Um estudo publicado pela revista PLOS online, a pesquisadora Jane Waterman observou a vida sexual do esquilo da espécie Xerus inauris. E a vida sexual desse pequeno animalzinho merece estudo mesmo, pois a fêmea dele copula com 10 machos em um período de 3 horas quando está em seu período fértil.
A pesquisadora relatou um dos passos do seu método consistia em observar os esquilos durante o ato sexual e o pós coito. Ela observou que os esquilos machos se masturbam mais em dias nos quais a fêmea está no período certo para copulação e quando os mesmo copulam no dia. Isto é, os esquilos brincam mais com eles mesmos no dia em que a fêmea está mais “disponível” e quando eles já “deram umazinha”. Além disso, os machos percebem quando uma fêmea copulou com muitos machos e se masturbam mais ainda.
Uma parte interessante do trabalho consiste nesta frase:

Uma outra descoberta interessantíssima, consiste no fato que a masturbação (diferente da espécie humana) não está correlacionada com o insucesso na copulação. O que isso significa? Machos que copulam mais, se masturbam mais do que machos que não copulam muito. Não existe essa de dar uma aliviada no período de seca (seca essa não relacionada com o clima, se é que vocês me entendem), mesmo copulando muito, elas ainda se masturbam mais. Por fim, ela observou que a masturbação não é sazonal, isto é, ocorre em iguais taxas durante o ano todo.

Nos seres humanos, a masturbação favorece a fecundação, pois “rejuvenesce” o esperma, isto é gera espermatozóides mais novos prontos para fecundar. Já para os esquilos a questão é a higiene, pois como não urinam depois da cópula, precisam de outra estratégia para higienização. A masturbação se mostrou importante artifício na evolução do ato de copular. Então você já sabe, se te pegarem jogando Atari no banheiro, diga que é pelo bem dos seus espermatozóides e higiene peniana. Mas brincadeiras à parte, a hipótese de redução da suscetibilidade a doenças sexualmente transmissíveis, pode explicar até os padrões de masturbação de primatas onde existem múltiplos parceiros e, até, da espécie humana.
Referência:
Waterman JM (2010) The Adaptive Function of Masturbation in a Promiscuous African Ground Squirrel. PLoS ONE 5(9):
e13060.
doi:10.1371/journal.pone.0013060
Legal a hipotese de higenização, mas o que explica o aumento da masturbação antes de cupulação (no dia fertil da femea) ?
Caro Manuel,
vc deve ter seus motivos para tal, mas será uma grande perda pro blog. Sempre gostei muito dos seus comentários. Espero que volte um dia, caro amigo.
Abraços
Caros Breno e Luiz
É para lhes dizer que dei por findas as visitas virtuais. Tudo tem o seu tempo. Quero agradecer-vos,vivamente,a aceitação benévola dos meus comentários. Creiam que não mais o esquecerei.
Desejo-vos as maiores felicidades,que consigam concretizar todos os vossos sonhos. Abraços.
Eita, esse daria uma sessão interessante com a minha analista de bichos.
Meio IgNobel isso aí né?
Caro Breno
Depois de uma pausa de dezassete dias,não está nada mal este recomeço. Parece haver,no entanto,uma certa contradição com um seu anterior post,o de querer salvar o planeta. Aquele "esquilo com grande sucesso reprodutivo",é um péssimo exemplo.
Muito boa saúde,Breno.