Como é e quais são as consequências da desextinção?

Em minha última postagem aqui no blog eu expressei minha opinião sobre a desextinção (de-extinction), que representa o processo de trazer de volta à vida aquelas espécies que já desapareceram da face da Terra. Nesta postagem, para complementar esse meu comentário, indico dois vídeos para você assistir de palestras do TED, que é uma organização sem fins lucrativos dedicada a disseminar ideias, geralmente na forma de palestras curtas e bem interessantes. No primeiro vídeo, o palestrante Stewart Brand explica claramente como é o processo genético de desextinção e aponta cientistas já envolvidos nesses processos com diferentes espécies extintas. Por isso, esse vídeo lhe ajuda a entender como é o processo e em quais espécies ele já está em desenvolvimento. O palestrante basicamente argumenta apenas a favor de desextinguirmos espécies. Por outro lado, no segundo vídeo, o palestrante David Ehrenfeld levanta pontos, problemas e questões importantes que devemos considerar antes de começarmos, de fato, a dexestinguir as espécies.

Stewart Brand basicamente se apóia na ideia de por que não tentarmos trazer espécies extintas de volta à vida uma vez que nós mesmos causamos tantas extinções? Assim, na realidade, temos um forte apelo emocional envolvido, que reflete até mesmo em certa comoção da platéia como podemos observar no vídeo. Ao final de sua talking, ele é questionado sobre a ideia de que embora, à primeira vista, o processo de desextinção possa parecer totalmente válido, devem haver perigos em potencial em interferir e alterar a natureza dessa forma. O palestrante responde salientando a ideia de que nós interferimos causando tantas extinções e alterando tanto os ecossistemas que mesmo que haja problemas, ainda é um processo válido. Ele ainda pontua que, de qualquer foram, deve ser um processo longo e lento. O vídeo tem legenda em português.

Por outro lado, David Ehrenfeld aponta algumas dificuldades em colocar esse processo em prática, tanto relacionados a problemas que uma espécie desextinta pode encontrar no ambiente bem como em relação a como isso pode afetar negativamente a forma como encaramos a extinção e a proteção das espécies ameaçadas. Por exemplo, espécies que estão sendo consideradas para serem desextintas e que apresentam comportamentos naturais exibidos apenas em grandes aglomerados ou dependentes dos pais para ensiná-los devem ter problemas para lidar com o ambiente ao serem desextintas. E percebam aqui o quanto isso pode ter relação direta com o bem-estar desses animais. Outro ponto importante questionado pelo palestrante se refere a como as pessoas em geral, ou mesmo as autoridades, podem passar a enxergar a importância e a necessidade de conservar e preservar as espécies uma vez que saibam que é possível “desextinguí-las” se necessário. Esse vídeo pode ser um pouco mais difícil de assistir porque apresenta legenda apenas em inglês, mas vale a pena. O meu ponto de vista vocês já sabem, agora não deixem de assisti-los abaixo!

https://www.youtube.com/watch?v=XKc9MJDeqj0

Fonte dos vídeos: Youtube