Após sua ordenação como padre e a obrigação de ouvir confissões, Cristoforo Bonavino abandonou a batina e adotou o pseudônimo de Ausonio Franchi. Mas seu ceticismo não teria chegado até os últimos dias.
Há indícios de que Cristoforo Bonavino terminou seus dias como bom católico, arrependendo-se do seu agnosticismo. Sua carreira acadêmica e filosófica passou a vacilar a partir dos anos 1870, levando-o a rever cada vez mais as posições de sua juventude.
Assim, em 1889, ele publica A Última Crítica, obra em três volumes na qual busca tanto se justificar pelo seu racionalismo prévio quanto se reconciliar com a Igreja. Junto com o livro, escreve uma carta ao Arcebispo Magnasco, pedindo para se retirar a um convento e ser readmitido ao clero.
De fato, em 1892 ele se retira para o convento carmelita de Sant’Ana, Gênova, onde volta a rezar missas. Morre ali em 1895 e foi enterrado no cemitério de sua cidade-natal. Sua lápide, que o identifica como “padre-filósofo”, diz que ele morreu “em santidade aos 75 anos em 12 de setembro de 1895, abençoado pelo Papa XIII”.
Antes dessa reconversão, ainda como Ausonio Franchi, ele escreveu e publicou em Milão os seguintes livros:
- Letture sulla Storia della Filosofia moderna; Bacone, Descartes, Spinoza, Malebranche [Palestras sobre a História da Filosofia Moderna: Bacon, Descartes, Spinoza e Malebranche] (1863);
- Sulla Teorica del Giudizio [Sobre a Teoria do Juízo] (1870);
- La Caduta del Principato ecclesiastico e la Restaurazione dell’ Impero Germanico [A Queda do Principado Eclesiástico e a Restauração do Império Germânico] (1871);
- Saggi di critica e polemica [Ensaios de Crítica e Polêmica] (1871-72)
O Google Books tem algumas de suas obras em versão digital.
Wagner
Esses temas são bem interessantes e nos fazem pensar...