Durmam com este barulho. A questão energética no Brasil tem que passar a ser vista não como Hidrelétricas X Eólicas. Mas como Hidrelétricas + eólicas + biomassa + solar + nuclear + fóssil (em menor escala). O que deve realmente ser discutido é como diminuir o impacto gerado pelas energias ditas “limpas” (o que inclui as hidrelétricas). Cada uma tem o seu impacto e custo. Os prós e contras de cada tipo são discutidos (e muito bem discutidos) no Plano Nacional de Energia (PNE – 2030). Recomendo os cadernos temáticos “Outras fontes” e “Eficiência Energéticas”.
“O Brasil precisará de uma Belo Monte a cada 16 meses, se quiser atender ao crescimento da demanda de energia na próxima década. A projeção é da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que divulgou ontem o Plano Decenal de Energia (PDE) 2010-2019, que define as bases para o planejamento do setor. O documento calcula em R$ 951 bilhões a necessidade de investimentos em energia no Brasil até 2019.”
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O estudo foi elaborado considerando um PIB médio de 5,1% ao ano no período. Nesse cenário, a demanda por energia elétrica crescerá também 5,1%, ou o equivalente a 3,3 mil MW médios por ano – Belo Monte terá 4,5 mil MW médios, ou seja, a cada 16 meses, o Brasil precisará de um bloco de energia equivalente ao da usina do Xingu.
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A EPE pretende suprir essa demanda sem apelar às usinas térmicas: a ideia é que, a partir de 2014, nenhuma nova térmica entre em operação. Para isso, o PDE prevê a construção de 35.245 MW em novas hidrelétricas até 2019. Desse total, 21.847 MW já estão contratados, como as usinas do Rio Madeira e Belo Monte. São 39 novas usinas, 20 delas com início de operações entre 2014 e 2016.
Os projetos de maior capacidade estão na Região Norte, incluindo as usinas-plataforma do Rio Tapajós – a primeira delas, São Luiz do Tapajós, com 6.133 MW de potência, deve ser licitada já no ano que vem. Há ainda 14.655 MW de energias alternativas e 1.405 MW de Angra 3, com início de operações para 2015.”
O Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE, 2010-2019) está aberto a consulta pública e pode ser baixado no site da EPE (Empresa de pesquisa energética).
Concordo em diversificar fontes de energia optando sempre pelas que menor impacto ambiental tenham e pelo desbloqueio de barreiras tecno-institucionais ao seu desenvolvimento e uso; o que sera feito com politicas corajosas como mostra o video http://www.youtube.com/watch?v=XBYeDr25WGY
Olá Moisés,
Falei um pouco sobre o assunto aqui: http://scienceblogs.com.br/discutindoecologia/2010/05/sobre_belo_monte_e_hidreletric.php
Dá uma olhada nos comentários que tem um conteúdo interessante.
Abraços e obrigado pela visita.
Boas informações, tenho me interessado e estudado este assunto por conta. Já fizeram algum post aqui no science blogs falando especificamente da polêmica com Belo Monte?
Abraço.