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O rei da Espanha Juan Carlos, fraturou o quadril em uma viagem à África. Mas não em uma viagem comum, mas sim numa caçada. Isso mesmo, caçada. Caçada de elefantes ainda por cima. Podemos ver o rei posando ao lado do seu troféu. Só que o figura é presidente e um dos fundadores do WWF-Espanha.

 

Existem caçadas regulamentadas para controle populacional. Por exemplo, temos a caçada controlada de Jacarés na Amazônia, onde algumas localidades existem mais de 100 animais por quilometro nas margens dos Rios. Porém os animais não são tratados como troféus, e muitas das vezes, sua carne e couro são usados para benefício da população local. Além da própria figura do Elefante, um animal majestoso.

Não, não vou aqui falar que o WWF não serve para nada e generalizar todos os componentes desta organização. Porém, nos mostra que não é um paraíso de pessoas preocupadas com sua causa. Muito desse “movimento verde” escorrega na demagogia dos discursos. Grandes ícones, discursos bonitos, mas péssimos exemplos.

Essas organizações se afogam em ações vazias: Black pixel (um pixel preto no seu monitor para poupar energia, porém só funciona em monitores de tubo), arquivos .WWF  (reinventando o .PDF, porém regado a demagogia verde), Fake Shower (estima o quanto de água desperdiçada quando uma torneira está aberta, mas se aproveita para fazer propaganda em um aparelho ícone da sociedade consumista), além de campanhas beirando o ridículo como Xixi no banho (que me recuso a comentar) e a mais polêmica a Hora do Planeta (desligue uma lâmpada de sua casa e salve o planeta, mais cômodo impossível). Estes exemplos não são exaustivos, mas ilustram bem o cenário.

Todas estas organizações possuem pessoas comprometidas e sérias, mas a conscientização beira a bestialização das pessoas. Como quando o @luizbento participou do Debate MTV e, o representante do instituto Akatu disse que aquecimento global deveria ser erotizado para melhor divulgá-lo.

Onde quero chegar com isso? Para mim, a questão é fugir da manada. Pensar criticamente sobre essas campanhas e manobras para “mobilizar” pela causa ambiental. Já tive algumas discussões sobre “os fins justificam os meios”, mas ainda acho que existe um limite tênue entre perder a credibilidade e mobilizar. E acho que estamos zigue-zagueando sobre ele. Porém, ainda acredito que a maneira mais eficaz é aproximar a ciência do grande público de uma maneira digna.