Associated Press – OMS passa a considerar cama de bronzeamento cancerígena
LONDRES – Especialistas internacionais em câncer levaram as camas de bronzeamento artificial e a radiação ultravioleta para categoria máxima de risco de câncer, colocando-as no mesmo nível do gás mostarda e do arsênico.
Há anos que os aparelhos de bronzeamento com lâmpadas e a radiação eram considerados “prováveis cancerígenos”. Agora, uma análise de 20 estudos conclui que o risco de câncer de pele aumenta 75% quando a pessoa começa a usar as camas de lâmpadas de bronzeamento antes dos 30 anos.
E não é brincadeira não. Só pra terem uma idéia, um dos meios de formar tumores em animais, com fins de pesquisa, é depilar os camundongos nas costas e ligar uma lâmpada de UV sobre a área pelada. E funciona bem.
Agora imaginem um primata, já sem pêlos, numa caixa cheia de lâmpadas UV. Qual a chance disto dar certo?
Claro que as camas de bronzeamento são bem mais fracas que as usadas na indução de tumores, mas a questão é que não existem níveis seguros de UV.
É como gordura trans. Não tem um mínimo que você pode comer sem culpa. O mesmo com o cigarro.
Como uma luz gera um câncer?
É interessante que de tanto a gente ouvir falar que luz do sol dá câncer de pele, nem nos perguntamos algo que é muito estranho nisso tudo: como é que luz, pura e simples, pode gerar um tumor?
Já escrevi aqui antes sobre como exatamente uma luz pode iniciar um câncer. Recomendo fortemente a leitura:
Entendendo a ligação do Sol, do envelhecimento e do câncer.
E lembrem-se: a única coisa que pode ser usada sem moderação é a prudência. Nem a canja de galinha escapa.