Durante o final de semana passado, entre os dias 20 e 22 de Maio, foi realizada no Ginásio do Ibirapuera em São Paulo mais uma etapa da Copa do Mundo de Ginástica Artística, evento que ocorre anualmente e é dividido em diversas etapas espalhadas ao redor do mundo.

 

A etapa de SP foi a sétima de um total de dez. Ainda em 2016 faltam as etapas de Portugal, Turquia e Hungria para fechar a série do ano e, na soma de pontuação, declarar o campeão geral de cada aparelho das chamadas “Challenge Cup Series”.

 

Apesar da pouca quantidade de atletas estrangeiros participantes no evento – justificada pela proximidade com eventos nacionais e continentais que servirão como definição das equipes olímpicas – os atletas brasileiros deram um show de ginástica ao público presente. Daniele Hypólito ganhou 3 ouros – no salto, trave e solo – e comandou a festa brasileira no ginásio, que vibrava a cada acrobacia feita e também cantava junto o hino nacional a cada vez que era tocado. A recém-recuperada de lesão Rebeca Andrade também competiu bem, ganhando a prata nas paralelas empatada com a ginasta da Alemanha Kim Bui e o bronze na trave, atrás de Daniele e da chilena Simona Castro. A novata Carolyne Pedro ganhou a sua primeira medalha em eventos internacionais: um bronze no solo, empatada com a chilena Simona Castro e atrás de Daniele e Kim Bui. A veterana ginasta da Venezuela Jessica Lopez garantiu o ouro nas paralelas com uma ótima apresentação. A alemã Michelle Timm ganhou a prata no salto sobre a mesa, mesmo competindo com o nariz machucado durante o aquecimento. O bronze dessa prova ficou com a atleta finlandesa Annika Urvikko. Lorrane dos Santos competiu apenas nas paralelas e ficou em quarto lugar. Jade Barbosa fez uma apresentação com “hours concours” nas paralelas, apenas para avaliação, e Flávia Saraiva esteve presente apenas como expectadora dessa vez.

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Pódio da final de solo, com a presença da veterana Daniele Hypolito e da novata Carolyne Pedro

No masculino, não foi diferente. Os atletas brasileiros conseguiram diversas medalhas em todas as finais. No solo, Arthur Nory caiu duas vezes e ficou no último lugar, enquanto Diego Hypolito fez uma ótima prova e garantiu a medalha de prata, atrás do chileno Tomaz Gonzales e a frente do japonês Junpei Oka. Na final de cavalo com alças, Sergio Sasaki ficou também com a segunda colocação, entre os japoneses Kaito Imabayashi e Fuya Maeno, enquanto Caio Souza ficou com a sexta colocação. Nas barras paralelas, os colombianos Jossimar Calvo e Javier Sandoval brilharam, ficando na frente de Francisco Barreto, que completou o pódio da prova, enquanto Caio Souza ficou em quinto lugar. Na barra fixa, Sérgio Sasaki se sagrou campeão, a frente do argentino Nicolas Córdoba e do japonês Kaito Imabayashi – que se demonstrou muito contente e arriscou uma dancinha ao terminar sua prova, ganhando o coração de todos os expectadores com a sua simpatia e alegria contagiante (confira no vídeo aqui
). No salto sobre a mesa, Arthur Nory venceu seu companheiro Sérgio Sasaki por menos de 2 décimos, e o japonês Junpei Oka fecha o pódio. E por último, na final de Argolas, Arthur Zanetti demonstrou porque é chamado de “Lord of the Rings” na mídia estrangeira, colocando quase um ponto a mais de nota sobre o segundo colocado, o argentino Federico Molinari. Kaito Imabayashi consegue o bronze e, mais uma vez, encanta a todos com a sua simpatia.

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Pódio “nipônico”, com a presença dos brasileiros Arthur Nory e Sérgio Sasaki, e do japonês Junpei Oka, medalhistas do salto sobre a mesa

E assim os atletas brasileiros saem da competição em casa: 13 medalhas, um público satisfeito e que se enche de orgulho e esperanças para os Jogos Olímpicos.

Os resultados completos podem ser conferidos aqui.