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Um estudo publicado na revista Science (que pretendo analisar em mais detalhes em um posto futuro) revela que em 2012 tivemos um aumento de 2,67 ppm na concentração de CO2 atmosférico, pulando para um concentração total de 395 ppm.

Basicamente os autores avaliam que este aumento se deu devido ao aumento de uso de combustíveis fósseis. Por exemplo, aqui no Brasil, a partir de outubro, o nordeste teve 40% de sua energia elétrica produzida por termelétricas. Além disso, devido a falta de chuvas no final do ano passado, algumas termelétricas desativadas começaram a funcionar de novo.

Neste contexto, a perspectiva de manter o aumento da temperatura global dentro de uma faixa de até 2ºC (considerado menos perigoso pelos cientistas) está cada vez mais distante.

Uma comparação feita pelo NOAA mostra que de fevereiro de 2012 a fevereiro de 2013 houve um aumento de 393,54 ppm para 396,80 ppm no observatório de Mauna Loa (Havaí), como mostrado pelo gráfico abaixo:

TendÊncia da concentração de CO2

Sendo que os registros completos são apresentados no gráfico abaixo:

Evolução da concentração de CO2 na atmosfera

Isto é de se assustar, uma vez que o aumento médio nos níveis de CO2 desde 1958 foi de 1,49 ppm/ano.

Mesmo com todos os “esforços” que os países fazem atualmente para tentar controlar essas emissões, observamos, ano após ano, um aumento cada vez mais rápido na concentração de gases estufa na atmosfera.

Como os níveis de CO2 que variam sazonalmente dentro de um mesmo ano (com os picos geralmente no mês de abril), o debate sobre aquecimento global também.

Este ano teremos o o 5º relatório geral do IPCC sobre mudanças climáticas, sem contar o relatório especial publicado agora sobre gestão de rsicos de eventos extremos e disastres. É claro, que nesse momento milhões de “ambietalistas” vão aparecer na TV falando que a situação está horrível e que todos devemos temer o futuro, analistas do governo vão dar declarações de que estão trabalhando muito em suas “comissões” e que nas próximas semanas serão publicados relatórios de políticas públicas nessa área, resumindo a mesma ladainha de sempre.

Um exemplo claro disso foi a Rio+20, a qual eu achei um fracasso e o Luiz não concordou (viva a liberdade de expressão, mesmo dentro do mesmo Blog!). Porém, eu (Breno) reintero: continuo achando um fracasso! Concordo que só pelo fato de as pessoas estarem conversando e debatendo sobre o assunto, isto é um bom passo, porém dessas conversas não sai nenhum resultado. Grandes potências continuam não ratificando protocolos, nenhuma política global de controle e redução de emissões consegue properar, entre outros. No fim, pareceu uma reunião de condomínio querendo influenciar no orçamento do governo federal.

É claro, que essas conferências precisam ocorrer, até porque, pelo menos naquele momento, o tema das mundanças climáticas é discutido na grande mídia. Mas, ainda acho que a maioria dos meios de comuncação e a até mesmos as grandes ONG’s ambientais tratam esse assunto como modismo.

Se nem conseguimos regular o desmatamento na Amazônia (somente de agosto a novembro de 2012 1.206 Km² foram desmatados) que é uma coisa tangível, imagina querer estabelecer políticas públicas de controle de emissão. Estamos muito atrasados para um bonde com velocidade de trem bala. Aguardemos o relatório do IPCC.