Stress, anxiety & fear in fishes

[Estresse, ansiedade e medo em peixes]

Pain is one of the main causes of suffering, but it is not the only one. Fishes are also capable of feeling other negative affective states that can cause suffering. For instance, fishes can be stressed. There are many studies demonstrating that cortisol – a hormone indicating stress response in many other animals, including humans – is increased in stressed individuals from several fish species. Moreover, behavioural changes can be easily observed in stressed fishes, like accelerated breathing and heartbeat.

In the study ‘Caution for using ventilatory frequency as an indicator of stress in fish’, published by Drs Barreto and Volpato in 2004, the researchers registered alterated ventilatory frequency of stressed Nile tilapia (Oreochromis niloticus) by observing the opercular beat rate of the fishes, validating this measure as a reliable tool to infer the stress response in this species. And stress can be a source of suffering for fishes, too.

Anxiety has also been investigated in fishes over the years. Maximino and collaborators published the paper ‘Scototaxis as anxiety-like behavior in fish’ in 2010, which presents a protocol to evaluate anxiety responses of different fish species. The proposal is to place a fish in a central compartment of a half-black, half-white aquarium and to register the number and duration of the entries of the fish in each compartment. Zebrafish, goldfish, guppies, and tilapias were already demonstrated to clearly prefer the dark compartment, which means that an increase in their activity in the white compartment should reflect an anti-anxiety behaviour!

Fear is another response that fishes have demonstrated in studies. When feeling fear, fishes express physiological and behavioural alterations quite similar to humans with fear. Cortisol levels and heart rate are increased, thus indicating that the fish is facing a stressful situation. Moreover, they can express fleeing or even freezing – stop moving – behaviours. The review paper ‘Pain perception, aversion and fear in fish’, published by Drs Braithwaite and Boulcott in 2007, offers a great review about fear and its relationship with aversive responses and suffering in fishes.

TRADUÇÃO:

A dor é uma das principais causas de sofrimento, mas não é a única. Os peixes também são capazes de sentir outros estados afetivos negativos que podem causar sofrimento. Por exemplo, os peixes podem ficar estressados. Existem muitos estudos demonstrando que o cortisol – um hormônio que indica resposta ao estresse em muitos outros animais, inclusive seres humanos – aumenta em indivíduos estressados de várias espécies de peixes. Além disso, mudanças comportamentais podem ser facilmente observadas em peixes estressados, como respiração e batimentos cardíacos acelerados.


No estudo ‘Caution for using ventilatory frequency as an indicator of stress in fish’, publicado pelos Drs. Barreto e Volpato em 2004, os pesquisadores registraram alteração na frequência ventilatória de tilápias do Nilo (Oreochromis niloticus) estressadas ao observarem a taxa de batimento opercular dos peixes, validando assim esta medida como uma ferramenta confiável para inferir a resposta ao estresse nesta espécie. E o estresse também pode ser uma fonte de sofrimento para os peixes.


A ansiedade também tem sido investigada em peixes ao longo dos anos. Maximino e colaboradores publicaram em 2010 o artigo ‘Scototaxis as anxiety-like behavior in fish’, que apresenta um protocolo para avaliar as respostas de ansiedade em diferentes espécies de peixes. A ideia é colocar o peixe em um compartimento central de um aquário meio preto, meio branco e registrar o número e a duração das entradas do peixe em cada compartimento. Paulistinhas, peixinhos dourados, lebistes e tilápias já demonstraram claramente preferir o compartimento escuro, o que significa que um aumento em sua atividade no compartimento branco deve refletir um comportamento anti-ansiedade!


O medo é outra resposta que os peixes já demonstraram em estudos. Ao sentir medo, os peixes expressam alterações fisiológicas e comportamentais bastante semelhantes aos humanos com medo. Os níveis de cortisol e a frequência cardíaca aumentam, indicando que o peixe está enfrentando uma situação estressante. Além disso, eles podem expressar comportamentos de fuga ou mesmo de ‘congelamento’, ou seja, parar de se mover. O artigo de revisão ‘Pain perception, aversion and fear in fish’, publicado pelos Drs. Braithwaite e Boulcott em 2007, oferece uma ótima revisão sobre o medo e sua relação com respostas aversivas e sofrimento em peixes.