Poder & Amor – Resenha

Poder e amor

Quando você lê o título desse livro parece coisa de auto-ajuda ou alguma coisa até mesmo um pouco piegas como o que o poder do amor é capaz de fazer e coisas do tipo, mas não é nada disso, ainda bem! Porque afinal o que isso teria a ver com esse blog?

Nos primeiros capítulos ele dá uma boa balizada no que ele considera como amor e poder e os dois lados de cada um, basicamente ele segue a premissa definida por Martin Luther King, “O poder sem amor é imprudente e abusivo, e o amor sem poder é sentimental e anêmico. […]”. 

O que mais me surpreendeu é que uma coisa não é boa sem a outra, precisamos das duas em equilíbrio para que tudo funcione como deveria. E como ninguém é perfeito o equilíbrio entre os dois é dinâmico e nem um pouco estático, para atingir esse objetivo vai acontecer de cair e tropeçar pra que assim consigamos de fato andar e fazer as coisas darem certo.

O que eu mais gostei do livro foram os relatos práticos dados pelo autor e ele divide esses relatos em três tipos: cair, tropeçar e caminhar. O cair ele conta sobre o fracasso de um de seus trabalhos, de como desprezar o poder ou o amor nas relações não é muito inteligente e não leva a resolução dos problemas Ele conta sobre um trabalho na Índia sobre nutrição infantil que não obteve sucesso.

O relato do tropeçar conta de um caso em Israel, onde vários setores da sociedade judaico-israelense se juntaram para discutir os rumos do país e o outro caso sobre a democracia na África do Sul, em que o país seria discutido entre seus principais atores. Tropeçar pode não te fazer cair, mas é um andar trôpego, instável e inseguro. Quando acontece o tropeço um dos lados (amor ou poder) está mais forte que o outro.

A experiência sobre o andar é sobre o Laboratório de Alimentação Sustentável (em inglês) onde ele pôde presenciar o equilíbrio entre poder e amor e perceber que esse equilíbrio acontece de forma dinâmica, pois estamos sempre errando e tentando acertar o tempo todo.

Esse livro me fez ver que Poder e Amor tem de estar juntos e em equilíbrio na hora de falarmos de sustentabilidade, um sem o outro não funciona pois o amor sem poder é ingênuo e bobo, é como quando pensamos que sustentabilidade é coisa de hippie, xiita, que ser verde é bonitinho ou que é fazer caridade. E o poder sem amor é como o desenvolvimento selvagem praticado até pelas empresas (não que ainda não seja assim, mas existe uma tentativa de ser um pouquinho diferente em alguns casos). Seria a sustentabilidade o amor que falta nesse nosso desenvolvimento que é ecologicamente predatório, socialmente perverso e economicamente injusto?

 

No Xis-Xis a Ísis conta sobre a palestra que o autor deu na Conferência Ethos.

One comment

  • Trak Trak Trugui
    21 de maio de 2010 - 11:12 | Permalink

    Eu adoro quando postam resenhas aqui no Sb.
    E essa ficou bem resumida e direta a ponto.
    Vou adiquir o livro em breve.
    Obrigado!

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