Chi vó, non pó. Chi pó, non vó. Chi sá, non fá. Chi fá, non sá. E cosi male il mondo vá.
Ou, em português claro: Quem quer, não pode. Quem pode, não quer. Quem sabe, não faz. Quem faz, não sabe. E assim o mundo vai mal.
Pessimista?… Sem dúvida. A idéia de blogar minhas frustrações acabou por se transformar em um blog de divulgação de novidades sobre a ciência (bem… quase sempre…) Provavelmente porque uma das minhas maiores frustrações é não ter sido professor (por comodidade, optei por uma carreira na Marinha de Guerra).
Mas eu nunca consegui me afastar da curiosidade pelas ciências (muito embalado por ávidas leituras de ficção-científica) e, desde que passei à reserva (um civil diria: “aposentado”), criar filhos e cães se mostrou menos consumidor de tempo do que eu previa. Mais tempo para ler e estudar, e com a grande novidade dos anos 90, a Internet, descobri que, por debaixo dos panos, havia vida inteligente no planeta, afinal!
E parece que eu engano direitinho… Não só as pessoas leem meus posts (na enorme maioria traduções — eu levo a vantagem de o inglês ser minha segunda língua… o sobrenome de solteira de minha mãe era “Fellows”), como gente de alto calibre nas ciências parece achar que minhas opiniões não são um total disparate.
Assim é que o Daniel Doro Ferrante (do “Ars Physica“) me deu uma enorme força quando comecei, a Maria Guimarães me chamou para o “Roda de Ciência” e o Carlos Hotta e o Átila Iamarino me chamaram para o Lablogratórios que evoluiu para o ScienceBlogs-Brasil.
Com a minha impávida cara-de-pau, me vejo cercado de gente com muito mais conhecimentos do que eu, o que não me impede de continuar postando tudo que eu acho interessante, na esperança que você, leitor, ache interessante também.