As medições do NOAA para o mês de agosto não foram boas. As temperaturas médias globais de áreas continentais e oceânicas foi 0,75°C maior que a média global do século 20th que é de 15,6°C. Essa variação foi maior que a máxima registrada em 1998 e dentro da série histórica que começa em 1880.
No geral, a temperatura média global combinada da superfície continental e oceânica de janeiro de janeiro a agosto foi 0,68°C acima de da média para o século 20th que é de 14,0°C, como mostra o gráfico abaixo:
Se observamos bem, em termo de temperatura média global, 2014 está em terceiro lugar até agora na série histórica.
O preocupante é que quando fazemos estimativas com dados anteriores, o ano de 2014 tem grandes chances de terminar com a maior média global de temperatura da história, uma vez que diferentemente de anos mais quentes anteriores, não temos uma tendência forte de queda da média para o final do ano. Observem o gráfico abaixo:
Enquanto isso, está acontecendo neste instante a reunião de cúpula na ONU para discussão sobre possíveis desdobramentos de acordos climáticos para a reunião de 2015 em Paris.
Mais uma vez, meu olhar cético diante deste tema não deixa eu ter grandes esperanças para possíveis acordos para redução de emissões de gases estufa que englobem os grandes players mundiais. Sem eles, qualquer acordo é história da carochinha.
Em um momento de recessão, nenhum país vai querer regular produção industrial para adequar limites de emissão de gases. A meta agora é pleno emprego e capacidade industrial máxima.
Assim, a gente produz o ciclo do assunto “aquecimento global”: Publicação do relatório do IPCC -> manchetes repletas de citações ao tema -> promessas de governos -> reuniões da ONU -> acordos não fecham por falta de adesão de grandes potências -> esquecimento do assunto. E assim vai.
É isso mesmo Breno! Complicado quando mexe no bolso! Por exemplo, o Brasil não tem nenhum incentivo para desenvolvimento, produção e comercialização de veículos movidos a energia mais limpas que a gasolina, ou mesmo para a importação dos mesmos. Um veículo híbrido que nos EUA custam cerca de U$D 20.000,00, não chega ao Brasil por menos de R$ 120.000,00. É só fazer as contas para ver que não é uma mera questão de conversão de câmbio. Entretanto, os efeitos disso são sentidos aqui, sem dúvida. Saiu uma reportagem em um jornal local do RN sobre o nível de água de um dos principais açudes (reservatórios) de água no interior do Estado. Está com 11% do seu volume e, o período de chuvas já passou esse ano). Segue o link: http://tribunadonorte.com.br/noticia/gargalheiras-tem-a-gua-para-60-dias/293339