Um blog para discutir conceitos, temas e ideias relacionadas à ciência do comportamento e bem-estar animal
Herbívoros: exemplos de estratégias de alimentação
Em minhas últimas postagens aqui no blog, vimos o processo da tomada de alimento nos animais, incluindo herbívoros, carnívoros, onívoros, detritívoros/limpadores e parasitas/parasitóides (aqui, aqui e aqui). Hoje posto aqui para vocês alguns exemplos de diferentes estratégias específicas de algumas espécies de animais herbívoros representados pelas imagens abaixo. São apenas alguns exemplos, mas as estratégias que representam são extremamente interessantes, seja do ponto de vista da capacidade cognitiva dos animais ou em relação às claras adaptações desses animais aos alimentos que consomem ou mesmo à vida em grupo.
O peixe cirurgião se alimenta de algas, tendo muitos organismos simbiontes nos intestinos que auxiliam no processo de digestão. Esses peixes tem a boca em formato de “bico”, o que lhes permite beliscar o alimento entre obstáculos, alimentando-se assim de algas que ficam sobre corais sem se ferir.
O pássaro conhecido como Marsh tit é um talentoso “acrobata” e, se necessário, é capaz de se pendurar de cabeça para baixo para coletar sementes. Depois de coletá-las, ele as esconde em locais diferentes, os quais se recorda posteriormente, podendo então recuperá-las mais tarde…
Essa espécie de pica-pau (acorn woodpecker) forma grupos familiares que perfuram um grande número de buracos em troncos de árvores, os quais enchem de nozes. Isso serve como estocagem para conseguir alimento no inverno. O grupo familiar defende sua “árvore despensa” e a usa como um recurso comum…
Algumas formigas trabalhadoras conhecidas como honeypot ants tem abdomens aumentados e preenchidos com néctar, que elas regurgitam para outros membros da colônia. Esse processo depende da demanda da colônia, sendo que elas próprias são alimentadas por outras trabalhadoras, que obtém alimento pela coleta de néctar das flores ou através de pulgões…
A girafa utiliza sua língua para serpentear entre espinhos dos vegetais para pegar pequenos aglomerados de folhas e assim se alimentar. A saliva é espessa, revestindo assim os espinhos ingeridos acidentalmente, que podem assim ser ingeridos com segurança.