Vandalismo em Brasília: entre a raiva e a indignação

O que há para além da indignação? A raiva, seguramente; ou talvez ela venha antes. Independentemente da ordem, eis a questão: qual é a paisagem que vislumbram aqueles que atravessam o agitado tumulto desses terríveis sentimentos? Sem dúvida, é uma paisagem inóspita e desolada, um deserto escuro capaz de dissuadir inclusive o peregrino mais empenhado e fazê-lo […]

É possível retomar o controle econômico do país?

Entre os anos de 2003 e 2013, a economia brasileira conheceu um modelo de desenvolvimento composto por um conjunto de programas econômicos e sociais, elevação do salário mínimo, ampliação das aposentadorias, expansão da educação e dos serviços de saúde, amplos investimentos em infraestruturas e outros programas que ampliaram a demandam para as empresas gerando mais […]

A figura do herói e as narrativas na política

Está difícil evitar o tema política nesses tempos. Muitos escândalos vindo à tona, eleições presidenciais batendo à porta, participação ativa das mídias tradicional e independente, constante uso de narrativas míticas clássicas pela comunicação política, crise de descontentamento e total perda de credibilidade dos três poderes, enorme polarização da população e uma (aparente) polarização dos políticos. É evidente que […]

Imagens do Brasil: populações indígenas

 Nas imagens do Brasil, um dos ângulos menos visados é o das populações indígenas. Os autores de livros “clássicos” do pensamento social, como “Casa-Grande & Senzala” (1933),”Raízes do Brasil”(1936) e “Formação do Brasil Contemporâneo: colônia” (1942), pouco interpretaram os lugares ocupados pelos “aborígenes” (termo recorrente na obra de Caio Prado Junior) na organização social e […]

Encontrando Fanon

A obra de Frantz Fanon, intelectual nascido na Martinica, é uma das mais relevantes para se entender a circulação de ideias no contexto de intensificação dos movimentos de independência na década de 1960. Quais territórios na África proclamaram autonomia política frente aos impérios coloniais a partir da segunda metade do século XX? Em 1957, cinco anos […]

Brasil, anos 1950: verniz da transformação

Em um intervalo de 40 anos, o panorama intelectual brasileiro foi agitado por diferentes frentes: publicação de “Populações Meridionais do Brasil” de Oliveira Vianna (1920), fundação do PCB e do Centro Dom Vital, realização da Semana de Arte Moderna (1922), Manifesto Regionalista e Primeiro Congresso Brasileiro de Regionalismo (1926), Manifesto Antropófago (1928), a organização de instituições culturais […]

Carolina Maria de Jesus e a polêmica sobre o que é literatura

 Em abril desse ano, a Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest) divulgou a lista de livros para o vestibular de 2019. Entre os já canonizados Luís de Camões, Antônio Vieira e Camilo Castelo Branco, a grande novidade foi encontrar o nome da escritora Carolina Maria de Jesus e seu livro Quarto de Despejo: […]

Hipótese zeta: la columna

Como encontrar ese centro del cual se habla, como organizar mi columna frente a lo que me afecta. Hay cosas que indudablemente me hacen perder el centro, soy consciente de que la musculatura se disipa, se fractura. Es interesante pensar y pensarnos en una línea esférica que va moviéndose a partir de un eje. Mi pregunta o mejor dicho mi reflexión es entorno a lo que nos hace perder ese eje. Un actor –Bailarin -interprete siempre debe tener ese eje ¿No sé si preciso estar en todo momento con mi musculatura activada… cuando observo desde mi mesa los cuerpos moviéndose, me doy cuenta que es necesario saber y activar para construir, pero cuando deseo des-construir?

Como criar um curso de geociências online?

A oferta de cursos online é cada vez maior na internet. Ao mesmo tempo, professores de todos os níveis de ensino são desafiados a frequentar o ciberespaço. A grande oferta de cursos online na internet já é suficiente para olhar com certa desconfiança essa modalidade de ensino. Recomendo a leitura do post “Um começo de crítica […]

Hipótese zeta: sharp, sharp South Africa – ter atitude é o primeiro passo, o básico

-Nesta primeira hipótese iremos incluir poses que possuem referência no livro “Sharp Sharp”, de forma livre com relação à quantidade e duração de cada uma.
– Vamos trabalhar preferencialmente em duos, considerando  isso uma forma de estímulo para as “competições” entre nós: a ideia é manter um clima de disputas pela atenção do público (“ quem é mais bonito”, “quem faz a melhor pose”, “quem é mais escandaloso”, “quem chama mais atenção”), procurando dar certa