Como boa parte dos brasileiros, me vi inserido em diversos debates políticos no último período eleitoral, pessoalmente ou pelas redes sociais. Numa destas ocasiões, ponderei, em certo momento da conversa, que para mim era quesito essencial e inegociável na escolha de um candidato (à presidência, no caso) a defesa dos ambientes naturais, o enfrentamento às mudanças climáticas e a proposição de uma política ambiental consistente e em sintonia com o conceito de desenvolvimento sustentável. Me surpreendeu, entretanto, o tom de desaprovação de alguns dos colegas com quem conversava, em reação à minha posição. “Como você pode ser tão egoísta!?”, indignou-se um deles, “ficar querendo proteger árvore e defender bichinho enquanto tanta gente está sem emprego no país?”. Logo outro emendou: “e as pessoas doentes à espera de leitos nos hospitais lotados, não importam?”.