Para poder avaliar a questão da edição do genoma humano desde uma perspectiva filosófica devemos em primeiro lugar evitar o dogmatismo, essa doença. As duas formas mais correntes de dogmatismo neste contexto são o “bioconservatismo” e o “tecnoprogressismo”: aquele consiste em contrapor natureza tecnologia endeusando a natureza e argumentando que todo tipo de interferência na ordem dada é teimosia, este, em defender o contrário dizendo que o“verdadeiro progresso” dependeu, depende e dependerá sempre justa e crucialmente da experimentação, do risco e da inclusão ousada de “novidades” no “mundo dado”.