não é DNA) dentro de uma cápsula. Duas
proteínas deles são mais importantes para entendermos. Uma é chamada de
Hemaglutinina, fica do lado de fora do vírus e serve para fazer contato com a
célula. Como ela se liga em células, quando o colocam o vírus em uma
gota de sangue, os glóbulos vermelhos ficam aglutinados (hemo
aglutinina, hemaglutinina). A outra é a Neuraminidase, ela quebra os açúcares onde a hemaglutinina se liga para liberar os vírus recém formados.

Como a hemaglutinina e a neuraminidase ficam para fora do vírus, são as
proteínas mais reconhecidas por anticorpos e usadas nos testes de
diagnóstico. Por isso as linhagens de influenza são nomeadas pelas
letras HN, como H1N1, H3N2, de acordo com o tipo de cada uma.

São conhecidos 16 tipos de Hemaglutinina e 9 de Neuraminidase. Só
alguns são frequentes em seres humanos, H1, 2 e 3 e N1 e 2. Todos os
outros são encontrados em aves aquáticas, principalmente patos, que são
o reservatório natural do Influenza A.
As aves migratórias misturam os
vírus em escala mundial pois nelas a gripe não causa sintomas, e infecta o
sistema digestivo ao invés do respiratório. Quando param em lagos para
comer durante a migração, defecam e a água fica forrada de influenza.
Num lago com água fria o vírus chega a durar 30 dias. Os mais perigosos,
que matam mais galinhas e pessoas quando transmitidos, são os H5 e H7. [1]

influenza.jpg
Microscopia eletrônica do vírus influenza


2 – Qual o perigo de um vírus diferente?

O motivo para não sermos imunes ao influenza A depois de uma gripe é
que o vírus muta muito [2]. Dois fenômenos são importantes, o drift, onde o
vírus acumula pequenas mutações nos genes H e N, suficientes para no
ano seguinte nosso sistema imune não reconhecer o vírus. Mais
importante (e mais frequente do que se imaginava) é o shift
. O shift
acontece quando dois influenza diferentes entram na mesma célula e ao
saírem misturam seus cromossomos, e dos oito pedaços que levam, alguns
são do vírus x e outros do y. Quando isso acontece, o vírus muda
abruptamente e nosso sistema imune fica completamente despreparado. É o
que faz com que vacinas falhem
. Na verdade, existe um atraso entre
coletar o vírus e produzir a vacina, de maneira que todo ano temos que
estudar o vírus e tentar prever qual vai ser a forma mais importante na
epidemia.

As maiores epidemias recentes de gripe ocorreram quando houve
rearranjo entre o vírus humano e o vírus aviário, como na gripe
asiática de 1957 (H2N2) e Hong Kong 1968 (H3N2). o vírus da gripe
espanhola, é H1N1 e aparentemente saltou direto dos patos para o ser
humano, sem rearranjo [3]. Quem intermedia o rearranjo, contraindo o
vírus humano e aviário? Os porcos e galinhas.

Isso explica porque a maioria das pandemias de gripe começa na Ásia.
Imagine mercados populares lotados de gente, onde se vendem em barracas
patos, patos selvagens, galinhas, gansos e porcos. Soma a isso a
técnica de alimentação dos porcos, onde eles colocam a gaiola dos patos
e das galinhas em cima da dos porcos, e dão comida apenas para as aves.
Isso gera as condições ideais para o surgimento de vírus aviários
infectando humanos.

3 – E como é o vírus suíno?


O vírus mais comum em porcos é o tipo H1N1. São várias linhagens diferentes circulando na Europa, Ásia e nas Américas, e nenhuma delas é próxima da linhagem da Gripe Espanhola.

Este vírus que infectou pessoas no México e na Califórnia foi sequenciado por uma equipe canadense, e foi descrito pelo CDC aqui. Segundo o CDC, a Hemaglutinina e alguns outros genes são próximos dos vírus que normalmente circulam nos EUA, mas a Neuraminidase e outro gene são de linhagens européias e asiáticas, além de um gene parecido com o influenza humano, o qué é novo. Em local nenhum no site do CDC encontrei referências a algum gene ser próximo do H5N1, causador da Gripe Aviária, nem nada que diga que este vírus é próximo do da Gripe Espanhola.
[update] O vírus H1N1 é um rearranjo de duas cepas suínas, uma que circula nas Américas e outra que circula na Europa. Não há genes do vírus aviário ou de alguma cepa humana.

