A segunda metade do século 20 DC também trouxe avanços no entendimento da mente humana. Um movimento acadêmico interdisciplinar iniciado nesta época é conhecido hoje como a “Revolução Cognitiva”. Este inicialmente associou as disciplinas: psicologia, linguística e antropologia, em estudos focados nos processos mentais de percepção, identificação, avaliação e memória. O termo “cognição” vem do Latim “cognitio”, que significa “entender”. Do mesmo modo, o seu oposto, referindo-se ao estado de “não entender algo”, é exprimido pela palavra “incógnita”. Posteriormente, outras disciplinas também passaram a fazer parte da revolução cognitiva, tais como: a computação, a inteligência artificial e a neurociência. Desta frente de estudos, composta por tantas disciplinas voltadas ao estudo da cognição humana, surgiu o termo “Ciências Cognitivas” que se refere à pesquisa interdisciplinar que trata do entendimento da mente e de seus correspondentes processos cerebrais. No caso da música, a obra de Meyer (mencionada anteriormente) alavancou uma série de estudos de ciências cognitivas em música, em especial na área conhecida atualmente como psicologia musical, de onde derivaram as áreas de pesquisa entrelaçadas, conhecidas como “Cognição Musical” e “Musicologia Cognitiva”.