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Rio 2016

Semana passada fui convidada pelo comitê Olímpico Organizador das Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 para participar da coletiva de imprensa de lançamento do relatório da pegada de cabono dos jogos e depois um tour pela sede com direito à conversa com ex atleta vencedor de medalha olímpica e almoço especial.

30.10.2014.Relatório Carbono. Blog
Influenciadores que participaram da visita.

Na parte da manhã foi apresentado pela Gerente de Sustentabilidade do Comitê Organizador, Tânia Braga, o Relatório de Gestão da Pegada de Carbono dos Jogos Rio 2016. No total do evento serão emitidas 3,6 milhões de CO2, da organização do evento eles serão responsáveis por 724 mil toneladas. A maneira que eles vão gerir todas essas emissões segue a a seguinte estratégia:

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Uma vez que eles já estimaram as emissões (as 724 mil toneladas) a ideia agora é tentar diminui-las, seja evitando, reduzindo ou substituindo-as e a meta deles é chegar as 600 mil toneladas e ai sim mitigar e compensar essas restantes. Uma das formas que eles vão utilizar para compensar essas emissões será o que eles chamam de mitigação tecnológica em parceria com a Dow, que oferece várias técnicas de mitigação de carbono como promoção de práticas agrícolas que melhorem a produtividade e reduzam emissões, novas embalagens e tecnologias de conservação de alimentos, visando reduzir a quantidade de desperdícios ao longo da cadeia produtiva, medidas de aumento da eficiência energética em operações, processos industriais e materiais, projetos que melhorem a eficiência energética na construção civil e disseminem soluções de baixo-carbono no setor de infraestrutura.

Na parte da tarde tivemos algumas experiencias bem legais, conhecemos o medalhista olímpico Ricardo Prado, que é Presidente do Conselho de Esportes do Rio 2016, ele contou um pouco da história e um pouco do que faz hoje na organização dos jogos.

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Com o atleta Ricardo Prado.

Depois tivemos um almoço super especial, não tanto pela comida em si, mas pela experiência de comê-la usando vendas e conversando com o Marcos, um dos funcionários do comitê que é cego desde criança. Essa foi uma das experiências mais legais da minha vida, não só o fato de não ter muita certeza do que estava comendo e ir tentando descobrir, mas a experiência de conversar com um cego sem enxergá-lo e criar toda uma expectativa de vê-lo, a sensação que eu tive é que até a direção da conversa e perguntas feitas foram um pouco diferentes se todo estivéssemos sem as vendas.

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O almoço vendados.

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Foto com o Marcos num dos painéis do encontrados pelo corredor da sede.

Outra coisa que gostei muito foi o prédio sede, todo o planejamento dele pensando na acessibilidade das pessoas, nos murais inspiradores espalhados por todo o local e no conceito e planejamento de ser um prédio modular (contruído com containers) e que vai crescendo e diminuindo conforme a demanda, no início do comitê eram 30 pessoas trabalhando, hoje são entorno de 2mil. E o mais importante, ao fim dos jogos, o prédio não irá existir mais, os módulos serão retirados e provavelmente reutilizados e o terreno poderá novamente ser usado.

É possível perceber  que planejamento está presente nas ações do Comitê que nada é feito sem uma razão de ser muito clara e bem pensada e nesse caso a sustentabilidade entra com muita força, o diretor de communicação chegou a afirmar que sustentabilidade é uma obssessão para eles e não apenas discurso.

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Eu e o logo 3D dos Jogos Olímpicos.

Adorei saber de tudo isso e ver transparência e planejamento nas atitudes deles. Mas vale lembrar que esse é o comitê organizador do evento, eles não são responsáveis por exemplo pelas obras de melhoria no transporte público da cidade ou mesmo na construção dos aparelhos esportivos, isso é reponsabilidade do Governo e acho que devemos cobrar o mesmo profissionalismo deles, a falta de transparência das atividades do governo podem acabar comprometendo um trabalho bonito e bem feito que tem sido feito pelo comitê organizador.