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Aqui no Rio de Janeiro, mais precisamente no bairro de Santa Cruz, fica a Companhia Siderúrgica do Atlântico. Como toda empresa desse ramo, gera muitas riquezas para seus donos e destrói o ambiente ao seu redor. Então, o que fazer? Isso mesmo, implantaremos elas em países em desenvolvimento, ricos em matéria prima, mão-de-obra barata e descaso ambiental.

Pela segunda vez este ano, o bairro no entorno recebeu uma chuva de fuligem de metal. Esse material é resíduo da produção de ferro-gusa, mas que, por não ser devidamente controlado, está sendo emitido para atmosfera.

Vários moradores já estão reclamando de problemas de pele e, principalmente, respiratórios. Em um país sério, esta empresa deveria parar sua produção de aço até controlar essas emissões. Bem, como aqui é o Brasil, isso não vai ocorrer. A secretária do Ambiente já declarou que a empresa será multada em R$2 milhões, quantia que não cobre nem o que a CSA paga de cafezinho para seus funcionários. No primeiro vazamento, a empresa foi multado em R$1,3 milhão, quantia também simbólica.

Com isso, qual a conclusão que chegamos? Poluir é mais barato que prevenir. A empresa sem mesmo ter a licença definitiva, assume esse comportamento. Produz seu aço a qualquer custo, polui, acaba com a saúde das pessoas ao redor (que ainda são seus funcionários) e nada acontece. Gastar dinheiro com filtros e manutenção é para mané. Malandro mesmo é pagar multa, quando essa é paga.

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A secretária Marilene sairá neste final de ano e quem entrará no seu lugar é o deputado Minc. Resultado: tudo farinha do mesmo saco. Marilene é apadrinhada de Minc, com certeza assumirá outro cargo em alguma secretaria. Aqui no Rio é muito comum isso. O presidenta da Serla agora é presidente da EMOP. É uma dança das cadeiras dos que tem conchavos.

Parabéns, Rio de Janeiro! Parabéns, Brasil! Que matemos nossa população! Que se destrua com ambiente! Agora, imagina se isso ocorresse na terra-natal da ThyssenKrup, na Alemanha. Com certeza o responsável já estaria preso, no mínimo. Nossa postura submissa e de vira-lata só reafirmar às multinacionais o oba-oba brasileiro. Aqui tudo pode. É só dar dinheiro para a pessoa certa!