[update 2] O vírus H1N1 é um rearranjo de três cepas suínas, duas que circulam na América do Norte e outra que circula na Europa e Ásia. Os genes que vieram de humanos e aves são de duas das cepas, mas já circulam em porcos há pelo menos 20 anos.


4 – Por que a gripe suína é perigosa?

Os porcos e as aves domésticas são os “atravessadores” dos vírus que circulam em aves migratórias para os seres humanos. Por isso os vírus que eles nos transmitem são perigosos, por serem muito diferentes do que nosso sistema imune encontra normalmente. Além de poderem ser um ponto de rearranjo entre um vírus diferente e um vírus adaptado ao ser humano.

Aparentemente, o que impede o H5N1 (Gripe Aviária) de ser transmitido de humanos para humanos, é o receptor celular que o vírus usa. Até hoje, H5N1 só foi transmitido de aves para seres humanos (uma possível exceção é uma transmissão entre mãe e filha, mas o contato entre elas foi intenso) porque o vírus infecta melhor o sistema respiratório e digestivo das aves do que o humano.

O perigo é que, as células do sistema respiratório dos porcos são mais parecidas com as nossas, de forma que um vírus adaptado ao porco teoricamente pode ser transmitido entre humanos do que um vírus aviário. [4]

Outro fator preocupante é que o vírus da gripe suína atual tem infectado principalmente jovens. Normalmente, crianças e idosos sofrem de gripe. O padrão de vírus agressivo que ataca jovens, com o sistema imune bem saudável, lembra muito o da Gripe Espanhola de 1918.

5 – Como está a situação atual?

Nos Estados Unidos, até agora (25/04/2009) foram confirmados 11 casos, todos de gripe forte, mas nenhum fatal.

Já no México, são três eventos separados:
Um começa em 18 de março no Distrito Federal do México, a capital do apís, e até 23 de abril são mais de 850 casos de pneumonia, dos quais 59 morreram.

Em São Luis Potosi, região central, são 24 casos com 3 mortes.

Em Mexicali, próximo dos EUA, são 4 casos e nenhuma morte.

6 – Qual o risco de uma pandemia?

Este não é o primeiro surto de Gripe Suína. O surto mais importante
aconteceu em Fort DIx, um acampamento militar americano, em 1976, e
ensinou uma grande lição para as entidades de saúde. Na época,
esperava-se um grande surto de Influenza, e tudo indicava que o vírus da gripe suína que estava atacando os jovens militares poderia ser o responsável. A pressão de 500 pessoas doentes e uma morte fez com que decisões erradas fossem tomadas, e iniciou-se uma vacinação em massa nos EUA com consequências drásticas. Recomendo a leitura do livro A Próxima Peste, de Laurie Garret, que explica em detalhes esta ocasião.

O ponto é, a OMS (Organização Mundial de Saúde), órgão responsável entre outras coisas por monitorar surtos de gripe pelo mundo, não trabalha com SE teremos uma pandemia de gripe, trabalha com QUANDO teremos. Com o tamanho de população que atingimos, e a facilidade de transporte que temos atualmente, é muito provável que uma linhagem perigosa de influenza cause um grande estrago. Seja essa pandemia causada pelo vírus da gripe aviária, suína ou qualquer outro.

Aqui uma parte nada animadora da lista de 10 itens sobre a Pandemia de Gripe da OMS:

Estamos à beira de um surto. Todos os
países serão afetados. Os suprimentos médicos serão inadequados. Vão
ocorrer muitas mortes. O rompimento econômico e social será enorme.

