Estamos em plena época de consumo ensandecido. O Natal e os amigos-oculto dominam a mente das pessoas. Nesse momento vamos para os shoppings e descarregamos todas as nossas frustrações do ano em débitos nos nossas contas correntes.
No final do dia, saímos cheios de sacolas repletas de presentes. Nesse momento, se reparamos um pouco melhor nesses receptáculos de futilidades, podemos identificar alguns selinhos “verdes”, ou mesmo frases de efeito da própria loja tais como “ A loja X preserva o meio ambiente”. Isso tudo devido ao fato de não usarem sacolas de plástico.
A polêmica das sacolas de plástico tem sido bastante debatida aqui no blog e no no blog parceiro Coluna Zero . Nesse contexto apresento uma prmeira tabela do estudo realizado pela Boustead Consulting & Associeates:
Podemos notar que, em todos os casos, o uso da sacola de polietileno se mostrou menos impactante do que o uso de sacolas de papel (com 30% de sua composição de papel já reciclado) e plástica biodegradável (mistura de 65% de resina Ecoflex, 10% ácido polilático ou PLA e 25 % de carbonato de cálcio).
Além disso, como bem notado pelo Bruno do Coluna Zero, as sacolas de papel são reutilizadas por volta de 51 vezes antes de serem descartados. Entretanto, a pesquisa aponta que para igualarem o impacto de uma única sacola plástica, teriam que serem reutilizadas, pelo menos, 131 vezes.
Só a título de conhecimento, em 2008 os EUA consumiram 10 bilhões de bolsas de papel, sendo necessária a utilização de 14 milhões de árvores. É claro que não estou falando que iremos derrubar floresta virgem para produzir papel diretamente dela. Mas, fica óbvio, que plantações de eucalipto, por exemplo, terão que expandir para um aumento da demanda dessas sacolas, pressionando áreas de floresta nativa (vida o caminho Rio de Janeiro- Bahia).
Analisando a outra tabela abaixo, mesmo na proporção de 1 sacola de papel para 1,5 sacola de plástico (tanto reciclável, como biodegradável), o gasto total de combustíveis fósseis usados na produção, uso e descarte de sacolas de papel ainda é maior que os da sacola plástica reciclável.
Outro fato interessante consiste na energia gasta na reciclagem desses materiais. Sendo que as sacolas plásticas gastam 91% menos energia que a de papel para serem recicladas.
Antes de começar o blá blá blá de que esse estudo foi comprado pelos fabricantes de bolsas plásticas, ou mesmo, de que esse é um post pago: Primeiro, não ganehi nada para escrever este post; segundo, estou buscando pesquisas de outras fontes para podermos comparar os resultados. Mas, o objetivo geral é lembrar que por mais que essas atitudes “ambientalistas” estejam cercadas de boas intenções, não quer dizer que sejam eficazes. Não é só um etiqueta falando que esse é um produto “verde” ou que “faz bem ao meio ambiente” que devemos achar que estamos fazendo “nossa parte pelo planeta”.
Bem, acredito que falando de poluição do meio ambiente, o caminho que devemos seguir é o do uso consciente, tanto das sacolas de papel, quanto as de plástico. Utilizar materiais recicláveis ou reutilizáveis, e assim reduzir o impacto ambiental. Devemos nos preocupar e saber que com pequenos atos, podemos minimizar grandes impactos!
Hoje em dia existem aditivos que são adicionados no processo de fábricão que aceleram a decomposição do plástico .todo mundo defende as bolsas de papel e criticam as sacolinhas plásticas.para quem não sabe as sacolinhas de super mercado tem espessuras de 0.003 micras e suportam 6 kilos e imaginaram se mesma sacolas fossem confecionadas com a espessura de 0.010 micras iriam suportar mais de 20 kilos .assim podendo aumentar as dimensões das sacolinhas cabendo um volume muito maior de mercadoria.alguém vê pelas ruas de nossas cidades latas de alumínio(cerveja e refrigerante ) poluindo .é claro que não.assim iria ocorrer com as sacolas plásticas com espessuras e dimensões maiores .os catadores de papel ,papelão ,latas e outros materais reciclaveis coletariam da mesma forma.é uma pena para nossa geração futura não possa contar com uma materia prima esgotavel que hoje nos trás grandes benefício .exemplo vc já pensou e objetos que estão nó nosso cotidiano como o próprio computador que vc ta lendo agora não fosse de plástico seria de quê?madeira alumínio, bronze, latão etc.o seu veículo sem plástico iria ser mais lento ,caro e poluiria muito mais e com consumo de combustível.e sem contar os equipamentos eletrônicos aparelhos hospitalar e vários equipamentos.todos falam em proteger o meio ambiente ,quero ver os órgãos responsáveis pela coleta dos residos doméstico realizar estes serviços sem sacolas plásticas.
