No artigo anterior, eu tratei do que havia definido como sendo as 3 perspectivas da criatividade musical que compõem o “nature” (natureza) da essência que permite com que uma obra musical se torne interessante para os ouvintes. Este fato depende dos processos criativos do ouvinte, do músico intérprete (da performance) e do compositor. Com relação ao “nurture” (nutrir), este é composto pelos elementos externos que influenciam as 3 atuações criativas, seja de modo espontânea (como uma mudança sociocultural que engendra uma mudança estética) ou intencional, como é o caso da “indústria de cultura”, termo cunhado pelo filósofo Theodor Adorno, rapidamente mencionado anteriormente que trata a produção cultural e artística (entre outras, a musical) como mercadoria, cuja produção é voltada a maximizar seu consumo pelos ouvintes (conforme vimos no primeiro artigo desta série, sobre a indústria do K-pop), ou mesmo fomentar ideologias hegemônicas (como é o caso da produção musical que enaltece um padrão comportamental interessante ao mercado).