A OMS tem uma escala de alerta mundial que vai de 1 a 6
, 1 tudo tranquilo, não existe nenhuma doença perigosa, 6 fudeu tudo a coisa está complicada, a
pandemia está correndo solta. Estamos no estágio 3, existe uma doença
mas por enquanto não circula por contágio pessoa a pessoa
. Ainda não houve motivos suficientes para passarmos para o nível 4, onde há transmissão entre humanos frequente.

7 – Quais defesas nós temos contra o vírus?

Existem poucos remédios antivirais porque os vírus usam as células para
se reproduzir, possuem pouca coisa própria, ao contrário das bactérias.
No caso do influenza, existem os inibidores da neuraminidase, que
impedem o vírus de se liberar da célula, como a Amantadina e o Tamiflu. Mas, o vírus muta e desenvolve resistência facilmente a essas
drogas, e não se sabe qual a facilidade disso acontecer com o H1N1.

A linhagem atual é resistente a Amantadina e Rimantadina, mas suscetível a Tamiflu e Zanamivir. Embora ocorram alguns casos de resistência, eles são esperados e até agora não estõa sendo transmitidos.
 
Outra defesa são as vacinas. Elas são a forma mais barata e rápida de
se proteger da gripe. O problema está na agilidade de desenvolver uma
vacina para o vírus certo e em tempo hábil para distribuir a população. E existe uma ordem de
prioridades na vacinação. Primeiro pessoas em situação chave, como
funcionários do governo, médicos, depois pessoas mais suscetíveis, como
idosos e crianças, e por último a população como um todo.

8 – De qualquer forma, há atitudes individuais que podem ajudar:

Lave bem as mãos, e frequentemente. Ao contrário do que se imagina, é mais fácil contrair o Influenza com um aperto de mão do que com um beijo no rosto. Se alguém resfriado espirra com a mão na frente da boca, e damos a mão a esta pessoa, podemos colocar a mão em contato com o olho e nariz, e contrair o vírus. Ou seja, lave bem as mãos, regularmente, e se estiver gripado, cubra o espirro com um lenço e jogue fora.

Evite aglomerações e locais fechados, principalmente com ar-condicionado. O Influenza dura mais tempo no ar em clima seco e frio, e um lugar fechado com ar-condicionado mistura várias pessoas em condições propícias para o vírus. [5]

E como bem disse o Carlos, DON’T PANIC!

Aproveite que você já leu o texto e responda a esta enquete:

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Recomendo:

gripe.jpgGripe: a História da Pandemia de 1918. Gina Kolata, 2002. 383 páginas.
– Ótimo livro sobre a gripe em geral, descreve muito bem a pandemia de
1918, o evento de 1976 e como o vírus da gripe espanhola foi recuperado
de cadáveres congelados e amostras de pacientes armazenadas.

The Coming Plague: Newly Emerging Diseases in a World Out of Balance
de Laurie Garret. Um livro bem completo, que entre outras coisas trata da gripe espanhola, da gripe suína de 1976 e das perspectivas.

Potter, C.W. “A history of influenza.” Journal of Applied Microbiology 91, no. 4 (2001): 572-579. DOI: /10.1111/j.1365-2672.2001.01492.x.

Fontes (além dos links que já estão no texto):

[1] Webster, R G, W J Bean, O T Gorman, T M Chambers, e Y Kawaoka. “Evolution and ecology of influenza A viruses.” Microbiological Reviews 56, no. 1 (Março 1992): 152-179

[2] Drake, J W. “Rates of spontaneous mutation among RNA viruses.” Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America 90, no. 9 (Maio 1, 1993): 4171-4175

[3] Reid, Ann H., Thomas G. Fanning, Johan V. Hultin, e Jeffery K. Taubenberger. “Origin and evolution of the 1918 “Spanish” influenza virus hemagglutinin gene.” Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America 96, no. 4 (Fevereiro 16, 1999): 1651-1656

[4] Suzuki, Yasuo. “Sialobiology of influenza: molecular mechanism of host range variation of influenza viruses.” Biological & Pharmaceutical Bulletin 28, no. 3 (Março 2005): 399-408

[5] Lowen, Anice C, Samira Mubareka, John Steel, e Peter Palese. “Influenza Virus Transmission Is Dependent on Relative Humidity and Temperature.” PLoS Pathog 3, no. 10 (Outubro 19, 2007): e151.


