Podemos dizer que a lógica é uma das disciplinas intelectuais mais antigas da história humana. A Lógica enquanto disciplina data pelo menos desde Aristóteles e tem sido estudada através dos séculos, sendo ainda hoje um objeto de ativas e relevantes investigações, acarretando avanços em diversas outras áreas que, reciprocamente, fomentam o seu estudo. Em linhas gerais, a lógica se preocupa com a formalização de informações na forma de sentenças lógicas e mostra como raciocinar sistematicamente com tais informações para produzir todas e somente as suas conclusões consideradas válidas.
Por um lado, esta formalização pode ser vista como uma ferramenta para ajudar a resolver ou elucidar questões de interesse filosófico por meio do aparato formal. Por outro lado, é também possível entender a lógica como uma disciplina em si, com estudos e interesses próprios, e a filosofia, ao contrário, serviria para dar fundamentação teórica para motivá-la e sustentá-la — com apontamentos epistemológicos ou mesmo ontológicos, isto é, com uma filosofia da lógica no sentido amplo. Sendo assim, tendo sempre em mente o escopo de suas possibilidades, a lógica pode se tornar uma poderosa ferramenta para lidar com questões de interesse filosófico e, reciprocamente, a filosofia pode ser uma aliada da lógica para a fundamentação de questões eminentemente lógicas.
Por lidar com tais aparatos lógicos e suas aplicações, a Lógica pode ser de interesse não só da filosofia mas também da matemática, engenharia, economia, direito, e assim por diante. De fato, muito da história da lógica se confunde com a própria história da matemática e computação.
O estudo da lógica pode ser bastante útil para nos ajudar a fundamentar nossas próprias conclusões ou mesmo para analisar a validade dos argumentos de outros. Desta forma ela serve não somente ao mundo acadêmico mas também é bastante útil como uma ferramenta para o exercício do raciocínio crítico no dia-a-dia.