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Quando abordamos questões relacionadas ao bem-estar animal não é incomum que as pessoas já comecem a imaginar, dentro da situação em que o animal está envolvido, sobre o que deve estar possivelmente faltando no ambiente. Assim, além de questões relacionadas à saúde, é comum que, em se tratando de questões relacionadas à expressão comportamental bem como às emoções dos animais, as pessoas foquem naquilo que falta… Quais estímulos podemos incorporar no ambiente visando melhorar as condições de bem-estar desse animal nessas condições específicas? Quais enriquecimentos ambientais devemos preparar e introduzir no ambiente de acordo com a biologia e a história da espécie, bem como levando em conta a história do indivíduo?
É claro que não há dúvidas da enorme importância desses aspectos para o bem-estar animal! Entretanto, devemos cuidar para avaliar também, a partir dos estímulos que já estão no ambiente, se há algo que está prejudicando o animal. E isso pode ser algo que normalmente passe completamente despercebido por nós… Novamente vale lembrar aqui: procure imaginar a partir do ponto de vista do animal, considerando suas sensibilidades e capacidades de percepção dos estímulos ambientais. O que pode parecer completamente comum e “inofensivo” a nós, pode ser um grande incômodo a outras espécies… Além disso, ainda nesse aspecto, é importante também considerar não apenas uma análise (ou reanálise, se for o caso!) dos estímulos já presentes no ambiente, mas também da quantidade de estímulos que pretendemos inserir nesse ambiente quando estamos fazendo enriquecimento ambiental. Não apenas a qualidade do enriquecimento faz toda a diferença (inclusive para a saúde física do animal!), mas também a quantidade de enriquecimento que é disponibilizada ao mesmo tempo… Sobrecarga de estímulos também pode ser prejudicial! Pense nisso…