172 responses to “O que você precisa saber sobre a gripe suína”

  1. Atila, suas informações foram muito úteis. Parabéns pelo conteúdo e embasamento. Sou jornalista. Vou repassar para o maior número de pessoas que conheço. É só assim, disseminando conhecimento que teremos um mundo melhor. Estou te adicionando no twitter. Grande Abraço.

  2. Átila, conforme comentei no post do Carlos, adorei o seu post. É bom ler a análise de um biólogo sobre esse assunto, foi bastante esclarecedor. E o que mais gostei, foi sobre as atitudes individuais que podem ser tomadas.

  3. Completíssimo. Um post como esse com todas as referências é algo que realmente dá prazer de ler. Precisamos fazer mais isso e destronar a tristeza que é o jornalismo científico no país.

  4. As melhores e mais bem reunidas informações sobre a gripe suína que eu li até agora… muito bom mesmo!!!
    Vou tuitar pra espalhar a notícia (por enquanto, tá correndo mais que o vírus… hehehe) e ver se o povo fica mais esperto…
    E não esqueçam: DON´T PANIC!!!
    (E lave as mãos…)
    Bjo,
    A.

  5. Gripe do Frango 2.0, Bug do Milênio XP…
    Eu queria realmente conseguir me preocupar, mas nem estando resfriado neste momento eu consigo.
    E Tamiflu é o remédio dos campeões, né? Era também o único bom o suficiente para combater a gripe aviária.

  6. Uma duvidinha…
    Vc disse que existem 16 tipos de H e 9 de N.
    Depois, vc fala de mutação no gene H e N que torna as proteínas irreconhecíveis… então não existiriam infinitos “tipos” de H e N? Ou o que muda nas proteínas não é suficiente para considerar uma mudança de “tipo”??
    Obrigada!

  7. Foi o melhor e mais esclarecedor artigo que lí sobre a gripe suína, principalmente referente aos sintomas da doença. Com certeza, irei divulgá-los.
    Abrç
    Susy

  8. @Bel
    Exatamente. Existem 16 grupos de H, que variam bastante dentro deles, mas dá para distinguir um do outro. Da mesma forma que organismos de uma espécie diferem mas você consegue agrupá-los.
    Quando a mudança é muito grande, ou se percebe uma história evolutiva que distingue um grupo de proteínas, tem-se um novo tipo.

  9. Muito interessante a parte sobre o WHO. Acho que em breve teremos um filme sobre pandemia estreando nos cinemas (acho que os filmes feitos até o momento foram insatisfatórios, no sentido de realismo: Os 12 macacos, Fim dos tempos, etc).

  10. Oi, Átila,
    Primeiro, pequenas correções: – Na pergunta 4, é exceção e não excessão; é crianças e não crianás.
    Segundo, obrigado pela grande quantidade de informação que você condensou no seu artigo. Muito bom, prestou um grande serviço com ele.
    Terceiro, uma dúvida. O vírus influenza infecta o aparelho digestivo apenas de patos ou de todas as aves? Na resposta da pergunta 4 você disse que infectava o aparelho respiratório das aves.

  11. Oi Patola,
    Valeu pelas correções!!
    Então, pode infectar tanto o sistema respiratório quanto o digestivo, mas o principal é o digestivo, e os receptores estão lá tb.
    Leitor atento 🙂

  12. Atila tenho uma dúvida, na verdade são várias, mas uma em especial:
    As medidas sanitárias e educativas que você bem informou: as práticas higiênicas tradicionais e universais como lavagem de mãos, tão importantes na profilaxia de várias doenças, principalmente nas gastroenterites por diversos patógenos, parecem não ter grande impacto na incidência da infecção pelo rotavírus. Evidências nesse sentido são as extensas epidemias cíclicas da doença em países desenvolvidos. Então a minha dúvida, no atual surto da gripe suína qual é a profilaxia mais eficaz.
    Outra pergunda, não resisti, o nosso sistema de pronto-atendimento está preparado para o correto diagnóstico da doença, já que até hoje não está no caso da dengue?
    Um grande abraço.