Acabo de receber esta notícia por email. Posto aqui com a intenção de demonstrar como há interesses diversos, além do ambiental, envolvidos na questão.
Ministério Público derruba o TAC
Conselho Superior do Ministério Público derruba o TAC
Com decisão, supermercados devem voltar a distribuir sacolas plásticas em respeito ao Código de Defesa do Consumidor
O Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo decidiu por unanimidade nesta terça-feira, 19 de junho, que o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que limitava o direito do consumidor em receber gratuitamente as sacolas plásticas, não é válido. Com a decisão, os estabelecimentos devem voltar a distribuir as sacolinhas em cumprimento ao Código de Defesa do Consumidor.
A petição contra a homologação do TAC foi uma ação movida pela Plastivida Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos, pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idecon) e pelo terceiro interessado SOS Consumidor.
Com isso em vista, os estabelecimentos comerciais que deixarem de distribuir as sacolas gratuitamente, pelas quais a população já paga e têm o preço embutido nos produtos, correm o risco de serem acionados pelos órgãos de defesa do consumidor, mediante denúncia. “As pessoas que se sentirem lesadas devem procurar os órgãos de defesa do consumidor e o próprio Ministério Público”, afirma Miguel Bahiense, presidente da Plastivida.
“O Conselho Superior do MP entendeu que existe um descompasso muito grande e que o ônus na não distribuição das sacolas plásticas está recaindo apenas sobre os consumidores. Na visão do órgão, essa situação precisa ser revertida o quanto antes”, finaliza Jorge Kaimoti Pinto, advogado da Plastivida.
Informações à imprensa
M.Free Comunicação
Margarete Ricciotti, Roberta Provatti, Marcio Freitas
(11) 3171-2024
Bastam simplesmente adotar as sacolas ecológicas personalizadas de tecido pet reciclado.
vide em:
www.xxxx.com
www.xxxx.com
N.E. (comentário editado evitando propaganda)
Não observei no post o tempo de degração de ambos os materiais quando descartados no ambiente, seja ele no ambiente natural ou no aterro sanitário.
Ainda que o papel tenha mais volume que o plastico, com o passar do tempo, o volume do plástico (que tem tempo de decomposição muito maior que o papel) deve ultrapassar o volume do papel, certo?
É por tudo isso que o ideal é não usar as embalagens para colocar outras embalagens. Afinal, quase tudo vem embalado hoje em dia (pão, frutas, feijão, etc).
Quanto menos consumirmos embalagens, melhor.
Se for fazer compras maiores, reutilieze embalagens para isso (caixas de papelão, sacolas de papel reutilizados, sacolas de pano, mochilhas, carrinho do mercado, etc).
Há formas de se diminuir o consumo de embalagens e a pressão sobre o planeta. Começa com a vontade de cada um de nós.
Sou coordenador do movimento nacional para a criação da futura associação " ABRAESPS " , onde o nosso setor( as micro-empresas de sacolas personalizadas em serigrafia que gera milhares de emprego no país),tem assistido com grande preocupação a polêmica em torno da extinção das sacolas plásticas, e estamos a favor da preservação do meio ambiente.
Mas quando realizado de maneira responsável, pois o problema não está na sacola em si, que não é descartável, e sim reciclável, mas em ser jogada no meio ambiente,em vez de ser coletada pelas prefeituras para a reciclagem do mesmo, pois lá pela década de 50, quando se usava sacolas de papel, foi apontado como vilão no meio ambiente por incentivar o desmatamento.
Foi aí que surgiu as sacolas plásticas como a melhor alternativa pelos principais fatores: eram leve,barato e reciclável, só que durante todos esses anos, o poder público não adotou algumas medidas preventivas, que seriam a orientações para um descarte correto,as coletas seletivas,e locais para reciclagem do mesmo.
Mais muitas alternativas tem sido apresentado para substituição das sacolas plásticas, mas todas sem nenhum estudo científico de consenso geral que comprovem a sua total eficiência.
