“Escrita Automática de Romance”

A maravilhosa Lady Buxley era rica. A feia e ninfomaníaca [oversexed no orginal] Lady Buxley era solteira. John era sobrinho de Lady Buxley. Empobrecido e irritável, John era malvado. O belo e ninfomaníaco John Buxley era solteiro. John odiava Edward. John Buxley odiava o Dr. Bartholomew Hume. O brilhante Hume era malvado. Hume eram ninfomaníaco. O belo Dr. Bartholomew era solteiro. Gentil e indolente, Edward era rico. O ninfomaníaco Lord Edward era feio. Lord Edward casou-se com Lady Jane. Edward gostava de Mary Jane. Edward não era invejoso. Lord Edward detestava John. A bela e invejosa Jane gostava de Lord Edward.

Assim começa um conto de mistério policial instantâneo. Evidentemente artificial, a obra é resultado de um experimento liderado pelo Prof. Sheldon Klein na Universidade de Winsconsin em 1973.

Professor de Ciência da Computação e de Linguística, Klein fez um teste na fronteira entra as duas áreas: programou um Univac 1108 em Fortran V para escrever uma história 2.100 palavras em 19 segundos. A trama é bem aleatória (e aparentemente ninfomaníaca), mas cai num lugar-comum: o culpado é o mordomo.

Curiosamente, o professor Klein (e seu computador) ainda não recebeu nenhum prêmio IgNobel de Literatura.

Referência

Klein, S., J.F. Aeschlimann,  D. F. Balsiger,  S. L. Converse,  C. Court,  M. Foster,  R. Lao,  J. D. Oakely  &  J. D. Smith.  1973. AUTOMATIC NOVEL WRITING,  UWCS Tech Report No. 186, 109 pages. [disponível em pdf; o conto gerado começa na pág. 73]

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  • A saideira de 2012 | hypercubic

    [...] abril, vimos que é possível fazer ciência com as próprias mãos (literalmente) e escrever romances automaticamente; chamamos Sagan para relembrar Asimov enquanto Feynman fez uma aposta com Weisskopf e o LHC jogou a [...]

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