Economia paulista apresenta redução da emissão de gás carbônico.
Artigo interessante dos professores Ricardo Abramovay e Danilo Igliori, publicado no Valor Econômico de 02/062010 mostrando os avanços na descarbonização do conteúdo energético da indústria do Estado de São Paulo, mas ao mesmo tempo alertando sobre a necessidade de também enfrentar o problema de avançarmos com maior eficiência nos processos!
De certo modo, já era esperada essa redução do conteúdo de carbono no mix energético da nossa indústria: estamos usando mais biomassa da cana e continuamos a aumentar o consumo de eletricidade. Essa tendência já vem de vários anos. A eletricidade aumenta a taxas maiores que o próprio PIB. Maior atenção e investimentos em inovação industrial devem ser prioridade para desacoplar o consumo de energia e produção industrial. Temos uma lição de casa a fazer. Reproduzo abaixo um parágrafo do artigo. Leiam o artigo completo.
No entanto, quando se observa a intensidade energética do PIB paulista, ou seja, quanta energia (independentemente de sua fonte ser fóssil ou renovável) se consome para cada unidade produzida, o que se vê é um aumento considerável. O Balanço Energético de São Paulo mostra queda na intensidade energética do setor primário (o que indica menor uso de energia, na agricultura e na mineração), permanece estável a do setor terciário, mas aumenta de forma muito significativa a da indústria. Entre 1994 e 2006, há um aumento de 26% no consumo de energia por unidade de produto industrial em São Paulo.