O ministro da Educação do atual governo, Abraham Weintraub, fez na semana passada um corte de 30% dos recursos destinados a todas as universidades federais. Isso veio depois de uma tentativa atabalhoada de cortar verbas apenas da UnB, UFBA e UFF por serem “promotoras de balbúrdia” e por supostamente terem um desempenho acadêmico abaixo da média. Receoso de ser questionado pela Justiça quanto aos critérios (ou a falta deles) usados no processo, o ministro decidiu dobrar a aposta e fazer um corte linear, atingindo a todas igualmente. O “bloqueio preventivo“, como o secretário da educação superior o chama, reteria 5,8 bilhões de reais da pasta, e envolveria cortes discricionários: aqueles sobre a água, luz, limpeza dos prédios, alimentação dos estudantes e compra de materiais de laboratório, por exemplo.