A diversidade global de insetos é gigantesca. Atualmente, por volta de 950 mil espécies de insetos são descritas na literatura. Sendo que um terço das espécies de insetos são da ordem coleoptera (isto é, mais de 300 mil espécies são besouros!). Eu tinha um professor de zoologia que dizia assim: Se Deus fosse um animal, ele seria um besouro! Acredita-se que existam de 5 a 8 milhões de espécies de besouro.
Entretanto, Jarrod Scott (e colaboradores) argumentam que isto é só a ponta do iceberg da diversidade. Em seu trabalho na revista Science intitulado “Bacterial Protection of Beetle-Fungus Mutualism”, Scott observou que a espécie Dendroctonus frontalis utiliza-se de uma espécie de bactéria para proteger os fungos de que se alimenta de outra espécie fungo competidora.
Dendroctonus frontalis carrega em consigo uma espécie de fungo chamada Entomocorticium sp. A, e ao depositar suas larvas em galerias junto ao floema de pinheiros, estes inoculam o fungo para servir como fonte de alimentos para suas larvas. Porém, o sucesso dessa interação mutualística é posto em xeque por outra espécie de fungo (Ophiostoma minus). Esta espécie compete com a espécie de fungo usada como fonte alimentar pelas larvas do besouro.
Só que nosso amigo besouro possui uma carta na manga. Um outro tipo de fungo não identificado participa da interação, só que este libera substâncias com poder antibiótico que impede o crescimento do Ophiostoma minus. Esta fungo é depositado também na galeria onde o besouro deposita suas larvas juntas com o fungo que é usado com alimento.
Os pesquisadores, que não são nada bobos, isolaram a substância e deram o nome de micangimicina (em homemnagam ao compartimento do besouro que a abriga, o micângio).
Mais uma vez, isso nos mostra o quanto temos que pesquisar para entendermos uma pequena parte do nosso mundo. A bioprospecção é uma corrente importantíssima (e bastante rentável) na biologia. É só imaginar quantas milhões de vidas ela já salvou.
Como diz minha avó: – Os engenheiros fazem nossas casas, pontes e outras coisas, e vocês biólogos? O que fazem? Bem, só pelo simples fato de ela perguntar isso, indica que algum biólogo teve participação. Ou ela não teria acabado de completar 85 anos, já que teria morrido por algum tipo de infecção na juventude. Não estou crucificando a velhinha (rs), mas ela é só um exemplo de como as pessoas ainda não entendem o trabalho dos biólogos. E muito disso é culpa nossa, pois ao ficarmos isolados nas nossas torres do saber (vulgo universidade) e não investir na divulgação do que pesquisamos, nos afastamos de quem diretamente (mas sem saber) pagam nossas bolsas. Fica aí um desabafo.
Oi sou a ana carolina e adorei o trabalho de ciencias falando sobre os fungos e bisouros adorei adoro a materia de ciencias e muito legal em ta de para bens um beijo da aninha cual que coiza emtre em contato comigo adoro a materia de siençias anaclikme@hotmail.com beijo ate mais parabens......!!
Entretanto, Jarrod Scott (e colaboradores) argumentam que isto é só a ponta do iceberg da diversidade. Em seu trabalho na revista Science intitulado "Bacterial Protection of Beetle-Fungus Mutualism", Scott observou que a espécie Dendroctonus frontalis utiliza-se de uma espécie de bactéria para proteger os fungos de que se alimenta de outra espécie fungo competidora.
nossa, texto muito bom! Adorei a conclusão final... muito bem pensada!!! Beijos, Helen
Tá sabendo muito de insetos, hein!!! Dessa nem eu sabia!! :)Parabéns! O blog tá muito legal! Tô acompanhando todo dia!Beijos, Milena.