Oi Tiago gostaria de saber mais sobre as sacolas de plastic
Posso exemplificar como eu vejo este ambiente? Poís bem, imagine-se passeando pela calçada com seu cão, obviamente com um saquinho de lixo pronto para qualquer eventualidade. Você percebe que a calçada está cheia de bosta de outros cachorros, o cheiro é terrível, mas você com muita coragem segue em frente. Então passa por você uma pessoa que da uma bela guspida na calçada. Você então percebe toda a vizinha revoltada com o tal sujeito, comentando uns com os outros o quanto aquele cidadão é porco. Quem é pior nesta história, o cidadão que solta seu cão para fazer de banheiro a sua porta ou o outro que tem o costume de guspir em todo lugar. Quem é o pior eu não sei, mas com certeza o mais fácil de se indentificar é o porco do guspidor. Voltando a questão, o problema não está na sacola de plástico ou na de papel, no vazilhame pet ou de vidro, está em nossa terrível cultura do descartável. O consumo de energia, água e todos os outros recursos naturais são imensos em qualquer um dos produtos. A população cresce numa velocidade tal que será impossível em pouco tempo manter esse oásis de desperdicio atual. Estamos no limite dos recursos naturais, o certo seria parar com esse hábito de adquirir coisas que se usa uma vez e joga fora. Brinquedos de 1,99, pratos e copos descartaveis, papel toalha, caixas de sapatos, enfim. O problema está em que nós transformamos, e o pior, quanto tempo ainda temos para corrigir todos esses erros.
Ainda assim, é visível que a utilização de sacolas de pano é uma melhor saída. Mas obrigado pelos dados e parabéns pelo post. Primeira vez aqui e já pus nos favoritos.
Breno (e Luiz), vez ou outro leio posts de vocês e tenho curtido muito.
Quanto à este post, interessante os dados. Apenas para contribuir na discussão e não contestar: há outros fatores para colocar na conta. No mesmo argumento do Lívio: faça uma busca por imagens no google assim: tartaruga+saco+plástico.
Abraços
Salve, Breno,
Não sei se a queda de emissão seria proporcional a todos os tipos de sacolas. Elas usam processos distintos na fabricação. (No relatório da Boustead Consulting & Associates Ltd. as tabelas de uso de energia mostram as diferenças no uso de eletricidade, petróleo e outras fontes.)
Tem outro fator a se considerar que é a origem da matéria prima.
[]s,
Roberto Takata
Pergunto: Quem foi que disse que sacolas plásticas são descartáveis?
Se forem de qualidade razoável são perfeitamente reutilizáveis e ainda levam em vantagem o fato de serem laváveis, coisa que as de papel não são.
Estou tão errado assim?
É possível que para o caso do Brasil, com matriz energética distinta da dos EUA, a contabilidade seja um tanto diferente.
[]s,
Roberto Takata
Caros Takata e Livio,
a contabilidade será diferente com certeza. A questão não é o valor absoluto em si. Mas sim o comparativo. Usei este trabalho para comparar os diferentes tipos de sacola. Aqui no brasil como nossa matriz é hidrelétrica (na sua maioria), as emissões serão menores, mas para todos os tipos de sacolas, não para uma única em específico. Deste modo, o valor geral de emissões será menor quando comparado com os valores dos EUA, é claro, mas a proporção deve continuar a mesma quando compararmos os diferentes tipos de sacolas. E esse é o intuito do post comparar diferentes tipos de sacolas e, não quem emite mais, se é o Brasil ou EUA quando produzem sacolas.
Livio,
O Brasil em 2007, por exemplo, produziu 18 bilhões de sacolas plásticas. Acho que não estamos tão atrás do EUA assim. Não pense na comparação de emissão entre Brasil e EUA (segundo e sexto (ou quinto), respectivamente, mundialmente falando). Estou comparando as sacolas. O que importa é a proporção na produção entre os diferentes tipos de sacolas, e essa independe do tipo de matriz energética, já que será a mesma para os três tipos em cada país que estiver sendo produzida.
Abraços
Aos que propõem que certas pesquisas e posts pagos endossando o plástico como menos agressivo ao meio ambiente serem bancadas, vale ponderar que as indústrias de celulose também poderiam pagar pelos estudos pró-bolsa de papel, não?
Ótimo post!
Caro Rodrigo,
concordo com vc. Mas sempre tem quem reclame e levante teorias da conspiração.
Abraços
Ok, vamos aos números
- Não podemos comparar dados brutos da indústria americana, com perfil energético distinto e altamente consumidora de produtos fósseis por termoelétricas.
Mas existe um algo a mais - a biodegradação. Um plástico descartado incorretamente, persiste como plástico por um tempo muito maior do que papel, que praticamente é digerido totalmente antes de um ano. Existe a tal de ilha de plásticos no miolo do Oceano Pacífico, por exemplo.