Notícia no jornal Estado de S. Paulo:
Religiões adaptam tradiçoes à gripe suína
Esta gripe A não é mole não. Mais poderosa na mente e no social que efetivamente no corpo das pessoas, ela atingiu orgãos sociais diversos. A via usada para a infecção foi a mídia, sempre aberta e com poucas defesas para este tipo de ataque. Por irrigar todo o corpo social, logo o vírus pôde se alastrar por todo o mundo, atingindo outros orgãos.
Orgãos públicos por exemplo. Ministérios da saúde se mobilizaram em dizer que estavam preparados; polícias e vigilância sanitária de olho nas fronteiras; hospitais e cientístas atentos.
Vírus da alma
Até a alma deste corpo social se debilitou, ou pelo menos se compadeceu, pelo ataque viral.
As igrejas estão tendo que adaptar suas tradições para minimizar o alastramento da doença.
É a primeira vez que a OMS e organizações religiosas conversam.
E não é pra menos. Imaginem a peregrinação para Meca, tradição obrigatória dos muçulmanos e que reúne 3 milhões de pessoas de todo o mundo! Por isso representantes do islã já recomendam que, se com medo da gripe, melhor evitar a visita ao cubo negro em Meca e Medina. Missas católicas todos os domingos com um padre argentino colocando a hóstia na sua boca?! Melhor não. A argentina está com o um número imenso de infectados. Por isso sua igreja Católica recomendou cautela: sem hóstia na boca e sem abraço da paz. E na Inglaterra a igreja Anglicana até água benta cortou. “Mas e as bênçãos?” Ora, Deus entende. (daí a pergunta que fica é “pra quê a água benta antes, então?”mas deixa pra lá)
Tem ateu até achando alguma vantagem na gripe pra mostrar que as próprias igrejas perecebem que não dão mais o conforto necessário a seus seguidores. Afinal, durante a peste negra, na Idade Média, e a gripe espanhola as igrejas foram as únicas instituições que não fecharam, mas hoje “elas se renderam.”
Mas acho que o caso não é pra tanto. Pelo menos mostra que as tradições podem ser adaptadas aos maus do corpo terreno. Está reconhecida a importância da dignidade neste mundo de carne e osso. O que ainda não invalida acreditar em que quer que seja no além.
E dizem até que crer pode ser um santo remédio, aumentando longevidade e resistência a infecções (procurarei mais artigos sérios sobre isto).
Assim ficamos num político 1 X 1. Ponto para os ateus e ponto para os religiosos.
(E eu escolhi neste post o “caminho do meio”, mesmo não sendo budista)