  13. Mesmo nesses países desenvolvidos, nada garante que eles lavem as mãos constantemente, embora haja o ciclo, a população atingida costuma ser menor.
    No caso da gripe, o que acontece é que através do espirro o espalhamento é em três dimensões, enquanto na superfície das mãos os vírus se distribuem apenas em duas. Além disso, nosso pulmão está mais equipado para lidar com patógenos (muco, células ciliadas, macrófagos) do que a mucosa do olho, por exemplo.
    Com a doença em evidência na mídia, quem é diagnosticado com gripe já entra em observação (vide os países da Europa). Mas NENHUM país tem um sistema de vigilância que dê conta de isolar todos os casos. O que considero atenuante é esta epidemia se dar nos EUA e redondezas, dado o histórico de negligência e omissão de crises em locais como a China.

  14. Olá, parabéns pelas informações. Há jornais informando taxa de mortalidade de 6% para essa nova cepa, 12 vezes mais do que uma gripe normal. Essa informação procede? Vou já encomendar uma cópia do “A próxima peste”, mas gostaria de saber quais foram os índices de outras pandemias famosas, como a Peste negra, Gripe espanhola, Ébola, SARS, etc. Outra dúvida: no caso de uma pandemia, os sobreviventes serão apenas os resistentes ao vírus ou muitos poderão sobreviver somente por não ter entrado em contato com o mesmo? Pergunto isso porque parece que a Austrália conseguiu se isolar por alguns anos contra a gripe espanhola, mas não teve jeito, depois a infecção fez as suas vítimas por lá…

  15. Oi Wagner,
    Acho que ainda é muito cedo para se estimar a taxa de mortalidade dele, já que ainda falta diagnosticar o tipo de gripe de muitas pessoas.
    O problema nas pandemias é a taxa de infectados, isso conta mais do que a mortalidade no fim das contas. Algumas variantes do Ebola matam mais do que 80% dos infectados, mas ele é pouco transmitido, nunca matou mais do que 5 mil pessoal, enquanto a gripe mata 0,1% de milhões de infectados, mais de 10 mil todos os anos só nos EUA.
    Quanto à pandemia de gripe, o mais severo não são as mortes, é o impacto que isso tem na economia e na sociedade, milhares de pessoas sem condições de trabalhar, lugares públicos fechados e afins.

  16. Muito bom, Átila. Obrigado pelas informações tão bem compiladas. Vou linkar no Ecce Medicus.
    PS. Nenhum sistema de saúde está preparado para um pandemia com as proporções que as estimativas catastrofistas estão anunciando.

  17. Atila… é importante dizer que o consumo da carne de porco (cozida a 7o graus, como é recomendado)está liberado né?
    Se não fica aquelas notícias alarmistas na imprensa.. que de propósito não explicam nada… Fala aí pra nós! abs

  18. Com certeza Alex. Carne de porco preparada não é problema nenhum! Desde sempre os porcos tiveram influenza, e isso nunca foi problema na comida. O problema agora é (talvez seja) essa linhagem de influenza, e transmitido por outras pessoas 😉

  19. Oi, Átila. A Globo News acabou de comunicar que o WHO mudou o índice de nível 3 para nível 4. Assustador, no mínimo.

  20. Atila, boa tarde. Gostaria de parabenizá-lo pela excelente descrição do vírus H1N1. Fiz uma breve pesquisa sobre os medicamentos utilizados como tratamento, os preços não são acessíveis a grande população. E fiquei ainda mais preocupada. Você saberia explicar as complicações potencias que poderiam ocasionar a morte? Li algo sobre pneumonia. Mas, nada explicando a evolução fisiopatológica. E, em relação ao mecanismo de transmissão, seria aéreo, gotícula ou contato? Ou ambos?
    Um grande abraço.

  21. Oi Átila!
    Tô passando só pra agradecer por vc ter respondido a minha pergunta!
    Diante do alarde feito por algumas pessoas em relação à gripe suína, é bom ter acesso a um texto sério e coerente. Ainda mais qdo o autor ainda arruma tempo de fazer a gentileza de virar plantão de dúvidas!
    Mais uma vez obrigada e parabéns pelo blog!

  22. Oras, respondendo o post acima teve o filme “Epidemia” com o Dustin Hoffman…uma piada..onde já se viu conseguir uma vacina (ou será que foi soro?) em tão pouco tempo e com apenas um macaco? e ela fazia efeito imediato….

  23. como surgiu essa doença ante de chegar no porcoo ???
    me responde vlw eu quero quem esta por volta dessa doença
    como surgiu esta doença ante do porcooo
    um abraço fuiii espero a sua resposta… vlww

  24. eu vivo em angola, especialmente em luanda, e HOJE 8DIAS ATRAS, tive que ir ao hospital devido o mau estar que tinha,o medico que me atenteu manda fazer exames de sangue para ver se era paludismo,infecçao, e um hemograma completo,mas so dianostico gripe.uma gripe que veio do meu filho passou para me, e tambem a minha filha ja se queixa com as mesmas dores.o medico deu-me vitamina.C,amoxicilina,dipirona e recomendou para tomar muitos liquidos,mas hoje comecei rebentar a boca como se fosse uma flor. O QUE SERA.ajuda-me

  25. Obrigada pela iniciativa, o assunto sobre a Gripe Suina foi muito bem explicado, achei excelente ! Usei as informaçoes obtidas para divulgar para meu grupo rotariano.Sou responsavel pelo site do clube e sempre que posso elaboro mails informativos para serem divulgados com o objetivo de orientar e educar “minha turma”.Parabens !

  26. @Rhuan
    Essa doença surgiu de aves aquáticas, como os patos. Deles passou para os porcos e dos porcos e das aves para os seres humanos. Nas referências tem um artigo que explica isso 😉

  27. @Irma
    Há muitas outras doenças que causam dores no corpo, dor de cabeça e afins. Mesmo outras linhagens de gripe que não são perigosas.
    A agitação dos médicos é no sentido de garantir que uma pessoa com gripe suína não passe desapercebida. A idéia é testar todos os suspeitos, por mais que as chances sejam pequenas.

  28. Atila, obrigada pelas informacoes!
    Sou medica e estava me sentindo MUITO desinformada a respeito da Gripe pela midia. Tudo o que eu esperava da imprensa voce falou, inclusive muito mais. Bastante esclarecedor! Te adicionei. 🙂

  29. Legal a matéria. Não vou mais cumprimentar as pessoas de mão e nem beijinhos no rosto. Parece brincadeira da minha parte mas é uma ótima forma de propagação do virus. Em locais de surto, essa prática com certeza tem que ser evitada.

  30. poxa, amei essa explicação, isso me fez ter mais cuidado com minha saúde e com a saúde das pessoas à minha volta, muito esclarecedor.Obrigada Atila!

  31. Bom dia Atila
    Parabéns pela iniciativa. A síntese e clareza das informações com certeza esclarecerá as dúvidas e curiosidades de diversas pessoas. Trabalho no SESC em Curitiba no setor de Educação em Saúde e estamos lançando um informativo sobre a gripe suína. Mas várias pessoas, frequentadoras da Unidade, têm dúvidas mas não possuem acesso à internet. Posso repassar as perguntas para você responder, e colocamos seus créditos no informativo? Gostaria de conversar à respeito.
    Aguardo retorno.

  32. parabens!!!!
    infelizmente nao nos deparamos todos os dias com informaçoes importantes de uma forma inteligente e necessaria como esta.
    Muito obrigada!

  33. Atila, obrigada pelas informaçães importantes a todos quanto desejarem ler,não sou estudiosa no assunto mas me pareceu convincente,meu jovem só não use mais se possivel palavrões em sua escrita,no resto você é prodigiu. Obrigada.

  34. Delma, gosto de pensar que meu público é principalmente de adultos, e algumas situações pedem um pouco mais de ênfase.

  35. Boa noite,
    nao entend bem como o virus chegou a manifestar nos humanos.Poderia me da uma luz assim? Num consegui entender.

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